Melhores de Janeiro #2019 [Séries, podcasts, jogos e mais!]

Eu não chorei, você chorou!

O ano mal começou e eu já falhei. Em 2018 eu comecei a coluna de Melhores de Mês, e mantive os posts dela nos últimos dias de cada mês com sucesso. Mas eu estive tão ocupada em janeiro que acabei não gravando quase nenhum vídeo, e não tive tempo de falar das melhores coisas que assisti/ouvi/joguei em janeiro. O Melhores de Janeiro de 2019 será em fevereiro, mas tentarei postar os demais meses nas datas certas :p

Quando fiz a lista do que havia assistido em janeiro, me surpreendi. Eu conheci MUITA coisa nova esse mês. De onde foi que eu tirei tanto tempo? Enfim, espero que vocês curtam essas dicas, do fundo do coração =D

ANIME

Confesso que ultimamente não tenho assistido muitos animes. Quando eu tinha dos meus 13 a 16 anos eu assistia bastante, mas passei dessa fase. No entanto, Koe no Katachi é diferente. É um filme sobre uma garota surda que tenta se adaptar a uma escola normal. Ela sofre bullying devido ao fato de que não consegue se comunicar com os colegas, mas também faz amizades e aprende lições sobre família e amor. É um filme muito sensível e emocionante.

SÉRIES

Eu estava com saudades de assistir um bom drama coreano, e me recomendaram Strong Girl Bongsoon. É um drama de 16 episódios sobre a menina mais fofa do mundo, a jovem Bongsoon, cujo sonho é ser uma desenvolvedora de jogos de vídeo-game. Acontece que Bongsoon é especial: ela tem uma super força sobrenatural, e consegue mover carros, levantar concreto e bater em quem ela quiser apenas com os punhos. A série segue a jornada de Bongsoon tentando caçar um sequestrador de mulheres que está atacando seu bairro, ao mesmo tempo em que trabalha como guarda-costas para o rico empresário Minhyuk e tenta conquistar seu amor de infância, o policial Gukdoo.

Comecei a incrível série The Good Place em dezembro de 2018, e a terceira temporada acabou essa semana. Essa é uma das minhas séries preferidas da atualidade! Sem dar spoilers, a série conta a história de Eleanor, uma mulher que morre e vai para o paraíso - ou, melhor dizendo, para o Good Place. Mas acontece que Eleanor era uma pessoa muito ruim em vida, então ela está ali por engano. Apesar de parecer uma série de comédia, eu tive altas crises existenciais assistindo cada plot twits e revelação. Sem contar que a série também falasobre o tratado filosófico da bondade, questionando se existem boas ações num mundo globalizado e capitalista. QUE SÉRIE.

FILMES

Eu nunca fui fã de Black Mirror, só assisti alguns episódios perdidos, mas de cara me interessei por Bandersnatch. A maioria das pessoas gostou desse filme experimental da Netflix por causa do aspecto de vídeo-game, pois o espectador escolhe o que acontece com o protagonista. Claro que foi algo muito legal, apesar de já existir de forma muito mais bem trabalhada em vídeo-games e em RPGs. Sendo sincera, o que me fascinou em Bandersnatch foi o aspecto filosófico sobre como fazemos nossas escolhas e como nosso destino se desenrola. O filme conta a história de Stefan, um jovem que quer ser desenvolvedor de jogos (não confundir com a Bongsoon). O projeto dele de um jogo com bifurcações geradas pelas escolhas dos jogadores é aprovado, mas Stefan acaba ficando louco enquanto produz o jogo. Apesar do telespectador escolher desde o cereal que Stefan come até decidir se ele pula ou não de uma janela em direção à sua morte, a Netflix, de forma magistral, mostra que, assim como o personagem, nós, telespectadores, também não temos escolha. Tenho vergonha de admitir quantos episódios de podcast sobre esse filme eu ouvi, e quanto tempo passei lendo teorias e desvendado mapas das linhas do tempo. Foi minha obsessão por duas semanas.

Também assisti ao filme Sociedade dos Poetas Mortos. É um filme que se passa nos anos 50 (mas que foi feito nos anos 90) sobre um professor de inglês de um colégio particular para meninos ricos que ensina os alunos a "sugarem o tutano da vida", ou seja, a viverem intensamente. Isso inspira um dos garotos a ir atrás da menina que ele gosta (note que o colégio é para garotos, apenas) e que outro abandone o sonho imposto pelo pai de ser médico e decida se tornar um ator. Eu amei o filme, pois ele é simples e puro. Mas eu definitivamente não estava esperando por aquele final.

Um pouco por causa do meu vício em Bandersnatch, acabei assistindo O Show de Truman, um filme de 1998 estrelado pelo Jim Carrey. O filme é sobre Truman Burbank, um homem que vive numa pacata ilha e que leva uma vida aparentemente perfeita, com um trabalho estável e uma bela mulher. A questão é que, na verdade, Truman foi adotado por uma corporação assim que ele nasceu, e toda a sua vida, desde a infância até o presente, tem sido objeto da mais popular série de TV que existe: The Truman Show. Truman não sabe que todas as pessoas em sua vida são atores, e que o mundo assiste cada passo que ele dá. O filme se tornou um dos meus favoritos facilmente. É uma história terrível e assustadora, mas perfeitamente mascarada pela vida idílica que Truman é condicionado a levar. Até ele perceber que há algo errado.

Não podia deixar de fora o incrível Love Yourself Tour in Seoul, o show do BTS que foi apresentado como filme nos cinemas. Eu obviamente conhecia as músicas e as performances, mas ver tudo sendo gravado com câmeras profissionais e com som de qualidade foi incrível. Quis gritar J-HOOOOOOOPEEE a sessão inteira. Acho que eu vou morrer no dia em que assistir a um show deles de verdade.

MÚSICA

Em janeiro eu conheci o fantástico rapper americano Logic. Eu me viciei completamente nas músicas dele, mas principalmente no álbum Everybody. Nele, Logic trata de assuntos como depressão, ansiedade, suicídio, racismo (a mãe dele é branca, o pai é negro) e a situação das pessoas pobres vivendo vidas miseráveis. Esse CD em específico tem também uma história acontecendo, que é narrada em algumas faixas pelo Neil deGrasse Tyson em pessoa. Excelente. Vou deixar aqui a explicação que ele deu de uma das minhas faixas prediletas.

O Jimin e o Taehyung, do BTS, lançaram suas primeiras músicas solo, escritas e produzidas por eles mesmos. Eu não poderia estar mais orgulhosa, e as faixas combinam perfeitamente com cada um deles. A faixa do Taehyung é minha favorita, mas a voz do Jimin é aquela voz que derrete você por dentro.

O Yoongi, um dos rappers e meu produtor favorito do BTS, lançou uma música fantástica com a cantora coreana Lee Sora. Virei fã dela, pois a voz dela é linda DEMAIS. Essa música ficou incrível. Yoongi, onde está Agust D 2? Estou de olho.

Eu não sei anda sobre o tal Lil Peep, apenas que ele morreu de overdose ano passado. O Fall Out Boy lançou uma música inédita com ele, que havia sido gravada um pouco antes dele morrer. É uma faixa linda, e queria ter conhecido o rapper melhor antes da morte dele. Rest in peace.

PODCAST

Eu estava sofrendo com a falta de podcasts decentes de terror, mas eu achei o incrível, formidável, melhor podcast de terror do MUNDO, The Magnus Archives. Esse é um podcast no qual o protagonista, o arquivista Jonathan Sims,  trabalha num instituto de pesquisas paranormais. Cada episódio é ele lendo um depoimento de uma pessoa que teve uma experiência bizarra. Mas esse podcast é bom justamente por fugir dos demônios, fantasmas e vampiros. Vou citar brevemente algumas das melhores histórias:
- Um homem que ouviu a morte tocando flauta quando ele estava no front da primeira guerra;
- Uma garota que percebe que seu colega de faculdade mudou de aparência do dia para a noite, e ninguém percebeu;
- Um homem que jura que uma aranha que ele matou quando ele era criança o assombra até hoje;
- Um rapaz encontra um livro misterioso, escrito em uma língua morta, e ele descobre coisas bizarras sobre a pessoa que o escreveu;
- Etc.
Cada episódio tem cerca de 20 minutos, e já estou no episódio 44. Além das histórias de cada episódio, existe uma história contínua, envolvendo a arquivista que trabalhava no instituto antes do Jonathan e a sua morte misteriosa. Que podcast fantástico.

Um dos meus livros favoritos de 2017 foi House of Leaves. Já falei deste livro aqui (esta é a minha resenha favorita), e eu estava pensando em relê-lo em 2019. Mas HoL é um livro ENORME e labiríntico, então eu desisti de reler o livro e decidi ouvir um podcast que discute cada umas das suas 800 páginas detalhadamente, uma por episódio, chamado This is not for you. Eu sinceramente não tenho vida... Já ouvi uns 15 episódios, faltam apenas 785 (o podcast tem apenas uns 80 episódios até agora). Estou animada.

JOGOS

Sabe como eu ouvi 44 episódios de The Magnus Archives e 15 de This is not for you em janeiro? Por que eu ouvi enquanto jogava Minecraft. Sinceramente, eu não tenho nenhum controle sobre minha vida. Eu comprei Minecraft por 10 reais ano passado, por que vinha num pacote com Roller Coaster, o jogo que eu realmente queria. Troquei meu microondas com teclado por um notebook de verdade esse ano, e daí comecei a jogar Minecraft.

Eu não consigo parar. Mandem ajuda.

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Enfim, galeres, foi isso que eu assisti, ouvi e joguei em janeiro. Foi muita coisa. Em retrospecto, nem sei como fiz tudo isso, sabendo que estava atolada em trabalho e livros para corrigir, peça para ensaiar e apresentar no festival da cidade e um concurso para professora pro qual tive que estudar.

Ah, eu sei como é que eu fiz tudo isso! É por que eu dormi em média cinco horas por dia durante o mês todo. Agora são 2h38 da madrugada do dia 2 de fevereiro, sábado. E eu provavelmente irei acordar lá pelas nove da manhã, apesar de não trabalhar aos fins de semana. Preciso gravar vídeos pro canal, né.

Um beijo, galeres. Não se preocupem demais comigo. A vidente disse que eu só morreria aos 24 anos, tem dois anos ainda até lá.

Até o próximo post!