Alou, alou, marcianos!
Para ser sincera, esse post chegou mais rápido do que eu esperava. Achei o início de "Messias de Duna" um pouco lento, mas da metade para o final eu simplesmente não conseguia parar de ler, e devorei tudo com lágrimas nos olhos. Que livro, meus amigos!
Este post é um resumo do segundo livro da saga Duna, "Messias de Duna", de Frank Herbert. Quero deixar claro que, apesar de eu escrever resenhas de livros há uma década e de ser formada em literatura, este resumo não é um texto profissional. Eu apenas compilei as notas que fiz em meu celular enquanto lia. Até revisei, pra ter certeza de que o texto pelo menos faz sentido, mas aqui há teorias que fui criando enquanto lia, alguns memes aleatórios de bobagens que pensei durante a leitura e, é claro, contém minha opinião sobre personagens e acontecimentos. Ainda assim, é um resumo bastante completo para quem está perdido na leitura ou leu o livro há um tempo e quer refrescar a memória antes de ler as continuações. Em breve começarei a ler "Os Filhos de Duna", e pretendo ir fazendo resumos de todos os livros conforme eu for lendo a saga.
Ah, este texto obviamente contém SPOILERS!!!
RESUMO DE "MESSIAS DE DUNA"
“A
fé pode ser manipulada. Só o conhecimento é perigoso”.
Bronso
de Ix é preso por ser um herege, pregando mentiras (ou verdades inconvenientes)
sobre Muad'Dib, sua esposa Irulan, a concubina Chani e a especiaria em si.
Novos e velhos personagens aparecem, e a cena da capa do livro é bem no início
(não é, mas eu achei que sim).
Scytale
aparentemente irá levar morte e desgraça a Muad'Dib, e se encontra com a
Reverenda Madre Gaius Helen, que era a proclamadora da verdade de Shaddam IV, o
Imperador Padixá do livro anterior. Um emissário da Guilda está numa caixa de
gás alaranjado pela mélange. Estão na cúpula das Bene Gesserit, que me lembra
aquela cena debaixo da terra de Attack on Titan. Junto de Scytale está Irulan,
que também é uma conspiradora contra Paul. Scytale é um dançarino facial,
aparentemente pode mudar seu rosto e forma. Olha lá, onde o Martin pegou a
ideia dos Homens sem Rosto. Irulan deseja ser mãe e fundadora da dinastia real
de Paul, mas isso jamais acontecerá, pois seu casamento é político. Para
impedir que Chani dê filhos a Paul, ela tem administrado um anticoncepcional a
ela, sem que saiba. Para se infiltrar mais ainda, fizeram um ghola tleilaxu (uma
cópia a partir de um cadáver) de Duncan Idaho, o mestre espadachim que morrera
no livro anterior. Essa criatura criada, Hayt, é um mentat que será usado para
se aproximar de Alia. Os Bene Tleilaxu deixam uma escapatória para seus
inimigos, se eles forem espertos o suficiente para encontrá-la.
“Sou
um títere. Quando a divindade é concedida, eis aí a única coisa que o suposto
deus já não controla mais. Fui escolhido. Talvez ao nascer... certamente antes
de poder decidir por mim mesmo. Fui escolhido”.
Chani
e Paul conversam sobre Irulan querer ter um filho dele. Chani acha uma boa
ideia, pois eles conseguem entender as estratégias dos inimigos através das
ações dela. Chani acha que Paul precisa de um herdeiro e que um filho fará os
inimigos duvidarem de Irulan, mas Paul acha que um filho com Irulan daria a ela
muito poder. Paul tem um flashback de uma conversa com Irulan, que insistiu que
queria um filho (como foi combinado entre ela no planeta das Bene Gesserit no
outro capítulo). Paul está decidido a não ter filhos com ela. Ele menciona
várias vezes uma visão sombria da jihad no futuro.
Scytale
chega em Duna vestindo o rosto de Duncan Idaho. Ele chega a uma espécie de
lugar secreto e conversa com um homem chamado Farok. Ele revela ser um
Dançarino Facial hermafrodita e que o rosto que usa não é seu. Farok reconhece
o rosto de Idaho de muito tempo atrás. Scytale pergunta a Farok sobre Paul, e
Farok parece saber muito sobre o Imperador. Conta uma história de que Paul
aprisionou um verme da areia para envenenar com água, a fim de ver o futuro.
Farok parece ressentir Paul, pois julgava ter uma vida boa e rica antes dos Atreides
aparecerem em Duna. O objetivo de Scytale fica mais claro: capturar um verme da
areia e começar a cultivar o mélange fora de Duna. Naturalmente, após conseguir
as informações de que precisa, Scytale mata Farok e seu filho cego, tomando o
rosto de Scytale e levando uma moça fremen drogada para algum plano maligno.
Alia
da Faca já tem 16 anos e é temida por todos. Korba conversa com Paul e Irulan
sobre um acordo entre eles e Tupile. Irulan acha que eles devem ser ruins e
negar o mélange ao povo de Tupile, mas Paul pede cautela, por eles terem apoio
da Guilda e do Landsraad. Stilgar questiona o motivo pelo qual Paul não
simplesmente vê o futuro e descobre a melhor situação, mas Paul diz que as
coisas não são simples assim.]
“A
predição é uma consequência natural na onda do presente. Disfarça-se como algo
natural, mas não há como usar esses poderes com a intenção de assegurar metas e
propósitos”.
Stilgar
informa Paul de que vários planetas da Guilda querem criar uma constituição.
Paul pensa que isso pode atrasar a jihad, a guerra santa que ele tanto teme e
que trará consequências terríveis ao universo, mas não acha que irá atrasar a
jihad a ponto de salvá-lo. Nesse universo, uma constituição parece ser algo
ruim, pois todo mundo fala em criar uma constituição falsa ou religiosa.
“As
constituições transformam-se na tirania suprema. É o poder organizado em
tamanha escala que chega a ser avassalador”.
Depois
disso, Paul levanta a questão do pai de Irulan (o antigo Imperador Padixá)
estar fazendo coisas que não deve em Salusa Secundus. Irulan menciona que seu
pai seria um ótimo mártir, e que alguns veem seu tempo como imperador com
nostalgia, o que escandaliza todos os presentes. Depois disso, novamente
ressurge o debate sobre Paul ter um herdeiro. Ele sabe que seu herdeiro dará
início ao jihad, mas Chani insiste que ele tenha um filho com Irulan, pois o
povo precisa saber que os Atreides possuem um herdeiro. Novamente, Paul deixa
claro que não engravidará Irulan. Quando estão recebendo a criatura que vive no
gás laranja, Edric, Alia vê Duncan Idaho, e imediatamente o reconhece nas
memórias da mãe, imaginando que aquele seja um ghola. A criatura do gás se
apresenta como Edric e oferece Hayt, com a fisionomia de Duncan Idaho, como
presente a Paul. Paul interroga Hayt. Os Bene Tleilaxu acreditam veementemente
que Hayt é uma reconstrução perfeita de Duncan Idaho, porém sem as memórias.
Paul sente familiaridade em Hayt, que reconhece vozes e padrões de sua antiga
vida, ainda que não se lembre. Paul aceita o presente e pensa na utilidade que
Hayt terá como espadachim, mentat e mestre zen. Hayt diz que ele foi
presenteado a Paul para destruí-lo, pois o ghola não é capaz de mentir. Ainda
assim, Paul o mantém por perto, fascinado com suas palavras. É claramente uma
armadilha, mas Paul não quer mandar o ghola embora. Alia sente uma estranha
atração por Hayt, e percebe o perigo que ele representa.
Irulan
conversa com a Reverenda Madre Gaius Helen Mohiam. Ela é uma espécie de
prisioneira em Arrakis. Deixa claro que Irulan teve sua chance de ser mãe do
herdeiro de Paul, mas que ela passou. Seus genes são fracos e ruins, de
qualquer forma. A Reverenda Madre começa a planejar uma forma de unir Paul à
própria irmã, Alia, e pensa numa forma de eliminar Chani.
Chani
começou uma dieta que elimina o contraceptivo que Irulan estava lhe dando. Se
Chani engravidar, Irulan precisa lhe dar um abortivo, ou matá-la, pois o
herdeiro não pode ter genes fremen (segundo a Irmandade das Bene Gesserit).
Alia observa o aumento do interesse do povo fremen por objetos de
clarividência, como o tarô. Ela vai tomar banho e pensa em sua atração sexual
pelo ghola de Duncan Idaho, o Hayt.
“Antes
de nós, todos os métodos de aprendizagem eram maculados pelos instintos.
Aprendemos a aprender”.
Para
se distrair, Alia vai treinar, chegando a usar onze espadas contra si mesma,
quando espadachins habilidosos só chegam a sete. Paul e Stilgar a interrompem,
Paul fica puto com ela e conta que os inimigos podem atacar a qualquer momento.
Stilgar diz que Alia precisa se casar. Alia desdenha do que ele disse e foca no
fato de que os inimigos estão querendo pegar um verme da areia para conseguir
produzir mélange em outro planera. Stilgar fica puto ao perceber que os poderes
de ver o futuro de Paul são limitados. Depois, Paul conversa com Scytale e
Edric, comentando sobre como Lorde Leto morreu e sobre o show dos dançarinos de
rosto. Paul diz a Edric que o ghola Hayt acredita ter sido um presente de grego
para os Atreides, mas Edric ironiza: “É possível destruir um deus?”.
Paul
não gosta da sugestão de que está tentando se tornar divino, e Edric diz que,
mesmo que não seja verdade, é isso que os fremen e seus seguidores esperam
dele, como um Messias.
“As
pessoas esperam o pior dos ricos e poderosos. Dizem que sempre se sabe quando
alguém é da aristocracia: o nobre só revela os vícios que o tornarão popular”.
Vrau,
eu gosto do Edric, a criatura do tanque de gás. Ele continua insinuando que a
questão messiânica de Paul pode ser uma fraude governamental e religiosa, e
Paul percebe que ele não faz isso para provocá-lo, mas para incitar dúvida em
seus seguidores fremen, inclusive em Stilgrar. Puto, Paul deixa que Edric e
Scytale vão embora vivos, mas Stilgrar parece infeliz com a conversa e
confronta Paul, que começa a questionar suas próprias ações como líder e
imperador. Paul instiga Stilgar a estudar história antiga, da terra, mas o
fremen não vê motivos para fazer isso. Paul se compara a Genghis Khan e a Hitler,
figuras que Stilgar não conhece, mas se coloca como muito pior: ele matou
bilhões, destruiu planetas inteiros e eliminou religiões e culturas. O universo
jamais irá se recuperar da sua jihad – que mal começou. Ele questiona se suas
legiões sabem que elas controlam todas essas coisas, e que podem se voltar
contra ele num piscar de olhos. O capítulo é concluído quando Paul dá a ordem
de que matem os Sardaukaar que estiverem por ali. Ele se prepara para algo
grande.
Alia
encontra um cadáver de uma mulher fremen no deserto. A mulher que Scytale levou
quando conversou com o maluco mais cedo no livro? Ela e o ghola Hayt têm uma
conversa interessante, em que ela fala sobre sua experiência recebendo os
conhecimentos de gerações de Bene Gesserit e ele fala sobre a estranheza de ser
e não ser Ducan Idaho ao mesmo tempo. Ele até chora, o que Alia vê como uma
atitude nobre fremen, mas eu acho que não é bem assim. Eu até gosto deles
juntos, mesmo sabendo que é uma bilada, cino.
“Vocês
sabe que o presente não era necessário. Seu irmão já estava destruindo a si
mesmo com toda propriedade”.
Alia
o tempo todo ameaça contar tudo a Paul e fazer com que Hayt seja executado, mas
ele já conversou sobre tudo isso e mais com o Muad'Dib. Ele beija Alia, é uma
cena quase fofa. Aff, não acredito que estou shippando este casal. No final, Hayt
tem uma boa ideia: talvez ninguém tenha dado falta de uma mulher fremen, o que
quer dizer que o assassino pode ser um Dançarino Facial.
Paul
está drogado de especiaria e tem uma visão da lua caindo e dos fremen como
ladrilhos, partes físicas da cidade. Ele novamente pensa que o pior da jihad, a
carnificina, só será impedida se ele desacreditar a si mesmo. Hayt aparece e
divide sua sabedoria zen-sunita com Paul, contrastando com a conversa mentat
que ele teve com Alia. Interessante que ele deixe a conversa religiosa com o
líder lógico e aja de forma racional com a deusa.
“Porque
eu precisaria de poderes especiais para ver minhas próprias desgraças?”.
O
povo em 1500 saía de canoa, rodando metade do mundo a nado para roubar tempero.
Enquanto isso, Duna supostamente se passa no futuro da nossa humanidade; as
pessoas têm nave espacial, poderes loucos, tecnologias diferenciadas, e ainda
assim metem o louco num planetinha por causa de outro tempero. Este é o único resumo
necessário sobre Duna.
A
Reverenda Madre Gaius Helen Mohiam novamente lamenta o desperdício que Paul é
como Kwisatz Haderach e teme as habilidades Bene Gesserit naturais e não
treinadas de Alia.
“Uma
criatura, depois de transformar-se numa coisa, irá preferir a morte a se tornar
o contrário do que é”.
Eu
tinha pensado que a cena da capa acontecia no começo, mas na verdade ela está
rolando agora. O trono verde e as tapeçarias alaranjadas contra as paredes
azuis ficam na sala do trono de Paul. Algo importante está para acontecer. Ele
oferece libertar a Reverenda Madre e deixar que Irulan engravide (por
inseminação artificial), e ainda por cima ela será banida, pois ele não
reconhecerá seu herdeiro e manterá o trono para seu futuro filho com Chani. Por
um lado, a gravidez artificial de Irulan é algo horrível, visto com maus olhos
pela sociedade das Bene Gesserit. Por outro lado, possivelmente será o único
jeito da irmandade manter os genes que têm sido cuidadosamente selecionados há
milhares de anos sob seu controle.
“Os
genes, os preciosos genes dos Atreides: só isso importava. A necessidade tinha
raízes mais profundas que a interdição. Para a Irmandade, o acasalamento
misturava mais do que esperma e óvulo. O objetivo era capturar a psique”.
A
Reverenda Madre pensa que, se recorrer a isto, nada impediria as Bene Gesserit
de se rebaixar mais e usar a mutação controlada dos Tleilaxu. Ela chega a dizer
que há dois Atreides, referindo-se a Alia, mas isso está fora de cogitação. Ela
pede um tempo para se comunicar com o conselho. Enquanto isso, Paul revela que
deseja criar seu herdeiro com Chani no sietch, no deserto, como fremen. Aliás,
sinto falta de ver mais a Chani neste livro. E a Jéssica também (que acho que
nem vai aparecer).
Scytale
e Edric conversam sobre como irão desestabilizar Paul. Edric claramente odeia a
suposta divindade dos Atreides, dizendo que eles apenas escravizam o povo.
Scytale parece ter algum interesse nos poderes de Alia e na religião acerca de
Paul como Messias de Duna. Edric não gosta nada desta conversa, e insiste em
usar o ghola para destruir Paul. Como, não sei.
Paul
e Chani conversam sobre a gravidez, que será de risco por causa dos
anticoncepcionais que Irulan estava lhe dando (eles descobriram). Paul pensa
que o dia do nascimento de seu herdeiro será o dia da morte de Chani e que
Irulan não pode morrer, mas não conta isso à esposa fremen. Eles conversam com
Hayt. Paul continua confiando no ghola mentat, mas Chani não gosta dele, o acha
desrespeitoso por dizer a verdade sem filtros. O próprio ghola vive em crise
existencial, sem saber se é ou já foi Duncan Idaho.
“Só
porque não conseguimos imaginar uma coisa, não significa que podemos excluí-la
da realidade”.
Uma
das frases de início de capítulo diz que os servos de Muad'Dib são gratos por
ele ter sacrificado algo que lhe era importante, pois ele o fez de forma
abnegada para salvar o resto do povo de algo muito, muito pior do que sua perda
pessoal. Eu achei uma bela forma de ver a situação, mas estou preocupada. Em
seguida Paul recebe Lichna, filha de Otheym, mas ela é apenas o dançarino
facial Scytale usando o corpo da mulher fremen que ele matou. Paul não cai na
armadilha, mas segue o baile para ver onde tudo vai dar.
Por
causa de sua visão limitada do futuro, ele sabe que não pode matar o dançarino
e nem revelar a farsa, mas mesmo assim ele consegue dançar ao redor do perigo e
colocar Scytale sob observação. Após se despedir de Stilgar e Chani, Paul deixa
seu castelo (não é bem isso, mas esqueci a palavra) e vai para a multidão
fremen, irreconhecível, e entra num templo. Lá encontra Rasir, um homem de seu
sietch, que será seu guia. Ele presencia um ritual para Alia e, ao vê-la ser
adorada como deusa, ele percebe que ela é parte do universo que lhe faz
oposição.
“Amadurecer
é ficar mais perverso”.
Após
um cântico, Alia começa a responder a pedidos de conselhos do povo, mas é
ríspida e cruel. Paul acha que ela está agindo assim porque também deve ter
visto o futuro da terrível guerra santa.
Paul
vai ver Otheym, como Scytale vestido com o rosto de Lichna pediu. É uma cena
confusa, eu achava que seria apenas uma armadilha, mas eles revelam que há
fremen tramando contra Paul, e revelam a localização do QG dos traidores. Para
escapar dali, Paul terá que fingir ser o comprador de um anão, algo que o
desconcerta, pois ele não viu isto em sua visão do futuro.
“Qualquer
ilusão de livre-arbítrio que ele nutrisse no momento era só o prisioneiro
sacudindo as barras da cela. Sua maldição era enxergar a cela. Ele a enxergava!”.
O
anão, Bijaz, é engraçado e meio amalucado. Foi jogado fora pelos Bene Tleilaxu.
“A
cola que nos unia era fraca. Algumas lágrimas, e adeus”.
Paul
leva o anão Bijaz a Stilgar e lhe avisa que ele tem poderes de predição do futuro,
e é valioso. Lá fora, os soldados imperiais atacam a casa de Otheym, que se
torna um pilar de fogo. A situação foge de controle (apesar de que Paul já
sabia) e todos os soldados ficam cegos. Paul ordena que mantenham a calma, mas
a dúvida surge: se ninguém pode ver, será que é mesmo o imperador Paul Atreides
falando?
Paul
também fica cego, Stilgar chora. Segundo a lei fremen, os cegos devem ser
abandonados no deserto. Mas Paul diz que agora vivem sob a lei dos Atreides.
“Vivo
num sonho apocalíptico. Meus passos se encaixam nele com tanta precisão que meu
medo maior é me entediar de tanto reviver a coisa com tamanha exatidão”.
O
queima-pedra que cegou os soldados e Paul é um combustível atômico, e armas
atômicas são proibidas pelo Imperium. Após sete dias as coisas se aquietam.
Muitos soldados fremen não querem os olhos tleilaxu, preferem até o suicídio. O
próprio Paul não usa os olhos artificiais, mas os compra para todos os soldados
cegos. Chani está preocupada, mas Paul diz que eles logo irão para o sietch.
“Esqueça
o mistério e aceite o amor, pois ele não tem mistério. Vem da vida”.
“Temos
a eternidade, querida”.
“Você
pode ter a eternidade. Eu só tenho o agora”.
“Mas
isto é a eternidade”.
Alia
irá presidir o conselho que vai julgar Korba, o Panegirista, responsável pela
conspiração contra Paul (o que eu perdi???). Ela recebe uma carta da mãe. “Prevejo
o dia em que a cerimônia terá de tomar o lugar da fé, e o simbolismo
substituirá a moralidade”. (Esses são nossos dias atuais, segundo Joseph
Campbell).
Enquanto
Korba tenta se defender das acusações, Paul aparece e o acusa mais ainda. Os
fremen, principalmente Stilgar, não gostam de sua cegueira, mas Paul prova que,
mesmo cego, ele ainda vê. Korba se afunda em contradições, e Alia percebe seus
aliados naib na multidão assistindo ao conselho. Depois que Paul sai com Chani,
Alia e Stilgar conversam. Ela acha que Stilgar irá desobedecer a Paul em alguma
coisa.
Hayt
vai interrogar o anão Bijaz, mas tudo dá errado. Descobrimos que eles são quase
como irmãos, pois foram criados no mesmo tanque, Bijaz antes de Hayt. O anão é
capaz de manipular Hayt, e fica claro que ele está ali não para destruir Paul
ou Alia, mas o ghola. Quando Paul disser "ela se foi" (falando de
Chani, morta no parto?), Duncan Idaho despertará de dentro do ghola, a fim de
fazer da própria Chani (?) uma ghola.
“A
possessão da vidência costuma fazer do indivíduo um fatalista perigoso”.
Alia
toma uma quantidade enorme de mélange na tentativa de ver o futuro. Ela vê um
filho seu, mas não o pai. Hayt diz que as Bene Gesserit querem que Alia e Paul
tenham um filho, para manter a genética perfeita. Ela passa mal pela quantidade
de especiaria e Hayt a leva para os médicos, que fazem uma lavagem estomacal.
Alia, delirante e ainda assim sóbria, diz que nunca quis ser especial ou irmã
de um homem tratado como divindade. Isso a atormenta. Ela pede que Duncan jure
amor por ela. Ao experimentar o futuro e ver seu futuro filho, ela percebe que
a criança será despertada como Bene Gesserit da mesma forma que ela foi.
“Perdemos
aquela nota clara e singular do viver. Se não é possível engarrafar, vencer,
apontar ou acumular uma coisa, nós não lhe damos valor”.
Chani
está no sietch e perto de dar à luz. Paul está ocupado com assuntos de Estado e
não acompanha o parto (ou apenas não quer ver Chani morrer?), mas Hayt está lá
(como ele saiu de perto do anão, de Alia, e foi pro sietch, não sei. Esse rapaz
é onipresente. No momento do parto, ele percebe que foi incutida nele uma
compulsão.
Paul,
com Hayt ao seu lado (ONIPRESENÇA!!!), sente a morte de Chani. Ele fala sobre a
maldição da visão do futuro e diz as palavras da compulsão: "Ela se
foi". Hayt e Idaho lutam dentro do corpo do ghola. Paul pede para ver
Chani e descobre que teve não um, mas dois filhos: um menino e uma menina.
“Assistiam
à transformação do articulado em imbecil, do sábio em tolo. E o palhaço não
apelava sempre à crueldade?”.
FRANK
HERBERT, SEU GÊNIO MALIGNO! Agora ficou claro porque deram o ghola de Idaho
como presente a Paul: quando ele fosse capaz de reconhecer que Hayt realmente é
Duncan, ele aceitaria fazer um ghola de Chani, que também seria realmente a
esposa morta. Mas isso deixará Paul, Chani, os Atreides, seus filhos
recém-nascidos e o povo todo de Arrakis como refém dos Tleilaxu. QUE
REVIRAVOLTA DO CARALHO!!!
Paul
consegue enxergar através dos olhos do filho e mata Scytale enquanto ele
negocia com Alia. Depois disso, ele percebe que seu filho está consciente como
Alia, e que possui dentro de si toda a linhagem masculina dos Atreides, da
mesma forma como a filha possui a consciência de Chani, Jéssica e etc.
Duncan
explica a Paul como despertou do ghola. Duncan (antes de morrer) via Paul como
um filho. Quando a compulsão de Hayt para matar Paul foi ativada, o Duncan
dormente acordou e tomou o lugar de Hayt.
“Há
certas coisas que ninguém consegue suportar. Eu interferi em todos os futuros
que pude criar até que, por mim, eles me criaram”.
Paul
se entrega ao deserto. Os fremen não vão atrás dele, pois os cegos se
entregarem ao deserto faz parte da tradição.
“Começou
a perceber que talvez houvesse uma certa cortesia meticulosa em morrer sem
deixar vestígios: nenhum resto mortal, nada, e um planeta inteiro como tumba”.
Duncan
Idaho conversa com Stilgar sobre como Paul foi recebido e acolhido pelos fremen
como um dos seus. A desobediência de Stilgar que Alia previu é que ele mataria
a Reverenda Madre Gaius, mesmo contra a vontade de Paul. Os traidores dos
Atreides são executados. O
s
Bene Tleilax, as Bene Gesserit e a Guilda perderam em seu próprio jogo. Todos
se abalaram com a traição de Korba. Ao se entregar ao deserto, Paul foi além de
Messias de Duna, mas a um Mártir de Arrakis, e o povo será eternamente leal à
sua casa. Alia e Duncan ficam juntos.
“O
amor conhece o amor”.
Caralho
que final FODA.
Em breve pretendo ler o terceiro livro, e com certeza farei um resumo dele. Vem aí!
adorei o resumo de messias de duna
ResponderExcluiruma duvida...o filho por inseminação artificial do Paul e da Irulan nunca rolou ??? pois seria interessante no futuro uma suposta disputa de poder entre os gêmeos da Chani e o filho(a) da Irulan
ResponderExcluirComecei filhos de duna essa semana e não me lembrava de quase nada do último livro. Muito obrigada pelo resumo! :)
ResponderExcluiradorei o resumo!!! obg por me lembrar de tudo :)
ResponderExcluirQue resumo primoroso, fica aqui registrado minha admiração por uma resenha despretensiosa e mal acreditada pelo próprio autor. Saiba que foi bem interessante
ResponderExcluirVou começar a ler Filhos de Duna hoje mas não lembrava de nada, muito obrigada pelo resumo, adorei os comentários e acho que entendi mais do messias de duna lendo seu texto do que o próprio livro kkkkkkk
ResponderExcluirAdorei o resumo
ResponderExcluirEu estava protelando para iniciar o terceiro livro porque o processo de ler Messias foi tortuoso, a primeira metade realmente se arrasta. Mas do incidente com Korba pra frente a frigideira esquenta. Obrigado pelo resumo irado!
ResponderExcluirObrigado pelo resumão top, vou voltar a ler Filhos de Duna, abrçs
ResponderExcluirmds que resumo perfeito, parabéns!! Muito obrigada por todo esse detalhamento, agr essencial pra eu entender filhos de duna (tinha esquecido de quase tudo)
ResponderExcluirQue livro bom. Obrigado por me ajudar a entende-lo.
ResponderExcluirSeu trabalho me ajudou até a ver partes que eu não tinha compreendido.
ResponderExcluir