sexta-feira, 6 de maio de 2016

Armada, de Ernest Cline

ArmadaAutor: Ernest Cline
Título original: Armada
Editora: Leya
É bom?: ★★★
Páginas: 432
Sinopse: Zack sempre sonhou com uma realidade parecida com o universo dos livros e filmes de ficção científica. Por que nunca acontecia algo fantástico que pudesse trazer um pouco de aventura à sua vidinha mais ou menos? Então, de repente, ele vê uma nave espacial. E, mais estranho ainda, ela é idêntica à do seu videogame preferido. Agora, suas habilidades ao joystick serão fundamentais para salvar a Terra da destruição!






Armada conta a história de Zack Lightman, um garoto de 18 anos que é viciado em vídeo-game, tem problemas de comportamento e foi criado pela mãe solteira. Ele sempre conviveu com o mundo da fantasia e da ficção científica próximos à sua realidade, sempre esperando pelo dia em que algo grande e fantástico fosse acontecer e mudar drasticamente sua vida sem graça.


Eis que, contra todas as expectativas e probabilidades, algo fantástico realmente acontece na vida de Zack: ele está na aula, num dia exatamente igual outro qualquer, quando vê uma nave espacial em tamanho real e 100% funcional, saída diretamente de seu jogo favorito – Armada – sobrevoando a escola e desaparecendo no horizonte.

A princípio, Zack acredita estar maluco, do mesmo jeito que ele acreditava que seu pai – que faleceu quando o próprio Zack tinha 10 meses, aos 19 anos – era. Zack sempre fora fascinado pelo pai que nunca de fato conhecera. Quando criança, perguntava o tempo todo para a mãe e aos avós como seu pai era. Quando ficou mais velho, sua mãe deixou com que ele fuçasse nas coisas do pai. Foi então que Zack encontrou uma espécie de livro de campanha de RPG, que mais tarde se revelou mais do que apenas isso, contendo várias teorias da conspiração envolvendo filmes, jogos, séries e livros de ficção científica sobre extraterrestres. Quando Zack percebeu que seu pai realmente acreditava que os ETs existiam e que o governo estava preparando as pessoas para a chegada deles através da cultura pop, ele se convenceu de que o pai era maluco e foi provavelmente por isso que morreu aos 19 anos numa explosão acidental no seu trabalho.

Eu adoro a capa americana do livro <3
Claro que a crença de ter um pai esquizofrênico nunca impediu Zack de gostar dos mesmos jogos, livros, filmes e seriados pelos quais o pai era apaixonado. Zack é tão bom com vídeo-games que está em sexto lugar no ranking mundial de Armada – com o Nick de BeagleDeAço – e trabalha numa loja especializada em jogos e consoles. 

Zack tenta arduamente esquecer a visão da nave sobrevoando a escola, mas conforme o dia passa a sensação de que algo estranho está prestes a estourar no canto do seu cérebro simplesmente não vai embora. Zack chega em casa e promete que irá jogar uma última missão em Armada e depois passará duas semanas longe do computador. Ele joga a missão, mas o que ele não sabe é que aquela missão – a missão Quebra-Gelo – era a primeira missão real do jogo. A primeira missão real contra uma raça hostil de alienígenas.

"E é por isso que o livro sempre é melhor que o filme: o livro faz tudo o que a imaginação do leitor quiser" - Ernest Cline.
No dia seguinte, quando Zack está pronto para enfrentar um bully em sua escola, um caça Glaive – uma nave de Armada – aparece para buscá-lo na escola para uma missão ultra secreta do governo, que envolve as tão remidas teorias da conspiração do pai de Zack, alienígenas, vídeo-game e um possível apocalipse.

Vi muita gente no Skoob criticando o livro e dando uma nota baixa, comparando Armada com Jogador Nº1. Admito que Armada nunca será um livro tão incrível quanto Jogador Nº1, que sinceramente é uma tremenda obra prima, mas não merece essas notas tão baixas que anda recebendo. Eu não achei o livro tão previsível quanto falam – não mais previsível do que qualquer outro livro para jovens adultos – e eu realmente gostei da história. Ernest Cline não é um autor que se apega a um único tema e não consegue se desvencilhar dele. A pesar de seus dois livros terem uma ligação direta com vídeo-games, as histórias e seus protagonistas não poderiam ser mais diferentes.

ISSO ACONTECEU NO BRASIL E EU NÃO FIQUEI SABENDO!!!!!!!!!!!!!!!1!!onze!!!!1!
É impossível comparar Zack e Wade. A única coisa em comum entre os dois protagonistas é o gosto que ambos possuem por vídeo-games e outros clássicos da cultura nerd. Fora isso, a personalidade, a visão de mundo, o passado e a família deles são completamente diferentes. Armada e Jogador Nº1 são livros completamente diferentes, ambos incríveis, e é injusto querer dar uma nota baixa para um livro baseando-se em outro. Se você não conseguiu gostar de Armada por que não parava de pensar em Jogador Nº1, o problema não está no livro, está nas suas expectativas.

Eu amei o livro, e super recomendo!

Pra finalizar, sente só que beleza é a edição americana com esquemas das naves </3. Também quero :c

2 comentários:

  1. Armada e Jogador Nº1 foram os livros que me trouxeram de volta a ficção cientifica.
    foi uma forma completamente nova de ficção cientifica (em livros ocidentais, porque os japa ja estão falando sobre realidade virtual desde Ghost in the Shell), o autor conseguiu abandonar os clichês Clarkianos e Asimovianos, como os robos com diretrizes que ignoram as mesmas ou raças alienigenas que criaram a humanidade.
    Em Jogador Nº1 somos apresentados a um futuro distópico onde os combustiveis fósseis são raros e, como uma forma de escapar da realidade dos desastres naturais e das dificuldades sociais, os humanos começam a utilizar o Oasis, uma rede social que substituiu a internet, para viver suas vidas, trabalhar e estudar. Somos apresentados a um gordinho depressivo que além de pobre, sofre uma violencia domestica muita forte, além de todo o plot da corrida pelo easter egg, o autor se preocupou em mostrar a evolução emocional do personagem e as dificuldades da depressão e do vicio em redes sociais (não me decepcione Spielberg).
    Em Armada mudamos completamente de cenário, somos apresentados a um jovem alegre e descontraido, o mundo, pelo que eu entendi, é o atual, e o governo dos EUA criou dois jogos que seriam um simulador para combater fucking alienigenas ( sério, a cena descritiva da luta do Mecha gigante me deu arrepios). O garoto está sempre preocupado em proteger sua familia (mãe) e amigos, mas ele se mostra meio burrinho em alguns momentos. O fator principal de eu ter gostado do livro foi ele não ter o final bosta de Enders Game, (que te da spoilers do que vai acontecer na história do começo ao fim).
    Essa foi minha nada humilde opinião, espero por mais reviews, principalmente da saga do Ciclo das Trevas.

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