terça-feira, 25 de outubro de 2011

Douglas Xavier... ops! Adams!!


Ele está apontando pro texto
e dizendo "Está muito bom!",
no entanto está implorando
ao profeta Zarquon que
você não leia o post.

Oi galerinha, como vão nesse dia incrivelmente ensolarado e belo e estupendo e tudo o que não é mas eu finjo que é pra parecer que é o que não é?
Trago hoje o meu pensamento da semana, para mostrar que eu não sou uma boçal completa e que, de fato, penso um poucoàs vezes
Tudo começou numa tarde de sexta-feira. 
Meu irmão mais velho chegou em casa todo alegre, empunhando uma peça de xadrez - mais precisamente, um peão - feito numa máquina especial do SENAI, onde ele estudo durante o período da tarde. Ele me pegou lendo o livro A Vida, O Universo e Tudo Mais. Começamos, então, a discutir sobre a vida, o universo e tudo mais até chegarmos ao ponto de ele estar gritando com o dedo comprido enfiado na minha cara:
"SÃO OS BISTRÔS!"
E eu gritava de volta:
"É A IMPROBABILIDADE!"
Depois de separados pela mãe, meu irmão mais velho fez uma confissão extremamente atípica para mim. Tal qual era a seguinte:

"Sabe Nathália, você tem vários livros autografados por autores, com dedicatória até! Eu daria um dente da frente para ter um autógrafo do Douglas Adams".
Descontando o fato de que, até a semana passada, o desejo mais profundo do meu irmão era dar um dente da frente pra gabaritar o ENEM.
Mas, no fundo, senti-me tocada pela revelação mais profunda e secreta de meu irmão mais velho. Eu sem dúvida daria um dente da frente por um autógrafo com dedicatória do Eoin Colfer e da Cassandra Clare e da Suzanne Collins. Mas todos esses que citei estão vivos e muito felizes.
Douglas Adams morreu.
Sim, acho que todo mundo já sabe, mas o criador de O Guia do Mochileiro das Galáxias está morto e enterrado. Eu sempre soube, mas quando meu irmão citou esse seu desejo proibido e impossível, a ficha caiu. 


O CARA TÁ MORTO E NUNCA MAIS VAI AUTOGRAFAR O LIVRO DE NINGUÉM!

Como a cara de pidão do meu irmão era colossal, decidi esquecer a insistência dele nos Bistrôs e decidi arrumar uma forma de ele ter seu autógrafo com dedicatória.
>>> Comprar um exemplar de um colecionador?
Caro demais!
>>>Matá-lo e enterrá-lo com os livros para que se encontrem na pós-vida?
Boa ideia, mas livro é uma coisa que não se enterra.
>>>Convocar um Chico Xavier da Silva para psicografar um autógrafo do homem?
GENIAL!
A ideia me ocorreu hoje.
Imagine só! Você que é fã de Michael Jackson agora pode ter um autógrafo dele!
Fã de Kurt Cobain? AUTÓGRAFO, AI CARAMBA!
Fã de Elizabeth Taylor? AUTÓGRAFO, TCHÊ!
Fã da Amy Winehouse? AUTÓGRAFO, BAH!
Fã do Osaba Bin Laden (?) ? AUTÓGRAFO, COMPAÑERO!

Por que não usar a mediunidade pra algo realmente útil?
Nada de livros sobre a beleza da reencarnação, das vidas interligadas e etc!
Hashtag: #AutografoDosMortos AGORA!
Pra quem desconhece a série mais nerdesca do universo, deixo aqui o início do filme (que é bom, mas o resto do filme é ruim):



Essa música realmente vicia, então cantem-na também!
Letra da música aqui!
AINDA não leu os livros?
Toma vergonha nessa cara de nerd e aproveita a promoção dantesca clicando aqui.

É isso aí pessoal!
De quem vocês gostariam de ter um autógrafo, mas que infelizmente já morreu?
Respondam a essa pergunta nos comentários!
Beijos,
Nath'

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cinco (bons) motivos para se gostar de estar na primeira série


Deu até pra sentir falta dos posts engraçados né? Pois bem, aqui estou eu com um post que eu levei duas semanas inteirinhas pra escrever (pasmem).
E então, como estão neste dia esplendido?

Indo direto ao assunto, vou contar uma historinha bem legal e muito instrutiva para vocês:
Era uma vez um colégio estadual muito mal estruturado. O menor salário de professores no Brasil fez com que alguns professores da rede pública entrassem em greve. Com isso, o horário de aulas foi alterado drasticamente, sem aviso prévio aos alunos.
Então, para não ser mandada para a diretoria sobre pena de ter esquecido o livro em casa, uma menina de um metro e meio decidiu levar todos os sete livros didáticos para a escola todos os dias. Eis que, numa belíssima terça-feira, enquanto voltava para casa, ela parou para refletir sobre cinco aspectos de sua vida escolar durante a primeira série e depois sobre o atual nono ano (ou oitava série).
Suas conclusões tiradas foram dividas em cinco categorias, divididas estas em dois tópicos, mostrando como as coisas eram no tempo das mochilas com rodinhas, giz de cera colorido e meia hora de recreio.

1° aspecto: transporte de materiais.
1° série – uma menininha devidamente uniformizada e com os cabelos cacheados presos para trás anda calmamente pela rua enquanto um som irritante a persegue.
Que som é esse?
São as rodinhas cor-de-rosa de sua mochila pink das meninas super poderosas chocando-se com o chão irregular da rua.
Fala sério, o barulho nem ao menos é um revés! O prazer de ir à escola com a mochila de rodinhas, fazendo aquele doce barulho comparável a uma orquestra de índios com suas guitarras elétricas dançando em volta de um iPad. Um barulho que, cá entre nós, é melhor que comer miojo assistindo ao canal de clipes do Bullet for my Valentine no YouTube.
Muito melhor.
9° ano – Uma garota com sua calça jeans velha e desbotada está com seus cabelos rebeldes grudados no suor do rosto enquanto sua coluna desgasta-se com sua mochila lotada de livros, cadernos, fichários, estojos, lápis, canetas, apontadores, borrachas, esquadros, réguas, compassos, revista do pato Donald, caça-palavras, guarda-chuva, etc.
Pior que assistir a Claudia Leitte cantando no Rock In Rio.
Muito pior.

2° aspecto – Pausas na aula

1º série – Todos os alunos estão altamente concentrados em separar as silabas da palavra piscina (até hoje eu não sei... vocês sabem?) quando o sinal toca.
-HORA DO RECREIO RIARIARIARIARIARIARIARIARIA!!!!!!!!!!!!!!!!


Todos os alunos saem com os bolsos abarrotados de balas ou moedas, portando suas lancheiras coloridas cheias de coisas gostosas, e com dinheiro pra comprar o delicioso pirulito de chocolate da professora de história (?).
Depois de comer um monte de coisas calóricas e altamente nocivas a saúde dentro de 40 anos (nada com o que se preocupar) as crianças ainda arranjam tempo pra brincar.
ONDE ELAS ARRAJAVAM TEMPO PRA FAZER TUDO ISSO?!!?!?!?!?!?!?!?!?!?
9° ano – Todos os alunos estão praticamente desmaiando enquanto a professora de química está gritando com eles por não entenderem como funciona as ligações iônicas (até hoje não sei... vocês sabem?) quando o sinal toca:
-HORA DO INTERVALO RIARIARIARIARIARIARIARIARIARIA!!!!!!!!!!!!!!!
Todos correm para a quadra, eu começo a ler algum livro e é quando o sinal toca e todos são obrigados a voltar pra sala.
NÃO DÁ TEMPO DE FAZER NADA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

3° aspecto – Ir embora
1° série – Aluna pra professora:
- Professora, acho que estou um pouco tonta, posso ir pra casa?
- Ah, é claro! Vou ligar pra seus pais virem te buscar.
#MatadorDeAulaWins


9° ano – Aluna pra professora:
- Professora, acho que estou um pouco tonta, posso ir, pra casa?
- Ah, é claro que não. Tonta você já é. Vou ligar pros seus pais virem falar comigo, vou contar pra eles que você quer matar aula e fica dando essas desculpinhas manjadas.
#MatadorDeAulaLoses


4° aspecto – Matérias
1° série – Português: Recorte uma figura para ilustrar cada letra do alfabeto.
Matemática: Contar nos dedinhos quanto é 8+7. E não brigarem se responder 87.
História: Quem descobriu o Brasil?
Geografia: Qual a capital do Brasil?
Ciências: Observe seu feijão plantado no algodão crescer.
9° ano – Português: Leia o livro A Metamorfose enquanto estuda orações coordenadas de nome estranho.
Matemática: Aplique a fórmula de Bhaskara e depois faça os 79462413847652103654 exercícios mixando o teorema de Pitágoras e o de Tales.
História: Fale sobre o nazismo, o fascismo e escreva um trabalho de 10 páginas sobre a corrida do ouro.
Geografia: Fale sobre o monopólio norte-americano.
Ciências - Física: Decore as drogas das fórmulas e aplique-as nos 51684646846512348 exercícios propostos.
- Química: Decore todos os símbolos de todos os elementos da tabela periódica e fale sobre ligações iônicas e covalentes e sobre a função da camada de valência.


5° aspecto – Puxa-saquismo
1° série -

LINDO!!!! O homem feliz está divino! Ele passa seus sentimentos, sua alma, tudo! É uma obra de arte sem igual, que mostra o fundo dos sentimentos mais efêmeros, quânticos, românticos e belos do ser! Deveria estar próximo à Mona Lisa no Louvre! Um espetáculo, um espetáculo!
9° ano -

Nossa, que merda é essa? Está meio torto, ela tem um seio maior que o outro, o braço dela está errado, o esquerdo está muito fino, aquilo ali é a garganta dela?, esse vestido vai até o infinito?, ela está mito magra na cintura, acha mesmo que uma menina magra assim teria quadril suficiente para sustentar esse vestido armado?
ME POUPE DE SEUS RABISCOS RIDÍCULOS!!!


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É isso por hoje!! Espero que esse post tenha sido realmente legal, demorei para escrevê-lo ><
Beijos pra todo mundo!
Nath'

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Para sempre mesmo

Belo.
Profundo.
Doce.
Triste.
Tocante.
São os cinco melhores adjetivos que definiriam o livro Para Sempre Ana.
Belo, pois mostra diversas histórias de amor - dos mais diferentes ângulos possíveis, das formas mais diferentes, porém sempre o amor, puro e simples. É meio paradoxal dizer que o amor é simples, mas ele é. Nesse livro ele é. E ao mesmo tempo muito, mas muito controverso.
Profundo, pois tocou a minha alma. De verdade. Me peguei sorrindo, chorando, torcendo pelas personagens conforme a história se desenrolava. E que história.
Doce, pois me fez realmente aprender a gostar e aceitar as coisas do jeito que elas são. Mas espera, o que o livro ser doce tem a ver com isso? Bom, o livro mostrou diversas situações em que eu não perdoaria a pessoa se ela fizesse isso comigo. Mas o livro mostrou-me que a alma de uma pessoa é muito mais bela, profunda e doce. As pessoas, por trás das ações, tem sentimentos e motivos, que muitas vezes não são vistos. Para Sempre Ana me mostrou isso de forma doce. De forma suave.
Triste, pois, como já dito, flagrei-me chorando em diversas passagens do livro. Choro de agonia, de expectativa, de tristeza mesmo. Mas uma tristeza bela, profunda e doce. Porém triste.
E tocante. Muito tocante. De maneiras controversas. O livro me fez ver o ponto de vista de cada personagem, e mesmo os que estavam errados/fizeram algo errado me mostraram seus motivos e sentimentos, sua agonia e seu tormento interior. Mostraram isso de forma tão bela, profunda, doce e triste que senti-me tocada por seus anseios, seus sentimentos, seus motivos.

O livro conta a história de Ana, uma moça que perdeu a mãe cedo e aparece grávida numa festa particular da família Rigotti, dizendo estar grávida de Carlos, o filho de Márcia e Nestor. Com essa revelação misteriosa, ela acaba desencadeando uma sucessão de acontecimentos que passam entre o limiar no sobrenatural e do real, onde revelações que nunca deveria ser ditas são trazidas a tona.
A cidade onde se passa a história, chamada Três Luzes, foi muito bem utilizada na história. Com um número bom de personagens, cada qual com suas próprias características únicas e personalidade inconfundível, fazem a gente se apaixonar cada vez mais pela história.
No início, admito, achei a história muito forçada, muito novela das seis. Porém, já no terceiro capítulo, comecei a me sentir envolvida na história, querendo descobrir os mistérios. Confesso que só me apaixonei mesmo pelo livro quando a história de Ana começou a ser contada. E que história!
A principio eu não gostei de Ana: chata, intrometida, chegou pra estragar a felicidade do povo. Porém minha opinião sobre ele mudou no decorrer do livro, sendo que no final eu era tão apaixonada por Ana quanto qualquer outro personagem.
Ana começou para todo mundo - até para mim - como um indesejada, e no final... ela surpreendeu.
Que final foi aquele?
Juro, foi um final tão perfeito que... Que fez com que Para Sempre Ana entrasse na minha lista de livros favoritos para sempre.

Um livro que não me marcou só pelas mistérios e pelas reviravoltas (e que reviravoltas!), mas sim pelo teor de filosofia dentro dele. Aprendi muito com ele.
Vai ficar para sempre na minha memória - e na memória de qualquer um que lê-lo.

"Muitos acreditam: os eventos importantes da vida precisam realizar-se em determinado momento, haja o que houver. Assim, uma morte ocasional por acidente não deixaria de ocorrer se a pessoa ficasse em casa ou resolvesse sair a pé para se divertir com os amigos. No primeiro caso, a partida poderia acontecer após uma queda de escada.; no segundo, em um mal súbito. De um jeito ou de outro, não haveria como escapar, pois o universo das escolhas triviais terrenas não mudaria o destino já traçado, talvez até pela própria vítima, no contexto infinitamente mais relevante do mundo transcendente"
206
Coloquei essa parte pois já tive pensamentos assim (principalmente assistindo/lendo Death Note - é um exemplo besta, maaaas...).

"Entenda: não importa o quão grande é o caldeirão de felicidade em que se vive. Basta uma gota de veneno para gorar todo o caldo".
306
Acho que todo mundo já leu essa citação do livro, mas coloquei ela ainda assim.
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É isso amigos, até o próximo post!
Beijos
Nath'