Este é um rascunho de uma peça que estou escrevendo. A peça se chama "O IMPITIMA" (em caixa alta mesmo) e conta a história de Andrézão, um homem de origem humilde, cujo sonho sempre foi se tornar presidente da República para poder acabar com a fome no Brasil. Ele se aliou à empresa Agro Brasil, a maior produtora (fictícia) da América Latina de alimentos para que tivesse financiamento em sua campanha. Andrézão vence as eleições, mas descobre que a Agro Brasil não está nem um pouco disposta a ajudar a população de graça e, depois de um mal entendido com o Mafioso Fettuccini, o japonês líder da Agro Brasil, Andrézão terá que fazer de tudo para sofrer um IMPITIMA, ou sua família será assassinada. Andrézão tenta fazer de tudo: proibir o Carnaval, declara guerra com a Argentina e até mesmo finge estar apaixonado pelo presidente dos Estados Unidos, Varack Bobama, mas todas as suas esquisitices são bem recebidas pelo povo brasileiro e o tempo está cada vez mais curto para a família de Andrézão.
Meu objetivo com essa peça é satirizar o cenário político brasileiro atual e fazer um negócio bem engraçado :p
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CENA 1
Personagens: Andrézão, Vilma, Néscio, William.
O logo do Debate Eleitoral aparece no telão. William Conner entra e vai até o centro do palco.
William: Boa noite. Hoje estamos aqui para conhecermos melhor os três principais concorrentes à presidência do Brasil. Nosso país teve um longo histórico no campo da política, desde sua época colonial até a ditadura militar. Nós vivemos, agora, um longo e prazeroso período democrático. No entanto, algumas pessoas ainda insistem em querer trazer a ditadura de volta ao nosso país. Nós transmitimos este debate ao público pois queremos que vocês, brasileiros, entendam a importância da democracia, a importância de escutar a todos os candidatos, não apenas aqueles que são favoritos aos seus cargos. Vamos começar com a candidata Vilma Doulseff.
Enquanto Vilma entra no palco carregando vários cadernos, uma pequena esquete contando sua história roda no telão (não mais que 30 segundos de vídeo). Todas as esquetes dos candidatos terão imagens ilustrando o que o narrador diz.
Narrador: Vilma Doulseff nasceu e cresceu em Minas Gerais. Era uma popular militante a favor da democracia no período negro da ditadura militar. Além de estar envolvida com diversos escândalos envolvendo uma companhia petrolífera e algo a ver com bicicletas, ela também tem o penteado mais horroroso da história dos presidentes do Brasil desde Jânio Quadros e ganhou uma pintura feita pelo artista Homero Fritto.
A esquete termina.
Vilma: Estou muito feliz por estar presente aqui hoje, William. Gostaria de dizer que fiquei muito feliz com esses últimos quatro anos em que fui presidente e espero ter mais quatro anos para provar ainda mais o meu valor.
William: Obrigado, Vilma.
Vilma vai até um dos palanques e coloca seus cadernos sobre ele.
William: Agora, vamos receber Néscio Aeves.
Enquanto Néscio entra uma esquete contando sua história começa, mesmo caso da anterior.
Narrador: Néscio Aeves nasceu e cresceu em Minas Gerais. Ele acredita e apóia a meritocracia, a pesar de nunca ter lavado um prato na vida, sendo sua família rica desde a colonização do Brasil. Tem a cara mais sem graça da história dos candidatos à presidência do Brasil, não respeita os professores e tem uns rolos envolvendo helicópteros e outros veículos aéreos.
A esquete termina.
Néscio: Olá William, sei que você trabalhou muito para chegar no seu cargo e espero que eu possa iluminar essa discussão.
William: Obrigado, Néscio.
Néscio vai para o seu palanque.
William: E agora, vamos receber André da Silva dos Santos Augusto Ferreira de Souza Pinto, também conhecido como Andrézão.
Enquanto Andrézão entra, vestido de terno colorido, uma esquete começa.
Narrador: Andrézão nasceu no interior do Acre, numa família humilde. Mais novo de sete irmãos, Andrézão desde cedo teve que pegar na enxada para se sustentar. Foi criado pela mãe solteira, e tem uma tatuagem dela em suas costas. Andrézão viu dezenas de pessoas morrerem de fome em sua jornada até São Paulo, quando cruzou 10 estados. Seu maior sonho é acabar com a fome no Brasil, e foi por isso que ele se aliou a Agro Brasil em sua campanha eleitoral. Andrézão é um cidadão íntegro, protetor dos animais, defensor dos fracos e oprimidos e é primo de segundo grau de Wesley Safadão.
A esquete termina.
Andrézão: Oi gente, tudo bom? Estou muito feliz de estar aqui hoje. Fora o vídeo da minha campanha eleitoral, é a primeira vez que apareço na televisão, então espero que eu tenha passado perfume o suficiente. Aliás, eu trouxe um presente pra você, William.
William: É mesmo? O que é?
Andrézão sai do palco e volta rodando um pneu embrulhado numa fita vermelha.
Andrézão: Eu sou do Acre, sabe? Lá é muito comum a extração de matéria prima para fabricação de borracha, então eu te trouxe esse pneu que eu mesmo fiz quando tinha oito anos.
Néscio: ESSE MOLEQUE TRABALHA DESDE OS OITO ANOS, OLHA QUE EXEMPLO DE MERITOCRACIA, É DISSO QUE O BRASIL PRECISA!
Vilma: Caro candidato Néscio, esse garoto foi vítima de exploração infantil, que é, aliás, uma das pautas da minha campanha e...
William: Pessoal, o debate ainda não começou. Obrigado pelo presente, Andrézão.
Andrézão: De nada, meu chapa. Olha, minha mãe é muito fã sua e sempre responde quando você diz o seu “Boa Noite”, será que você pode mandar um alô pra ela?
William: Eh... Qual é o nome da sua mãe?
Andrézão: É a Dona Creuza. Olha ali, naquela câmera. Dá tchau pra ela, assim. (Andrézão dá tchau para sua mãe).
William, muito sem graça: Ahn... Oi dona Creuza, um abraço pra você...
Andrézão: Te amo, mãe!
Andrézão tira o terno e mostra a tatuagem do rosto de sua mãe nas costas. Ele vai até seu palanque sem camisa.
William: Bom... Agora que já apresentamos todos os candidatos, vamos ao debate. A primeira pauta é...
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Bom, confesso que ainda não escrevi muito nessa peça. Vocês tem sugestões para pautas no debate? Por favor, apenas coisas absurdas, tipo a polêmica do Crocs ou Biscoito vs. Bolacha. Enfim, estou aberta a todas as sugestões! Comente =D
Ah, assiste esse vídeo hilário do Marcelo Adnet parodiando as propagandas eleitorais:
Me senti ofendido ��
ResponderExcluirUHSAHSUIAHSIAUHSAUHIUA que pena não é mesmo
ExcluirAdoro essa história amr, você deveria assistir o filme Idiocracia. Faz um boa sátira a política e a sociedade em um filme besteirol
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