domingo, 28 de março de 2021

Unboxing | Box Gabriel García Márquez

 


Alô, galera de caubói! Como vocês estão?
O vídeo de hoje é o unboxing do box (kkkk) de livros do Gabriel García Márquez, uma edição comemorativa lançada pela Record. Neste vídeo irei mostrar o box em si, os três livros ("Cem anos de solidão", "Crônica de uma morte anunciada" e "O amor nos tempos do cólera"), e também falarei da revista que acompanha os livros.


Espero que o vídeo seja útil para quem está pensando em comprar o box! Este é o último vídeo de março, mas tenho uma surpresa para vocês no início de abril. Vem aí!

Um beijo e um queijo a todos, e até o próximo post!


Hoje o meu namorado,
Jackson Wang from China,
está fazendo 27 anos.



sábado, 20 de março de 2021

Book Haul - Março/2021


Alô, alô, pessoal!

O vídeo de hoje é o Book Haul de número 72! Hoje vou mostrar para vocês os meus livros novos da Saga Duna, um livro novo do Dostoiévski, e também alguns livros de não-ficção que estou lendo. Espero que gostem!

Em breve postarei uma análise nova do Desafio Dostoiévski, e pode ser que venha aí mais um vídeo surpresa do Desafio Murakami! Veremos, hehehe.

Um beijo e um queijo a todos, e até o próximo vídeo!

Pode ser previsão do futuro
ou apenas saudade,
mas sinto que o Minguinho
está voltando!

quinta-feira, 11 de março de 2021

Resumo de "Messias de Duna", de Frank Herbert

 


Alou, alou, marcianos!

Para ser sincera, esse post chegou mais rápido do que eu esperava. Achei o início de "Messias de Duna" um pouco lento, mas da metade para o final eu simplesmente não conseguia parar de ler, e devorei tudo com lágrimas nos olhos. Que livro, meus amigos!

Este post é um resumo do segundo livro da saga Duna, "Messias de Duna", de Frank Herbert. Quero deixar claro que, apesar de eu escrever resenhas de livros há uma década e de ser formada em literatura, este resumo não é um texto profissional. Eu apenas compilei as notas que fiz em meu celular enquanto lia. Até revisei, pra ter certeza de que o texto pelo menos faz sentido, mas aqui há teorias que fui criando enquanto lia, alguns memes aleatórios de bobagens que pensei durante a leitura e, é claro, contém minha opinião sobre personagens e acontecimentos. Ainda assim, é um resumo bastante completo para quem está perdido na leitura ou leu o livro há um tempo e quer refrescar a memória antes de ler as continuações. Em breve começarei a ler "Os Filhos de Duna", e pretendo ir fazendo resumos de todos os livros conforme eu for lendo a saga.

Ah, este texto obviamente contém SPOILERS!!!


RESUMO DE "MESSIAS DE DUNA"


“A fé pode ser manipulada. Só o conhecimento é perigoso”.

 

Bronso de Ix é preso por ser um herege, pregando mentiras (ou verdades inconvenientes) sobre Muad'Dib, sua esposa Irulan, a concubina Chani e a especiaria em si. Novos e velhos personagens aparecem, e a cena da capa do livro é bem no início (não é, mas eu achei que sim).

Scytale aparentemente irá levar morte e desgraça a Muad'Dib, e se encontra com a Reverenda Madre Gaius Helen, que era a proclamadora da verdade de Shaddam IV, o Imperador Padixá do livro anterior. Um emissário da Guilda está numa caixa de gás alaranjado pela mélange. Estão na cúpula das Bene Gesserit, que me lembra aquela cena debaixo da terra de Attack on Titan. Junto de Scytale está Irulan, que também é uma conspiradora contra Paul. Scytale é um dançarino facial, aparentemente pode mudar seu rosto e forma. Olha lá, onde o Martin pegou a ideia dos Homens sem Rosto. Irulan deseja ser mãe e fundadora da dinastia real de Paul, mas isso jamais acontecerá, pois seu casamento é político. Para impedir que Chani dê filhos a Paul, ela tem administrado um anticoncepcional a ela, sem que saiba. Para se infiltrar mais ainda, fizeram um ghola tleilaxu (uma cópia a partir de um cadáver) de Duncan Idaho, o mestre espadachim que morrera no livro anterior. Essa criatura criada, Hayt, é um mentat que será usado para se aproximar de Alia. Os Bene Tleilaxu deixam uma escapatória para seus inimigos, se eles forem espertos o suficiente para encontrá-la.

 

“Sou um títere. Quando a divindade é concedida, eis aí a única coisa que o suposto deus já não controla mais. Fui escolhido. Talvez ao nascer... certamente antes de poder decidir por mim mesmo. Fui escolhido”.

 

Chani e Paul conversam sobre Irulan querer ter um filho dele. Chani acha uma boa ideia, pois eles conseguem entender as estratégias dos inimigos através das ações dela. Chani acha que Paul precisa de um herdeiro e que um filho fará os inimigos duvidarem de Irulan, mas Paul acha que um filho com Irulan daria a ela muito poder. Paul tem um flashback de uma conversa com Irulan, que insistiu que queria um filho (como foi combinado entre ela no planeta das Bene Gesserit no outro capítulo). Paul está decidido a não ter filhos com ela. Ele menciona várias vezes uma visão sombria da jihad no futuro.

Scytale chega em Duna vestindo o rosto de Duncan Idaho. Ele chega a uma espécie de lugar secreto e conversa com um homem chamado Farok. Ele revela ser um Dançarino Facial hermafrodita e que o rosto que usa não é seu. Farok reconhece o rosto de Idaho de muito tempo atrás. Scytale pergunta a Farok sobre Paul, e Farok parece saber muito sobre o Imperador. Conta uma história de que Paul aprisionou um verme da areia para envenenar com água, a fim de ver o futuro. Farok parece ressentir Paul, pois julgava ter uma vida boa e rica antes dos Atreides aparecerem em Duna. O objetivo de Scytale fica mais claro: capturar um verme da areia e começar a cultivar o mélange fora de Duna. Naturalmente, após conseguir as informações de que precisa, Scytale mata Farok e seu filho cego, tomando o rosto de Scytale e levando uma moça fremen drogada para algum plano maligno.

Alia da Faca já tem 16 anos e é temida por todos. Korba conversa com Paul e Irulan sobre um acordo entre eles e Tupile. Irulan acha que eles devem ser ruins e negar o mélange ao povo de Tupile, mas Paul pede cautela, por eles terem apoio da Guilda e do Landsraad. Stilgar questiona o motivo pelo qual Paul não simplesmente vê o futuro e descobre a melhor situação, mas Paul diz que as coisas não são simples assim.]

 

“A predição é uma consequência natural na onda do presente. Disfarça-se como algo natural, mas não há como usar esses poderes com a intenção de assegurar metas e propósitos”.

 

Stilgar informa Paul de que vários planetas da Guilda querem criar uma constituição. Paul pensa que isso pode atrasar a jihad, a guerra santa que ele tanto teme e que trará consequências terríveis ao universo, mas não acha que irá atrasar a jihad a ponto de salvá-lo. Nesse universo, uma constituição parece ser algo ruim, pois todo mundo fala em criar uma constituição falsa ou religiosa.

 

“As constituições transformam-se na tirania suprema. É o poder organizado em tamanha escala que chega a ser avassalador”.

 

Depois disso, Paul levanta a questão do pai de Irulan (o antigo Imperador Padixá) estar fazendo coisas que não deve em Salusa Secundus. Irulan menciona que seu pai seria um ótimo mártir, e que alguns veem seu tempo como imperador com nostalgia, o que escandaliza todos os presentes. Depois disso, novamente ressurge o debate sobre Paul ter um herdeiro. Ele sabe que seu herdeiro dará início ao jihad, mas Chani insiste que ele tenha um filho com Irulan, pois o povo precisa saber que os Atreides possuem um herdeiro. Novamente, Paul deixa claro que não engravidará Irulan. Quando estão recebendo a criatura que vive no gás laranja, Edric, Alia vê Duncan Idaho, e imediatamente o reconhece nas memórias da mãe, imaginando que aquele seja um ghola. A criatura do gás se apresenta como Edric e oferece Hayt, com a fisionomia de Duncan Idaho, como presente a Paul. Paul interroga Hayt. Os Bene Tleilaxu acreditam veementemente que Hayt é uma reconstrução perfeita de Duncan Idaho, porém sem as memórias. Paul sente familiaridade em Hayt, que reconhece vozes e padrões de sua antiga vida, ainda que não se lembre. Paul aceita o presente e pensa na utilidade que Hayt terá como espadachim, mentat e mestre zen. Hayt diz que ele foi presenteado a Paul para destruí-lo, pois o ghola não é capaz de mentir. Ainda assim, Paul o mantém por perto, fascinado com suas palavras. É claramente uma armadilha, mas Paul não quer mandar o ghola embora. Alia sente uma estranha atração por Hayt, e percebe o perigo que ele representa.

Irulan conversa com a Reverenda Madre Gaius Helen Mohiam. Ela é uma espécie de prisioneira em Arrakis. Deixa claro que Irulan teve sua chance de ser mãe do herdeiro de Paul, mas que ela passou. Seus genes são fracos e ruins, de qualquer forma. A Reverenda Madre começa a planejar uma forma de unir Paul à própria irmã, Alia, e pensa numa forma de eliminar Chani.

Chani começou uma dieta que elimina o contraceptivo que Irulan estava lhe dando. Se Chani engravidar, Irulan precisa lhe dar um abortivo, ou matá-la, pois o herdeiro não pode ter genes fremen (segundo a Irmandade das Bene Gesserit). Alia observa o aumento do interesse do povo fremen por objetos de clarividência, como o tarô. Ela vai tomar banho e pensa em sua atração sexual pelo ghola de Duncan Idaho, o Hayt.

 

“Antes de nós, todos os métodos de aprendizagem eram maculados pelos instintos. Aprendemos a aprender”.

 

Para se distrair, Alia vai treinar, chegando a usar onze espadas contra si mesma, quando espadachins habilidosos só chegam a sete. Paul e Stilgar a interrompem, Paul fica puto com ela e conta que os inimigos podem atacar a qualquer momento. Stilgar diz que Alia precisa se casar. Alia desdenha do que ele disse e foca no fato de que os inimigos estão querendo pegar um verme da areia para conseguir produzir mélange em outro planera. Stilgar fica puto ao perceber que os poderes de ver o futuro de Paul são limitados. Depois, Paul conversa com Scytale e Edric, comentando sobre como Lorde Leto morreu e sobre o show dos dançarinos de rosto. Paul diz a Edric que o ghola Hayt acredita ter sido um presente de grego para os Atreides, mas Edric ironiza: “É possível destruir um deus?”.

Paul não gosta da sugestão de que está tentando se tornar divino, e Edric diz que, mesmo que não seja verdade, é isso que os fremen e seus seguidores esperam dele, como um Messias.

 

“As pessoas esperam o pior dos ricos e poderosos. Dizem que sempre se sabe quando alguém é da aristocracia: o nobre só revela os vícios que o tornarão popular”.

 

Vrau, eu gosto do Edric, a criatura do tanque de gás. Ele continua insinuando que a questão messiânica de Paul pode ser uma fraude governamental e religiosa, e Paul percebe que ele não faz isso para provocá-lo, mas para incitar dúvida em seus seguidores fremen, inclusive em Stilgrar. Puto, Paul deixa que Edric e Scytale vão embora vivos, mas Stilgrar parece infeliz com a conversa e confronta Paul, que começa a questionar suas próprias ações como líder e imperador. Paul instiga Stilgar a estudar história antiga, da terra, mas o fremen não vê motivos para fazer isso. Paul se compara a Genghis Khan e a Hitler, figuras que Stilgar não conhece, mas se coloca como muito pior: ele matou bilhões, destruiu planetas inteiros e eliminou religiões e culturas. O universo jamais irá se recuperar da sua jihad – que mal começou. Ele questiona se suas legiões sabem que elas controlam todas essas coisas, e que podem se voltar contra ele num piscar de olhos. O capítulo é concluído quando Paul dá a ordem de que matem os Sardaukaar que estiverem por ali. Ele se prepara para algo grande.

Alia encontra um cadáver de uma mulher fremen no deserto. A mulher que Scytale levou quando conversou com o maluco mais cedo no livro? Ela e o ghola Hayt têm uma conversa interessante, em que ela fala sobre sua experiência recebendo os conhecimentos de gerações de Bene Gesserit e ele fala sobre a estranheza de ser e não ser Ducan Idaho ao mesmo tempo. Ele até chora, o que Alia vê como uma atitude nobre fremen, mas eu acho que não é bem assim. Eu até gosto deles juntos, mesmo sabendo que é uma bilada, cino.

 

“Vocês sabe que o presente não era necessário. Seu irmão já estava destruindo a si mesmo com toda propriedade”.

 

Alia o tempo todo ameaça contar tudo a Paul e fazer com que Hayt seja executado, mas ele já conversou sobre tudo isso e mais com o Muad'Dib. Ele beija Alia, é uma cena quase fofa. Aff, não acredito que estou shippando este casal. No final, Hayt tem uma boa ideia: talvez ninguém tenha dado falta de uma mulher fremen, o que quer dizer que o assassino pode ser um Dançarino Facial.

Paul está drogado de especiaria e tem uma visão da lua caindo e dos fremen como ladrilhos, partes físicas da cidade. Ele novamente pensa que o pior da jihad, a carnificina, só será impedida se ele desacreditar a si mesmo. Hayt aparece e divide sua sabedoria zen-sunita com Paul, contrastando com a conversa mentat que ele teve com Alia. Interessante que ele deixe a conversa religiosa com o líder lógico e aja de forma racional com a deusa.

 

“Porque eu precisaria de poderes especiais para ver minhas próprias desgraças?”.

 

O povo em 1500 saía de canoa, rodando metade do mundo a nado para roubar tempero. Enquanto isso, Duna supostamente se passa no futuro da nossa humanidade; as pessoas têm nave espacial, poderes loucos, tecnologias diferenciadas, e ainda assim metem o louco num planetinha por causa de outro tempero. Este é o único resumo necessário sobre Duna.

A Reverenda Madre Gaius Helen Mohiam novamente lamenta o desperdício que Paul é como Kwisatz Haderach e teme as habilidades Bene Gesserit naturais e não treinadas de Alia.

 

“Uma criatura, depois de transformar-se numa coisa, irá preferir a morte a se tornar o contrário do que é”.

Eu tinha pensado que a cena da capa acontecia no começo, mas na verdade ela está rolando agora. O trono verde e as tapeçarias alaranjadas contra as paredes azuis ficam na sala do trono de Paul. Algo importante está para acontecer. Ele oferece libertar a Reverenda Madre e deixar que Irulan engravide (por inseminação artificial), e ainda por cima ela será banida, pois ele não reconhecerá seu herdeiro e manterá o trono para seu futuro filho com Chani. Por um lado, a gravidez artificial de Irulan é algo horrível, visto com maus olhos pela sociedade das Bene Gesserit. Por outro lado, possivelmente será o único jeito da irmandade manter os genes que têm sido cuidadosamente selecionados há milhares de anos sob seu controle.

 

“Os genes, os preciosos genes dos Atreides: só isso importava. A necessidade tinha raízes mais profundas que a interdição. Para a Irmandade, o acasalamento misturava mais do que esperma e óvulo. O objetivo era capturar a psique”.

 

A Reverenda Madre pensa que, se recorrer a isto, nada impediria as Bene Gesserit de se rebaixar mais e usar a mutação controlada dos Tleilaxu. Ela chega a dizer que há dois Atreides, referindo-se a Alia, mas isso está fora de cogitação. Ela pede um tempo para se comunicar com o conselho. Enquanto isso, Paul revela que deseja criar seu herdeiro com Chani no sietch, no deserto, como fremen. Aliás, sinto falta de ver mais a Chani neste livro. E a Jéssica também (que acho que nem vai aparecer).

Scytale e Edric conversam sobre como irão desestabilizar Paul. Edric claramente odeia a suposta divindade dos Atreides, dizendo que eles apenas escravizam o povo. Scytale parece ter algum interesse nos poderes de Alia e na religião acerca de Paul como Messias de Duna. Edric não gosta nada desta conversa, e insiste em usar o ghola para destruir Paul. Como, não sei.

Paul e Chani conversam sobre a gravidez, que será de risco por causa dos anticoncepcionais que Irulan estava lhe dando (eles descobriram). Paul pensa que o dia do nascimento de seu herdeiro será o dia da morte de Chani e que Irulan não pode morrer, mas não conta isso à esposa fremen. Eles conversam com Hayt. Paul continua confiando no ghola mentat, mas Chani não gosta dele, o acha desrespeitoso por dizer a verdade sem filtros. O próprio ghola vive em crise existencial, sem saber se é ou já foi Duncan Idaho.

 

“Só porque não conseguimos imaginar uma coisa, não significa que podemos excluí-la da realidade”.

 

Uma das frases de início de capítulo diz que os servos de Muad'Dib são gratos por ele ter sacrificado algo que lhe era importante, pois ele o fez de forma abnegada para salvar o resto do povo de algo muito, muito pior do que sua perda pessoal. Eu achei uma bela forma de ver a situação, mas estou preocupada. Em seguida Paul recebe Lichna, filha de Otheym, mas ela é apenas o dançarino facial Scytale usando o corpo da mulher fremen que ele matou. Paul não cai na armadilha, mas segue o baile para ver onde tudo vai dar.

Por causa de sua visão limitada do futuro, ele sabe que não pode matar o dançarino e nem revelar a farsa, mas mesmo assim ele consegue dançar ao redor do perigo e colocar Scytale sob observação. Após se despedir de Stilgar e Chani, Paul deixa seu castelo (não é bem isso, mas esqueci a palavra) e vai para a multidão fremen, irreconhecível, e entra num templo. Lá encontra Rasir, um homem de seu sietch, que será seu guia. Ele presencia um ritual para Alia e, ao vê-la ser adorada como deusa, ele percebe que ela é parte do universo que lhe faz oposição.

 

“Amadurecer é ficar mais perverso”.

 

Após um cântico, Alia começa a responder a pedidos de conselhos do povo, mas é ríspida e cruel. Paul acha que ela está agindo assim porque também deve ter visto o futuro da terrível guerra santa.

Paul vai ver Otheym, como Scytale vestido com o rosto de Lichna pediu. É uma cena confusa, eu achava que seria apenas uma armadilha, mas eles revelam que há fremen tramando contra Paul, e revelam a localização do QG dos traidores. Para escapar dali, Paul terá que fingir ser o comprador de um anão, algo que o desconcerta, pois ele não viu isto em sua visão do futuro.

 

“Qualquer ilusão de livre-arbítrio que ele nutrisse no momento era só o prisioneiro sacudindo as barras da cela. Sua maldição era enxergar a cela. Ele a enxergava!”.

 

O anão, Bijaz, é engraçado e meio amalucado. Foi jogado fora pelos Bene Tleilaxu.

 

“A cola que nos unia era fraca. Algumas lágrimas, e adeus”.

 

Paul leva o anão Bijaz a Stilgar e lhe avisa que ele tem poderes de predição do futuro, e é valioso. Lá fora, os soldados imperiais atacam a casa de Otheym, que se torna um pilar de fogo. A situação foge de controle (apesar de que Paul já sabia) e todos os soldados ficam cegos. Paul ordena que mantenham a calma, mas a dúvida surge: se ninguém pode ver, será que é mesmo o imperador Paul Atreides falando?

Paul também fica cego, Stilgar chora. Segundo a lei fremen, os cegos devem ser abandonados no deserto. Mas Paul diz que agora vivem sob a lei dos Atreides.

 

“Vivo num sonho apocalíptico. Meus passos se encaixam nele com tanta precisão que meu medo maior é me entediar de tanto reviver a coisa com tamanha exatidão”.

O queima-pedra que cegou os soldados e Paul é um combustível atômico, e armas atômicas são proibidas pelo Imperium. Após sete dias as coisas se aquietam. Muitos soldados fremen não querem os olhos tleilaxu, preferem até o suicídio. O próprio Paul não usa os olhos artificiais, mas os compra para todos os soldados cegos. Chani está preocupada, mas Paul diz que eles logo irão para o sietch.

 

“Esqueça o mistério e aceite o amor, pois ele não tem mistério. Vem da vida”.

“Temos a eternidade, querida”.

“Você pode ter a eternidade. Eu só tenho o agora”.

“Mas isto é a eternidade”.

 

Alia irá presidir o conselho que vai julgar Korba, o Panegirista, responsável pela conspiração contra Paul (o que eu perdi???). Ela recebe uma carta da mãe. “Prevejo o dia em que a cerimônia terá de tomar o lugar da fé, e o simbolismo substituirá a moralidade”. (Esses são nossos dias atuais, segundo Joseph Campbell).

Enquanto Korba tenta se defender das acusações, Paul aparece e o acusa mais ainda. Os fremen, principalmente Stilgar, não gostam de sua cegueira, mas Paul prova que, mesmo cego, ele ainda vê. Korba se afunda em contradições, e Alia percebe seus aliados naib na multidão assistindo ao conselho. Depois que Paul sai com Chani, Alia e Stilgar conversam. Ela acha que Stilgar irá desobedecer a Paul em alguma coisa.

Hayt vai interrogar o anão Bijaz, mas tudo dá errado. Descobrimos que eles são quase como irmãos, pois foram criados no mesmo tanque, Bijaz antes de Hayt. O anão é capaz de manipular Hayt, e fica claro que ele está ali não para destruir Paul ou Alia, mas o ghola. Quando Paul disser "ela se foi" (falando de Chani, morta no parto?), Duncan Idaho despertará de dentro do ghola, a fim de fazer da própria Chani (?) uma ghola.

 

“A possessão da vidência costuma fazer do indivíduo um fatalista perigoso”.

 

Alia toma uma quantidade enorme de mélange na tentativa de ver o futuro. Ela vê um filho seu, mas não o pai. Hayt diz que as Bene Gesserit querem que Alia e Paul tenham um filho, para manter a genética perfeita. Ela passa mal pela quantidade de especiaria e Hayt a leva para os médicos, que fazem uma lavagem estomacal. Alia, delirante e ainda assim sóbria, diz que nunca quis ser especial ou irmã de um homem tratado como divindade. Isso a atormenta. Ela pede que Duncan jure amor por ela. Ao experimentar o futuro e ver seu futuro filho, ela percebe que a criança será despertada como Bene Gesserit da mesma forma que ela foi.

 

“Perdemos aquela nota clara e singular do viver. Se não é possível engarrafar, vencer, apontar ou acumular uma coisa, nós não lhe damos valor”.

 

Chani está no sietch e perto de dar à luz. Paul está ocupado com assuntos de Estado e não acompanha o parto (ou apenas não quer ver Chani morrer?), mas Hayt está lá (como ele saiu de perto do anão, de Alia, e foi pro sietch, não sei. Esse rapaz é onipresente. No momento do parto, ele percebe que foi incutida nele uma compulsão.

Paul, com Hayt ao seu lado (ONIPRESENÇA!!!), sente a morte de Chani. Ele fala sobre a maldição da visão do futuro e diz as palavras da compulsão: "Ela se foi". Hayt e Idaho lutam dentro do corpo do ghola. Paul pede para ver Chani e descobre que teve não um, mas dois filhos: um menino e uma menina.

 

“Assistiam à transformação do articulado em imbecil, do sábio em tolo. E o palhaço não apelava sempre à crueldade?”.

 

FRANK HERBERT, SEU GÊNIO MALIGNO! Agora ficou claro porque deram o ghola de Idaho como presente a Paul: quando ele fosse capaz de reconhecer que Hayt realmente é Duncan, ele aceitaria fazer um ghola de Chani, que também seria realmente a esposa morta. Mas isso deixará Paul, Chani, os Atreides, seus filhos recém-nascidos e o povo todo de Arrakis como refém dos Tleilaxu. QUE REVIRAVOLTA DO CARALHO!!!

Paul consegue enxergar através dos olhos do filho e mata Scytale enquanto ele negocia com Alia. Depois disso, ele percebe que seu filho está consciente como Alia, e que possui dentro de si toda a linhagem masculina dos Atreides, da mesma forma como a filha possui a consciência de Chani, Jéssica e etc.

Duncan explica a Paul como despertou do ghola. Duncan (antes de morrer) via Paul como um filho. Quando a compulsão de Hayt para matar Paul foi ativada, o Duncan dormente acordou e tomou o lugar de Hayt.

 

“Há certas coisas que ninguém consegue suportar. Eu interferi em todos os futuros que pude criar até que, por mim, eles me criaram”.

 

Paul se entrega ao deserto. Os fremen não vão atrás dele, pois os cegos se entregarem ao deserto faz parte da tradição.

 

“Começou a perceber que talvez houvesse uma certa cortesia meticulosa em morrer sem deixar vestígios: nenhum resto mortal, nada, e um planeta inteiro como tumba”.

 

Duncan Idaho conversa com Stilgar sobre como Paul foi recebido e acolhido pelos fremen como um dos seus. A desobediência de Stilgar que Alia previu é que ele mataria a Reverenda Madre Gaius, mesmo contra a vontade de Paul. Os traidores dos Atreides são executados. O

s Bene Tleilax, as Bene Gesserit e a Guilda perderam em seu próprio jogo. Todos se abalaram com a traição de Korba. Ao se entregar ao deserto, Paul foi além de Messias de Duna, mas a um Mártir de Arrakis, e o povo será eternamente leal à sua casa. Alia e Duncan ficam juntos.

 

“O amor conhece o amor”.

 

Caralho que final FODA.

Em breve pretendo ler o terceiro livro, e com certeza farei um resumo dele. Vem aí!



Jason Momoa como Duncan Idaho é minha religião!

segunda-feira, 8 de março de 2021

Análise de "Crime e Castigo", de Fiódor Dostoiévski

 


Olá, pessoal!
Finalmente estamos aqui, com a primeira análise do mais novo desafio no canal! Ao terminar de ler todos os livros do Murakami publicados no Brasil, senti que era hora de começar um novo desafio. Optei pelo Dostoiévski porque ele possui muitas obras, e seus livros são, de fato, leituras desafiadoras. Espero que gostem desta primeira análise, e também torço para que vocês gostem de acompanhar este desafio, pois ele provavelmente se estenderá por vários anos!

BIBLIOGRAFIA:
- Ensaio de Paulo Bezerra sobre o processo de tradução do romance, que está no fim da edição de "Crime e Castigo" da Editora34.
- O próprio "Crime e Castigo", que li na tradução do francês para o português de Rosário Fusco.
- A vida surpreendente de Dostoiévski: https://www.youtube.com/watch?v=ivJil...
- Crimes sem castigo e a banalidade do mal: https://www.youtube.com/watch?v=NHplO...
- Why you need to read Dostoyevsky: https://www.youtube.com/watch?v=vEfyC...
- Why you should read "Crime and Punishment": https://www.youtube.com/watch?v=Vtkv3...
- Professor Hubert Dreyfus - “Dostoyevsky on how to Save the Sacred from Science”: https://www.youtube.com/watch?v=4Ycbh...
Provavelmente há mais vídeos que eu assisti sobre o livro e o autor, mas estes são os que encontrei no meu histórico recente do YouTube.
Agradeço imensamente aos meus amigos que me ajudaram ao ler as citações bíblicas e do próprio livro analisado. Paloma e Thiago, vocês são incríveis! O Thiago possui um Instagram literário, sigam ele no @thiago.books.

É isso por hoje, pessoal! Até a próxima! =D


Vocês assistiram ao comeback dos
Ateez? Taca stream em Fireworks!

quarta-feira, 3 de março de 2021

Resumo de "Duna", de Frank Herbert

Alô, pessoal!

Este post é um resumo do primeiro livro da saga Duna, do Frank Herbert. Quero deixar claro que, apesar de eu escrever resenhas de livros há uma década e de ser formada em literatura, este resumo não é um texto profissional. Eu apenas compilei as notas que fiz em meu celular enquanto lia. Até revisei, pra ter certeza de que o texto pelo menos faz sentido, mas aqui há teorias que fui criando enquanto lia, alguns memes aleatórios de bobagens que pensei durante a leitura e, é claro, contém minha opinião sobre personagens e acontecimentos. Ainda assim, é um resumo bastante completo para quem está perdido na leitura ou leu o livro há um tempo e quer refrescar a memória antes de ler as continuações. No momento estou lendo Messias de Duna, e pretendo ir fazendo resumos de todos os livros conforme eu for lendo a saga.

Ah, este texto obviamente contém SPOILERS!!!

 

PRIMEIRA PARTE

Confesso que achei o início do livro confuso, mas as coisas vão fazendo sentindo conforme lemos. Muitos termos e nomes são estranhos, mas é algo normal em livros de fantasia e ficção científica. No primeiro capítulo conhecemos Paul Atreides, que pode ou não ser uma espécie de messias da verdade. Ele é submetido a um teste de humanidade e passa. Fiquei curiosa a respeito de que tipo de coisa a pessoa é se não for humana. Monstro? Alien? Robô? No segundo capítulo conhecemos o vilão (acho) Vladimir Harkonnen e o anti herói de Pau, Feyd. Eles visam o lucro em toda situação, deu pra entender a crítica ao capitalismo anti-ecológico (na verdade, nem existe capitalismo ecológico).

Agora que sou capaz de entender o que está acontecendo, confesso que realmente estou gostando do livro! Não que eu esperasse não gostar, mas ele está me prendendo bem mais do que eu esperava. Paul é treinado em combate desde jovem, além de estudar muito sobre vários assuntos, desde história até ciência. Agora que vai para o planeta Arrakis, ou Duna, ele precisa melhorar ainda mais nesses aspectos. Os vermes da areia parecem tão loucos, não é pra menos que é a parte mais impactante do trailer do filme. Esse tal Yueh vai trair Paul e seu pai, Leto, e isso fica claro desde que ele aparece, o que leva a crer que há algo mais nessa linha narrativa que apenas o óbvio.

Algumas coisas ainda me confundem, não vou mentir. Jéssica, a mãe de Paul, é predestinada a algo. Ela tem uma conversa com uma velha senhora fremen, do povo que vive em Duna e tem os olhos azuis escuros, e essa senhora lhe dá uma adaga especial, feita de dagacris. A velha faz um escarcéu sobre a predestinação de Jéssica, mas parece ter pena dela ao mesmo tempo. Paul estava sendo treinado para ser um Mentat, um computador humano, esse tempo todo.

Yueh é o traidor que tentou matar Paul? Acho que não, pois não teria tentado conseguir a confiança de Jéssica a todo custo. Leto ficou putassssso que tentaram matar seu filho. Apesar dos Atreides parecerem os bonzinhos, até que ponto um senhor imperialista que escraviza um planeta por causa de uma especiaria/droga que pode vender para fora pode ser um herói? Hm.

Esse livro é muito bom!!!!! A cena da traição foi muito louca, o cara tentando colocar o Duque Leto contra a Jéssica e ele fingindo que acreditava em tudo. Depois a conversa com o planetólogo/biólogo sobre Duna e a cena em que eles veem o Verme, loucura demaisssss.

Em Duna, Paul, Leto, Jéssica e a tripulação dão um jantar com convidados do planeta. É objetivo deles alterar as condições de Duna, a fim de que o planeta tenha água e ecossistemas complexos. Todo mundo ali está à flor da pele.

Caramba, li 70 páginas hoje, e o livro foi revirado de ponta-cabeça. Que loucura, pai amado. Eu sinto muito pelo Yueh, parece que ele, apesar de não ter escolha acerca de seu futuro, fez tudo que podia para prosseguir e morrer de acordo com suas crenças. A morte de Leto foi sofrida, mas ele morreu sabendo que Jéssica e Paul estavam a salvo. E Paul... Eu achava ele um grande inútil nessa primeira parte do livro, não vou mentir. Mas acho que ele finalmente aceitou seu destino – mais que isso, compreendeu o que precisa fazer no futuro – e irá se juntar ao povo de Duna para se tonar o messias deles. Estou ansiosa para começar a leitura da segunda parte!

 

SEGUNDA PARTE

É curioso que em alguns trechos tenho a impressão de que Paul não apenas vê o futuro, mas está em contato com ele, como se o futuro influenciasse o passado. Os trechos no início do capítulo sugerem isso, como se a princesa Irulan soubesse das coisas em tempo real, apesar disso ser impossível (relendo esta parte eu vejo que eu estava muito errada em minha teoria de quem Irulan era).

O barão Harkonnen convence Nefud que podem trazer Hawat, o mentat de Leto que foi capturado, ao lado deles. Não contará que Yueh era o traidor, deixará que pense que era Jéssica, e ele vai querer se vingar dela pela morte de Leto. Paul e sua mãe sobrevivem à tempestade de areia. Paul é pragmático ao fugir de vermes de areia e resolver problemas, mas entra em pânico quando sua mãe é soterrada por areia. Por causa disso, salva a mãe, mas perde a mochila com suprimentos. Juntos eles a recuperam, mas isso faz Jéssica perceber que o filho, apesar de Mentat poderoso, ainda precisa treinar mais como Bene Gesserit. Tuek e Halleck conversam sobre o que está para acontecer, todos acham que Paul e Jéssica estão mortos. Eles juram aliança um ao outro.

“Não poderia acontecer um desastre mais terrível para sua gente do que cair nas mãos de um Herói”.

Jessica e Paul fogem de mais um verme quando encontram uma espécie de oásis com plantas e animais. Ali estão os fremen, que não estão exatamente felizes por vê-los. Kynes está perdido no deserto e alucina com lições planetólogas de seu pai. Ele morre com uma explosão natural causada pela especiaria. Além de droga, esse negócio é explosivo?

Jéssica e Paul foram pegos por Stilgar e seus homens. A princípio eles querem matar Jéssica e levar Paul para testes, mas Jéssica usa suas habilidades Bene Gesserit para os subjugar. Ela convence Stilgar a lhes jurar lealdade e cuidar de Paul. Chani, filha do planetólogo Kynes, é a menina dos sonhos proféticos de Paul, e ele fica admirado com o encontro. Stilgar leva Jessica e Paul para seu grupo de 40 fremen, que estão indo de um lugar para o outro. Jéssica e Stilgar conversam sobre a liderança dele sobre o sietch. Ele considera se casar com Jéssica (eles são poligâmicos), mas não acha uma boa decisão. Ele é muito ponderado. Jéssica se preocupa com o futuro de sua filha não nascida, pois estava grávida de Leto quando ele morreu. Stilgar menciona uma Reverenda Madre, e Jéssica quer conhecê-la.

Depois de uma cerimônia estranha, um homem chamado Jamis desafia Paul a um duelo, uma espécie de direito fremen. Depois de uma luta inesperadamente fácil para Paul, ele hesita em matar Jamis (não há rendição para os fremen), mas acaba matando o homem. Jéssica não quer que Paul se acostume a isso, muito menos que goste de matar. Apesar de ter matado um fremen com as próprias mãos, ele finalmente foi aceito pelo povo, considerado um homem. Ganhou o nome de guerra de Usul, que é a força da base da coluna, e o nome de adulto de Muad'Dib, um animal de Duna que sobrevive ao deserto por causa de sua sagacidade. Paul tem uma visão sobre a jihad, a guerra santa que ele quer evitar.

O funeral de Jamis acontece, é um dos meus capítulos favoritos do livro. Aqui fica bem clara a devoção à água do povo, que dá a água do morto a Paul, que o venceu no duelo, mas se admira com as lágrimas que ele verte durante os ritos. Cada pessoa do grupo pega um objeto de Jamis, e eles acreditam na presença real de seu espírito ali. No meio de tudo, Stilgar conta a Jéssica sobre o desejo de que Duna um dia seja um planeta rico em água e em vida. Jéssica não gosta de Chani e quer alertar Paul sobre se apaixonar por uma mulher fremen. Paul vê o futuro e sente que sua mãe trará a jihad, que ela é seu inimigo sem saber.

Depois vemos o lado dos Harkonnen. O barão é um filho da puta manipulando as pessoas ao seu redor. Seu sobrinho, Feyd-Rautha, está para completar 17 anos, e vai se apresentar para as famílias da Guilda num duelo. Ao falarem sobre Hawat, o mentat de Leto, querem que o barão Vladimir Harkonnen o mate. Feyd-Rautha finalmente vai lutar e enfrenta um gladiador capturado do duque Leto. Ele derrota o homem usando veneno e um poder sobre-humano que não sei se entendi. Depois que o gladiador morre em frente a todos, o homem é enterrado de forma impessoal. Esta cena espelha o que Paul passou com Jamis, mas de forma deturpada, encenada.

De volta a Paul, eles chegam à base do sietch. Liet Kynes, o planetólogo, era pai de Chani. Ao chegar lá, Paul descobre que terá que assumir a esposa e os filhos de Jamis. Ele a aceita como criada (afinal, ele só e 15 anos). Eles conversam, a mulher (Harah) diz que eles terão que fugir quando os Saudokar chegarem. Quando Paul fica sozinho, duas crianças aparecem para atacá-lo.

Todos os fremen (umas 10 mil pessoas) se reúnem para falar sobre a fuga. Paul está sendo, na verdade, escoltado pelos filhos de Jamis, mas não corre perigo. Jéssica é escolhida como nova Reverenda Madre, recebe o título de Jéssica dos Sortilégios. Chani é escolhida para ser sua aprendiz. Jéssica é iniciada como Reverenda Madre e toma uma droga que a faz passar por um momento de iluminação. A velha Reverenda Madre diz que a filha não nascida de Jéssica poderá sofrer de algo por causa da droga, mas é bom que seja uma menina, pois um menino teria morrido. Morrendo, a Reverenda passa suas memórias e experiências de vida a Jéssica durante este ritual. Depois que a droga/veneno é transformada por Jéssica, todos bebem, inclusive Paul e Chani. Eles dividem um momento de revelação do futuro em que sabem que ficarão juntos e que ela terá um filho dele. Ele chora por aqueles que ainda não morreram, é uma cena simbólica muito bonita.

 

TERCEIRA PARTE

O barão Vladimir Harkonnen suspeita que o sobrinho Feyd-Rhuata o está espionando. Estou meio confusa: Vladimir é gay? Mas ele não é o pai de Jéssica? Ele parece ter um desprezo muito forte pelas Bene Gesserit. Aliás, a esposa de Fenring é Bene Gesserit e está tentando seduzir Feyd (não sei para que finalidade ainda). Vladimir diz que percebeu a tentativa de assassinato por parte de Feyd (foi Hawat quem percebeu, o mentat), mas, em vez de tretar com o sobrinho, decide fazer um pacto: ele se aposentará e deixará Feyd na liderança se ele parar de tentar matá-lo, e se concordar em ser vigiado por Hawat. Ele concorda, mas fica claro que odeia o tio. Não vou mentir, me incomoda o maior vilão da história toda hora ser chamado de obeso nojento e ser o único personagem LGBT+ do livro. Esse é um topo literário terrível, mas vou fingir que não vi só porque o livro foi escrito nos anos 60.

Enfim, o barão Harkonnen e Hawat conversam sobre dominar Arrakis como um planeta-prisão, oprimindo a população para produzir mais e mais especiaria. Hawat é ardiloso, mas isso me faz pensar que ele possui algum plano maligno contra Harkonnen. Paul sonha com o futuro e começa a confundir o que vai acontecer com o que já aconteceu. Ele sonha com seu filho, Leto II, e que manterá Chani e Harah ao seu lado. Na verdade, depois de um tempo parece que essas coisas aconteceram, sim, e que ocorreu um time lapse de que não fomos informados. Chani e Paul se casaram e tiveram o Leto II? A filha de Jéssica, Alia, nasceu? É uma menina estranha, que sabe muito por causa do ritual de iluminação da mãe? Enfim, estou confusa quanto ao que aconteceu ou não.

Agora Paul precisa montar um verme da areia para se provar aos fremen. Okay, essas coisas realmente aconteceram. Jéssica e o povo do sul já gostam de Leto II, mas o povo não gosta de Alia, pois ela é um bebê que fala como adulto. Antes de Paul montar o verme, o capítulo acaba. Vemos a vida de Jéssica no sietch do sul, onde ela é a Reverenda Madre. Alia tem apenas dois anos (e Paul tem 18), mas é uma menina abençoada, digamos. O povo não gosta muito de Jéssica e tem medo de Alia. Alia conta sobre como despertou sua consciência no útero. É uma coisa meio bizarra, mas bastante interessante. A conversa é interrompida quando revelam que, depois que Paul montar o verme, irão forçá-lo a desafiar Stilgar pela liderança do sietch. Paul monta o verme com sucesso. Stilgar acha que Paul vai desafiá-lo, mas parece que Paul não quer isso. Ele quer ir ao sul, ver seu filho e o novo sietch. No meio do capítulo umas naves de contrabandistas de especiaria aparecem.

"- Disseram que você estava morto.

- E parece que a melhor proteção foi deixá-los pensar que sim”.

Vrauuu.

Gurney Halleck está pilotando o ornitóptero. Tentando invadir a usina, ele se depara com Paul, que pensava estar morto. Ele acha Paul, agora adulto, parecido com Leto. Paul acolhe Gurney e seus homens em seu sietch fremen. Ao confrontar os Sardaukar, Paul usa a voz, a fim de saber quem os mandou ali (obviamente foi o Harkonnen, ainda que não saiba que Paul está vivo). Todos acham que os Harkonnen controlam a especiaria, mas os fremen é que a produzem, e podem destruí-la (a riqueza produzida pela força de trabalho pertence ao povo, bem comunista esse Frank Herbert kskksks).

Paul quer dar um jeito de ser reconhecido Duque de Arrakis sem matar Stilgar, que considera seu braço direito (e Stilgar também não está ansioso para morrer). Todo mundo fala sobre a morte de Duncan Idaho, guerreiro de Leto. Gurney descobre que Jéssica está viva e ainda acha que ela é a traidora dos Atreides, pretende matá-la. Só tretas nesse capítulo.

O povo fremen quer que Stilgar e Paul duelem, a fim de que Paul seja um líder por direito. Paul consegue convencer o povo de que a vida de Stilgar é preciosa, mas que ainda irá tomar o lugar dele como líder, mesmo que não lutem até a morte. Depois de um discurso apaixonado e de usar a Voz, o povo se convence. Stilgar jura ser o braço direito de Paul. Depois disso, Gurney vai atrás de Jéssica, a fim de matá-la. Paul chega bem na hora e, depois de uma conversa tensa, eles convencem Gurney que o traidor era Yueh. Gurney se sente envergonhado e pede que Paul o mate, mas eles resolvem as coisas civilizadamente. No final, Paul percebe que a resistência que ele tem criado à especiaria o impede de ver o futuro, e ele chega à conclusão de que precisa tomar a droga que a mãe dele tomou quando se tornou Reverenda Madre, a Água da Vida. Se sobreviver a isto, ele realmente é o Kwisatz Haderach, o escolhido/messias/profeta. Essa droga só é feita ao afogar um verme da areia, sabe-se o Shai-Hulud como. Paul toma uma gota da Água da Vida e entra em coma por três semanas, e só Chani e sua mãe unidas conseguem fazer com que ele desperte. Paul revela que viu o presente, e que o imperador Padixá está sobre Arrakis com uma Proclamadora da Verdade e legiões de Sardaukar. A única fora de salvar os fremen do saque é destruir toda a especiaria, talvez o planeta, com a Água da Morte. O bagulho ficou sério.

"Como o universo conhece pouco a natureza da verdadeira crueldade".

Meu deus... Tudo deu errado nesse capítulo. A Alia foi capturada pela CHOAM e o menino Leto II foi morto... Pior que fazia sentido, já que nas citações só se fala da filha de Paul, Irulan (como eu estava errada kkkkkk). Estou devastada. O imperador padixá Shaddam IV chega para a Guilda com sua corte, inclusive uma de suas filhas, Irulan!!! Mas ela não era filha do Paul????????? Eu sabia que tinha algo errado nas citações! Harkonnen está em choque, pois o Imperador não está lhe dando mole.

Acabei de lembrar que Harkonnen não sabe que Paul está vivo, mas o Imperador deve saber, pois falou tudo aquilo sobre reféns, e Alia foi capturada. Ela é insubordinada e revela tudo a Harkonnen, e manipula a mente da Proclamadora da Verdade do Imperador. Essa menina é foda demais!!! A menina chamou o Harkonnen de avô e tacou a agulha do gom jabbar nele, berro! O vilão está morto, e foi nas mãos de uma criança. Havia fremens infiltrados na Guilda, e os caras chegaram montando os vermes da areia. Paul chega na mansão do governador Arrakino e diz a um dos Sardaukar que ele irá ser clemente com o Imperador e a Guilda se eles se renderem. Paul percebe que Stilgar deixou de ser um amigo para se tornar um adorador. Sua mãe tem medo dele, e Chani está devastada pelo luto. Ele aceita seu destino como o messias, como o Kwisatz Haderach.

"É melhor ter medo de mim".

Thufir Hawat aparece com a agulha, mas se recusa a trair os Atreides, e deixa o veneno fazer efeito nele, morrendo nos braços do duque. O Imperador, a Proclamadora da Verdade, Paul e Jéssica tem uma discussão. A PdV é a Reverenda Madre do início do livro (eu não lembrava) e Paul dá uns argumentos muito loucos contra ela, quase um tapa na cara em forma de palavras. Eles temem Paul, pois sabem que ele é o escolhido, e ele ameaça destruir Arrakis e toda a produção de especiaria do universo. Paul aceita duelar com Feyd-Rautha, seu primo. Eles duelam e Paul vence ao enfiar a dagacris em seu queixo, passando pelo cérebro. Paul diz que, se o imperador oferecer Irulan para se casar com ele, tudo estará terminado ali.

Como último recurso, o imperador ordena que Fenring mate Paul ali mesmo. Fenring se recusa, Paul vence. Ele irá se casar com Irulan e ter Chani como concubina. Dará todas as ações da CHOAM como dote ao imperador, que governará o planeta-prisão Salusa Secundus. Paul irá transformar Arrakis num paraíso, mas manterá o deserto. Paul exige um título de conde e que Gurney seja diretor da CHOAM. Stilgar será o governante de Arrakis. Paul reserva Caladan, seu planeta de origem, para a mãe.

"A história irá nos chamar de esposas".

O vrau final!

Em breve voltarei com um resumo de Messias de Duna. No futuro, espero resumir todos os seis livros da saga!


segunda-feira, 1 de março de 2021

Leituras do mês: FEVEREIRO #2021


Alou, alou, galera de caubói! Como vocês estão neste belo fim de mês?

Posso dizer que li muita coisa boa em fevereiro! Além de ter concluído quatro leituras, pude avançar muito na minha leitura do Desafio Dostoiévski - que juro que irei introduzir no canal a qualquer momento! Também conheci autores novos e li vários gêneros, inclusive não-ficção, que eu disse que queria ler mais este ano!

Lembrando que meus vídeos de leituras do mês são postados no IGTV, no Instagram, pois são vídeos mais espontâneos e sem edição. Espero que gostem! =D




Leituras concluídas em fevereiro:
Flores para Algernon (201 páginas)
Duna (481 páginas)



Leituras iniciadas e concluídas em fevereiro:
O poder do mito: (242 páginas)
Circe: (368 páginas)



Leituras em andamento:
A jornada do escritor: (97 páginas)
O Adolescente: (287 páginas)
Messias de Duna: (35 páginas)

Total de páginas lidas em fevereiro: 1.711

E foi isso que eu li de bom em fevereiro! Não li nada de "A Batalha do Labirinto" pois pausei a releitura dos livros do Tio Rick até apresentar o desafio no canal (logo!!!), mas admito que abandonei "Nós", do Zamiatin. Foi uma pena, pois estava muito ansiosa para ler o livro, mas a leitura simplesmente não fluiu. Acontece, né?

É isso por hoje, pessoal! Um beijo e um queijo, e até o próximo post!


E o comeback do menino Wonho, hein?