domingo, 28 de março de 2021
Unboxing | Box Gabriel García Márquez
sábado, 20 de março de 2021
Book Haul - Março/2021
O vídeo de hoje é o Book Haul de número 72! Hoje vou mostrar para vocês os meus livros novos da Saga Duna, um livro novo do Dostoiévski, e também alguns livros de não-ficção que estou lendo. Espero que gostem!
Em breve postarei uma análise nova do Desafio Dostoiévski, e pode ser que venha aí mais um vídeo surpresa do Desafio Murakami! Veremos, hehehe.
Um beijo e um queijo a todos, e até o próximo vídeo!
quinta-feira, 11 de março de 2021
Resumo de "Messias de Duna", de Frank Herbert
Alou, alou, marcianos!
Para ser sincera, esse post chegou mais rápido do que eu esperava. Achei o início de "Messias de Duna" um pouco lento, mas da metade para o final eu simplesmente não conseguia parar de ler, e devorei tudo com lágrimas nos olhos. Que livro, meus amigos!
Este post é um resumo do segundo livro da saga Duna, "Messias de Duna", de Frank Herbert. Quero deixar claro que, apesar de eu escrever resenhas de livros há uma década e de ser formada em literatura, este resumo não é um texto profissional. Eu apenas compilei as notas que fiz em meu celular enquanto lia. Até revisei, pra ter certeza de que o texto pelo menos faz sentido, mas aqui há teorias que fui criando enquanto lia, alguns memes aleatórios de bobagens que pensei durante a leitura e, é claro, contém minha opinião sobre personagens e acontecimentos. Ainda assim, é um resumo bastante completo para quem está perdido na leitura ou leu o livro há um tempo e quer refrescar a memória antes de ler as continuações. Em breve começarei a ler "Os Filhos de Duna", e pretendo ir fazendo resumos de todos os livros conforme eu for lendo a saga.
Ah, este texto obviamente contém SPOILERS!!!
RESUMO DE "MESSIAS DE DUNA"
“A
fé pode ser manipulada. Só o conhecimento é perigoso”.
Bronso
de Ix é preso por ser um herege, pregando mentiras (ou verdades inconvenientes)
sobre Muad'Dib, sua esposa Irulan, a concubina Chani e a especiaria em si.
Novos e velhos personagens aparecem, e a cena da capa do livro é bem no início
(não é, mas eu achei que sim).
Scytale
aparentemente irá levar morte e desgraça a Muad'Dib, e se encontra com a
Reverenda Madre Gaius Helen, que era a proclamadora da verdade de Shaddam IV, o
Imperador Padixá do livro anterior. Um emissário da Guilda está numa caixa de
gás alaranjado pela mélange. Estão na cúpula das Bene Gesserit, que me lembra
aquela cena debaixo da terra de Attack on Titan. Junto de Scytale está Irulan,
que também é uma conspiradora contra Paul. Scytale é um dançarino facial,
aparentemente pode mudar seu rosto e forma. Olha lá, onde o Martin pegou a
ideia dos Homens sem Rosto. Irulan deseja ser mãe e fundadora da dinastia real
de Paul, mas isso jamais acontecerá, pois seu casamento é político. Para
impedir que Chani dê filhos a Paul, ela tem administrado um anticoncepcional a
ela, sem que saiba. Para se infiltrar mais ainda, fizeram um ghola tleilaxu (uma
cópia a partir de um cadáver) de Duncan Idaho, o mestre espadachim que morrera
no livro anterior. Essa criatura criada, Hayt, é um mentat que será usado para
se aproximar de Alia. Os Bene Tleilaxu deixam uma escapatória para seus
inimigos, se eles forem espertos o suficiente para encontrá-la.
“Sou
um títere. Quando a divindade é concedida, eis aí a única coisa que o suposto
deus já não controla mais. Fui escolhido. Talvez ao nascer... certamente antes
de poder decidir por mim mesmo. Fui escolhido”.
Chani
e Paul conversam sobre Irulan querer ter um filho dele. Chani acha uma boa
ideia, pois eles conseguem entender as estratégias dos inimigos através das
ações dela. Chani acha que Paul precisa de um herdeiro e que um filho fará os
inimigos duvidarem de Irulan, mas Paul acha que um filho com Irulan daria a ela
muito poder. Paul tem um flashback de uma conversa com Irulan, que insistiu que
queria um filho (como foi combinado entre ela no planeta das Bene Gesserit no
outro capítulo). Paul está decidido a não ter filhos com ela. Ele menciona
várias vezes uma visão sombria da jihad no futuro.
Scytale
chega em Duna vestindo o rosto de Duncan Idaho. Ele chega a uma espécie de
lugar secreto e conversa com um homem chamado Farok. Ele revela ser um
Dançarino Facial hermafrodita e que o rosto que usa não é seu. Farok reconhece
o rosto de Idaho de muito tempo atrás. Scytale pergunta a Farok sobre Paul, e
Farok parece saber muito sobre o Imperador. Conta uma história de que Paul
aprisionou um verme da areia para envenenar com água, a fim de ver o futuro.
Farok parece ressentir Paul, pois julgava ter uma vida boa e rica antes dos Atreides
aparecerem em Duna. O objetivo de Scytale fica mais claro: capturar um verme da
areia e começar a cultivar o mélange fora de Duna. Naturalmente, após conseguir
as informações de que precisa, Scytale mata Farok e seu filho cego, tomando o
rosto de Scytale e levando uma moça fremen drogada para algum plano maligno.
Alia
da Faca já tem 16 anos e é temida por todos. Korba conversa com Paul e Irulan
sobre um acordo entre eles e Tupile. Irulan acha que eles devem ser ruins e
negar o mélange ao povo de Tupile, mas Paul pede cautela, por eles terem apoio
da Guilda e do Landsraad. Stilgar questiona o motivo pelo qual Paul não
simplesmente vê o futuro e descobre a melhor situação, mas Paul diz que as
coisas não são simples assim.]
“A
predição é uma consequência natural na onda do presente. Disfarça-se como algo
natural, mas não há como usar esses poderes com a intenção de assegurar metas e
propósitos”.
Stilgar
informa Paul de que vários planetas da Guilda querem criar uma constituição.
Paul pensa que isso pode atrasar a jihad, a guerra santa que ele tanto teme e
que trará consequências terríveis ao universo, mas não acha que irá atrasar a
jihad a ponto de salvá-lo. Nesse universo, uma constituição parece ser algo
ruim, pois todo mundo fala em criar uma constituição falsa ou religiosa.
“As
constituições transformam-se na tirania suprema. É o poder organizado em
tamanha escala que chega a ser avassalador”.
Depois
disso, Paul levanta a questão do pai de Irulan (o antigo Imperador Padixá)
estar fazendo coisas que não deve em Salusa Secundus. Irulan menciona que seu
pai seria um ótimo mártir, e que alguns veem seu tempo como imperador com
nostalgia, o que escandaliza todos os presentes. Depois disso, novamente
ressurge o debate sobre Paul ter um herdeiro. Ele sabe que seu herdeiro dará
início ao jihad, mas Chani insiste que ele tenha um filho com Irulan, pois o
povo precisa saber que os Atreides possuem um herdeiro. Novamente, Paul deixa
claro que não engravidará Irulan. Quando estão recebendo a criatura que vive no
gás laranja, Edric, Alia vê Duncan Idaho, e imediatamente o reconhece nas
memórias da mãe, imaginando que aquele seja um ghola. A criatura do gás se
apresenta como Edric e oferece Hayt, com a fisionomia de Duncan Idaho, como
presente a Paul. Paul interroga Hayt. Os Bene Tleilaxu acreditam veementemente
que Hayt é uma reconstrução perfeita de Duncan Idaho, porém sem as memórias.
Paul sente familiaridade em Hayt, que reconhece vozes e padrões de sua antiga
vida, ainda que não se lembre. Paul aceita o presente e pensa na utilidade que
Hayt terá como espadachim, mentat e mestre zen. Hayt diz que ele foi
presenteado a Paul para destruí-lo, pois o ghola não é capaz de mentir. Ainda
assim, Paul o mantém por perto, fascinado com suas palavras. É claramente uma
armadilha, mas Paul não quer mandar o ghola embora. Alia sente uma estranha
atração por Hayt, e percebe o perigo que ele representa.
Irulan
conversa com a Reverenda Madre Gaius Helen Mohiam. Ela é uma espécie de
prisioneira em Arrakis. Deixa claro que Irulan teve sua chance de ser mãe do
herdeiro de Paul, mas que ela passou. Seus genes são fracos e ruins, de
qualquer forma. A Reverenda Madre começa a planejar uma forma de unir Paul à
própria irmã, Alia, e pensa numa forma de eliminar Chani.
Chani
começou uma dieta que elimina o contraceptivo que Irulan estava lhe dando. Se
Chani engravidar, Irulan precisa lhe dar um abortivo, ou matá-la, pois o
herdeiro não pode ter genes fremen (segundo a Irmandade das Bene Gesserit).
Alia observa o aumento do interesse do povo fremen por objetos de
clarividência, como o tarô. Ela vai tomar banho e pensa em sua atração sexual
pelo ghola de Duncan Idaho, o Hayt.
“Antes
de nós, todos os métodos de aprendizagem eram maculados pelos instintos.
Aprendemos a aprender”.
Para
se distrair, Alia vai treinar, chegando a usar onze espadas contra si mesma,
quando espadachins habilidosos só chegam a sete. Paul e Stilgar a interrompem,
Paul fica puto com ela e conta que os inimigos podem atacar a qualquer momento.
Stilgar diz que Alia precisa se casar. Alia desdenha do que ele disse e foca no
fato de que os inimigos estão querendo pegar um verme da areia para conseguir
produzir mélange em outro planera. Stilgar fica puto ao perceber que os poderes
de ver o futuro de Paul são limitados. Depois, Paul conversa com Scytale e
Edric, comentando sobre como Lorde Leto morreu e sobre o show dos dançarinos de
rosto. Paul diz a Edric que o ghola Hayt acredita ter sido um presente de grego
para os Atreides, mas Edric ironiza: “É possível destruir um deus?”.
Paul
não gosta da sugestão de que está tentando se tornar divino, e Edric diz que,
mesmo que não seja verdade, é isso que os fremen e seus seguidores esperam
dele, como um Messias.
“As
pessoas esperam o pior dos ricos e poderosos. Dizem que sempre se sabe quando
alguém é da aristocracia: o nobre só revela os vícios que o tornarão popular”.
Vrau,
eu gosto do Edric, a criatura do tanque de gás. Ele continua insinuando que a
questão messiânica de Paul pode ser uma fraude governamental e religiosa, e
Paul percebe que ele não faz isso para provocá-lo, mas para incitar dúvida em
seus seguidores fremen, inclusive em Stilgrar. Puto, Paul deixa que Edric e
Scytale vão embora vivos, mas Stilgrar parece infeliz com a conversa e
confronta Paul, que começa a questionar suas próprias ações como líder e
imperador. Paul instiga Stilgar a estudar história antiga, da terra, mas o
fremen não vê motivos para fazer isso. Paul se compara a Genghis Khan e a Hitler,
figuras que Stilgar não conhece, mas se coloca como muito pior: ele matou
bilhões, destruiu planetas inteiros e eliminou religiões e culturas. O universo
jamais irá se recuperar da sua jihad – que mal começou. Ele questiona se suas
legiões sabem que elas controlam todas essas coisas, e que podem se voltar
contra ele num piscar de olhos. O capítulo é concluído quando Paul dá a ordem
de que matem os Sardaukaar que estiverem por ali. Ele se prepara para algo
grande.
Alia
encontra um cadáver de uma mulher fremen no deserto. A mulher que Scytale levou
quando conversou com o maluco mais cedo no livro? Ela e o ghola Hayt têm uma
conversa interessante, em que ela fala sobre sua experiência recebendo os
conhecimentos de gerações de Bene Gesserit e ele fala sobre a estranheza de ser
e não ser Ducan Idaho ao mesmo tempo. Ele até chora, o que Alia vê como uma
atitude nobre fremen, mas eu acho que não é bem assim. Eu até gosto deles
juntos, mesmo sabendo que é uma bilada, cino.
“Vocês
sabe que o presente não era necessário. Seu irmão já estava destruindo a si
mesmo com toda propriedade”.
Alia
o tempo todo ameaça contar tudo a Paul e fazer com que Hayt seja executado, mas
ele já conversou sobre tudo isso e mais com o Muad'Dib. Ele beija Alia, é uma
cena quase fofa. Aff, não acredito que estou shippando este casal. No final, Hayt
tem uma boa ideia: talvez ninguém tenha dado falta de uma mulher fremen, o que
quer dizer que o assassino pode ser um Dançarino Facial.
Paul
está drogado de especiaria e tem uma visão da lua caindo e dos fremen como
ladrilhos, partes físicas da cidade. Ele novamente pensa que o pior da jihad, a
carnificina, só será impedida se ele desacreditar a si mesmo. Hayt aparece e
divide sua sabedoria zen-sunita com Paul, contrastando com a conversa mentat
que ele teve com Alia. Interessante que ele deixe a conversa religiosa com o
líder lógico e aja de forma racional com a deusa.
“Porque
eu precisaria de poderes especiais para ver minhas próprias desgraças?”.
O
povo em 1500 saía de canoa, rodando metade do mundo a nado para roubar tempero.
Enquanto isso, Duna supostamente se passa no futuro da nossa humanidade; as
pessoas têm nave espacial, poderes loucos, tecnologias diferenciadas, e ainda
assim metem o louco num planetinha por causa de outro tempero. Este é o único resumo
necessário sobre Duna.
A
Reverenda Madre Gaius Helen Mohiam novamente lamenta o desperdício que Paul é
como Kwisatz Haderach e teme as habilidades Bene Gesserit naturais e não
treinadas de Alia.
“Uma
criatura, depois de transformar-se numa coisa, irá preferir a morte a se tornar
o contrário do que é”.
Eu
tinha pensado que a cena da capa acontecia no começo, mas na verdade ela está
rolando agora. O trono verde e as tapeçarias alaranjadas contra as paredes
azuis ficam na sala do trono de Paul. Algo importante está para acontecer. Ele
oferece libertar a Reverenda Madre e deixar que Irulan engravide (por
inseminação artificial), e ainda por cima ela será banida, pois ele não
reconhecerá seu herdeiro e manterá o trono para seu futuro filho com Chani. Por
um lado, a gravidez artificial de Irulan é algo horrível, visto com maus olhos
pela sociedade das Bene Gesserit. Por outro lado, possivelmente será o único
jeito da irmandade manter os genes que têm sido cuidadosamente selecionados há
milhares de anos sob seu controle.
“Os
genes, os preciosos genes dos Atreides: só isso importava. A necessidade tinha
raízes mais profundas que a interdição. Para a Irmandade, o acasalamento
misturava mais do que esperma e óvulo. O objetivo era capturar a psique”.
A
Reverenda Madre pensa que, se recorrer a isto, nada impediria as Bene Gesserit
de se rebaixar mais e usar a mutação controlada dos Tleilaxu. Ela chega a dizer
que há dois Atreides, referindo-se a Alia, mas isso está fora de cogitação. Ela
pede um tempo para se comunicar com o conselho. Enquanto isso, Paul revela que
deseja criar seu herdeiro com Chani no sietch, no deserto, como fremen. Aliás,
sinto falta de ver mais a Chani neste livro. E a Jéssica também (que acho que
nem vai aparecer).
Scytale
e Edric conversam sobre como irão desestabilizar Paul. Edric claramente odeia a
suposta divindade dos Atreides, dizendo que eles apenas escravizam o povo.
Scytale parece ter algum interesse nos poderes de Alia e na religião acerca de
Paul como Messias de Duna. Edric não gosta nada desta conversa, e insiste em
usar o ghola para destruir Paul. Como, não sei.
Paul
e Chani conversam sobre a gravidez, que será de risco por causa dos
anticoncepcionais que Irulan estava lhe dando (eles descobriram). Paul pensa
que o dia do nascimento de seu herdeiro será o dia da morte de Chani e que
Irulan não pode morrer, mas não conta isso à esposa fremen. Eles conversam com
Hayt. Paul continua confiando no ghola mentat, mas Chani não gosta dele, o acha
desrespeitoso por dizer a verdade sem filtros. O próprio ghola vive em crise
existencial, sem saber se é ou já foi Duncan Idaho.
“Só
porque não conseguimos imaginar uma coisa, não significa que podemos excluí-la
da realidade”.
Uma
das frases de início de capítulo diz que os servos de Muad'Dib são gratos por
ele ter sacrificado algo que lhe era importante, pois ele o fez de forma
abnegada para salvar o resto do povo de algo muito, muito pior do que sua perda
pessoal. Eu achei uma bela forma de ver a situação, mas estou preocupada. Em
seguida Paul recebe Lichna, filha de Otheym, mas ela é apenas o dançarino
facial Scytale usando o corpo da mulher fremen que ele matou. Paul não cai na
armadilha, mas segue o baile para ver onde tudo vai dar.
Por
causa de sua visão limitada do futuro, ele sabe que não pode matar o dançarino
e nem revelar a farsa, mas mesmo assim ele consegue dançar ao redor do perigo e
colocar Scytale sob observação. Após se despedir de Stilgar e Chani, Paul deixa
seu castelo (não é bem isso, mas esqueci a palavra) e vai para a multidão
fremen, irreconhecível, e entra num templo. Lá encontra Rasir, um homem de seu
sietch, que será seu guia. Ele presencia um ritual para Alia e, ao vê-la ser
adorada como deusa, ele percebe que ela é parte do universo que lhe faz
oposição.
“Amadurecer
é ficar mais perverso”.
Após
um cântico, Alia começa a responder a pedidos de conselhos do povo, mas é
ríspida e cruel. Paul acha que ela está agindo assim porque também deve ter
visto o futuro da terrível guerra santa.
Paul
vai ver Otheym, como Scytale vestido com o rosto de Lichna pediu. É uma cena
confusa, eu achava que seria apenas uma armadilha, mas eles revelam que há
fremen tramando contra Paul, e revelam a localização do QG dos traidores. Para
escapar dali, Paul terá que fingir ser o comprador de um anão, algo que o
desconcerta, pois ele não viu isto em sua visão do futuro.
“Qualquer
ilusão de livre-arbítrio que ele nutrisse no momento era só o prisioneiro
sacudindo as barras da cela. Sua maldição era enxergar a cela. Ele a enxergava!”.
O
anão, Bijaz, é engraçado e meio amalucado. Foi jogado fora pelos Bene Tleilaxu.
“A
cola que nos unia era fraca. Algumas lágrimas, e adeus”.
Paul
leva o anão Bijaz a Stilgar e lhe avisa que ele tem poderes de predição do futuro,
e é valioso. Lá fora, os soldados imperiais atacam a casa de Otheym, que se
torna um pilar de fogo. A situação foge de controle (apesar de que Paul já
sabia) e todos os soldados ficam cegos. Paul ordena que mantenham a calma, mas
a dúvida surge: se ninguém pode ver, será que é mesmo o imperador Paul Atreides
falando?
Paul
também fica cego, Stilgar chora. Segundo a lei fremen, os cegos devem ser
abandonados no deserto. Mas Paul diz que agora vivem sob a lei dos Atreides.
“Vivo
num sonho apocalíptico. Meus passos se encaixam nele com tanta precisão que meu
medo maior é me entediar de tanto reviver a coisa com tamanha exatidão”.
O
queima-pedra que cegou os soldados e Paul é um combustível atômico, e armas
atômicas são proibidas pelo Imperium. Após sete dias as coisas se aquietam.
Muitos soldados fremen não querem os olhos tleilaxu, preferem até o suicídio. O
próprio Paul não usa os olhos artificiais, mas os compra para todos os soldados
cegos. Chani está preocupada, mas Paul diz que eles logo irão para o sietch.
“Esqueça
o mistério e aceite o amor, pois ele não tem mistério. Vem da vida”.
“Temos
a eternidade, querida”.
“Você
pode ter a eternidade. Eu só tenho o agora”.
“Mas
isto é a eternidade”.
Alia
irá presidir o conselho que vai julgar Korba, o Panegirista, responsável pela
conspiração contra Paul (o que eu perdi???). Ela recebe uma carta da mãe. “Prevejo
o dia em que a cerimônia terá de tomar o lugar da fé, e o simbolismo
substituirá a moralidade”. (Esses são nossos dias atuais, segundo Joseph
Campbell).
Enquanto
Korba tenta se defender das acusações, Paul aparece e o acusa mais ainda. Os
fremen, principalmente Stilgar, não gostam de sua cegueira, mas Paul prova que,
mesmo cego, ele ainda vê. Korba se afunda em contradições, e Alia percebe seus
aliados naib na multidão assistindo ao conselho. Depois que Paul sai com Chani,
Alia e Stilgar conversam. Ela acha que Stilgar irá desobedecer a Paul em alguma
coisa.
Hayt
vai interrogar o anão Bijaz, mas tudo dá errado. Descobrimos que eles são quase
como irmãos, pois foram criados no mesmo tanque, Bijaz antes de Hayt. O anão é
capaz de manipular Hayt, e fica claro que ele está ali não para destruir Paul
ou Alia, mas o ghola. Quando Paul disser "ela se foi" (falando de
Chani, morta no parto?), Duncan Idaho despertará de dentro do ghola, a fim de
fazer da própria Chani (?) uma ghola.
“A
possessão da vidência costuma fazer do indivíduo um fatalista perigoso”.
Alia
toma uma quantidade enorme de mélange na tentativa de ver o futuro. Ela vê um
filho seu, mas não o pai. Hayt diz que as Bene Gesserit querem que Alia e Paul
tenham um filho, para manter a genética perfeita. Ela passa mal pela quantidade
de especiaria e Hayt a leva para os médicos, que fazem uma lavagem estomacal.
Alia, delirante e ainda assim sóbria, diz que nunca quis ser especial ou irmã
de um homem tratado como divindade. Isso a atormenta. Ela pede que Duncan jure
amor por ela. Ao experimentar o futuro e ver seu futuro filho, ela percebe que
a criança será despertada como Bene Gesserit da mesma forma que ela foi.
“Perdemos
aquela nota clara e singular do viver. Se não é possível engarrafar, vencer,
apontar ou acumular uma coisa, nós não lhe damos valor”.
Chani
está no sietch e perto de dar à luz. Paul está ocupado com assuntos de Estado e
não acompanha o parto (ou apenas não quer ver Chani morrer?), mas Hayt está lá
(como ele saiu de perto do anão, de Alia, e foi pro sietch, não sei. Esse rapaz
é onipresente. No momento do parto, ele percebe que foi incutida nele uma
compulsão.
Paul,
com Hayt ao seu lado (ONIPRESENÇA!!!), sente a morte de Chani. Ele fala sobre a
maldição da visão do futuro e diz as palavras da compulsão: "Ela se
foi". Hayt e Idaho lutam dentro do corpo do ghola. Paul pede para ver
Chani e descobre que teve não um, mas dois filhos: um menino e uma menina.
“Assistiam
à transformação do articulado em imbecil, do sábio em tolo. E o palhaço não
apelava sempre à crueldade?”.
FRANK
HERBERT, SEU GÊNIO MALIGNO! Agora ficou claro porque deram o ghola de Idaho
como presente a Paul: quando ele fosse capaz de reconhecer que Hayt realmente é
Duncan, ele aceitaria fazer um ghola de Chani, que também seria realmente a
esposa morta. Mas isso deixará Paul, Chani, os Atreides, seus filhos
recém-nascidos e o povo todo de Arrakis como refém dos Tleilaxu. QUE
REVIRAVOLTA DO CARALHO!!!
Paul
consegue enxergar através dos olhos do filho e mata Scytale enquanto ele
negocia com Alia. Depois disso, ele percebe que seu filho está consciente como
Alia, e que possui dentro de si toda a linhagem masculina dos Atreides, da
mesma forma como a filha possui a consciência de Chani, Jéssica e etc.
Duncan
explica a Paul como despertou do ghola. Duncan (antes de morrer) via Paul como
um filho. Quando a compulsão de Hayt para matar Paul foi ativada, o Duncan
dormente acordou e tomou o lugar de Hayt.
“Há
certas coisas que ninguém consegue suportar. Eu interferi em todos os futuros
que pude criar até que, por mim, eles me criaram”.
Paul
se entrega ao deserto. Os fremen não vão atrás dele, pois os cegos se
entregarem ao deserto faz parte da tradição.
“Começou
a perceber que talvez houvesse uma certa cortesia meticulosa em morrer sem
deixar vestígios: nenhum resto mortal, nada, e um planeta inteiro como tumba”.
Duncan
Idaho conversa com Stilgar sobre como Paul foi recebido e acolhido pelos fremen
como um dos seus. A desobediência de Stilgar que Alia previu é que ele mataria
a Reverenda Madre Gaius, mesmo contra a vontade de Paul. Os traidores dos
Atreides são executados. O
s
Bene Tleilax, as Bene Gesserit e a Guilda perderam em seu próprio jogo. Todos
se abalaram com a traição de Korba. Ao se entregar ao deserto, Paul foi além de
Messias de Duna, mas a um Mártir de Arrakis, e o povo será eternamente leal à
sua casa. Alia e Duncan ficam juntos.
“O
amor conhece o amor”.
Caralho
que final FODA.
Em breve pretendo ler o terceiro livro, e com certeza farei um resumo dele. Vem aí!
segunda-feira, 8 de março de 2021
Análise de "Crime e Castigo", de Fiódor Dostoiévski
quarta-feira, 3 de março de 2021
Resumo de "Duna", de Frank Herbert
Alô, pessoal!
Este post é um resumo do primeiro livro da saga Duna, do Frank
Herbert. Quero deixar claro que, apesar de eu escrever resenhas de livros há
uma década e de ser formada em literatura, este resumo não é um texto profissional.
Eu apenas compilei as notas que fiz em meu celular enquanto lia. Até revisei,
pra ter certeza de que o texto pelo menos faz sentido, mas aqui há teorias que fui
criando enquanto lia, alguns memes aleatórios de bobagens que pensei durante a
leitura e, é claro, contém minha opinião sobre personagens e acontecimentos. Ainda
assim, é um resumo bastante completo para quem está perdido na leitura ou leu o
livro há um tempo e quer refrescar a memória antes de ler as continuações. No
momento estou lendo Messias de Duna, e pretendo ir fazendo resumos de todos os
livros conforme eu for lendo a saga.
Ah, este texto obviamente contém SPOILERS!!!
PRIMEIRA PARTE
Confesso que achei o início do livro confuso, mas as coisas vão
fazendo sentindo conforme lemos. Muitos termos e nomes são estranhos, mas é
algo normal em livros de fantasia e ficção científica. No primeiro capítulo
conhecemos Paul Atreides, que pode ou não ser uma espécie de messias da
verdade. Ele é submetido a um teste de humanidade e passa. Fiquei curiosa a
respeito de que tipo de coisa a pessoa é se não for humana. Monstro? Alien?
Robô? No segundo capítulo conhecemos o vilão (acho) Vladimir Harkonnen e o anti
herói de Pau, Feyd. Eles visam o lucro em toda situação, deu pra entender a
crítica ao capitalismo anti-ecológico (na verdade, nem existe capitalismo
ecológico).
Agora que sou capaz de entender o que está acontecendo, confesso
que realmente estou gostando do livro! Não que eu esperasse não gostar, mas ele
está me prendendo bem mais do que eu esperava. Paul é treinado em combate desde
jovem, além de estudar muito sobre vários assuntos, desde história até ciência.
Agora que vai para o planeta Arrakis, ou Duna, ele precisa melhorar ainda mais
nesses aspectos. Os vermes da areia parecem tão loucos, não é pra menos que é a
parte mais impactante do trailer do filme. Esse tal Yueh vai trair Paul e seu
pai, Leto, e isso fica claro desde que ele aparece, o que leva a crer que há
algo mais nessa linha narrativa que apenas o óbvio.
Algumas coisas ainda me confundem, não vou mentir. Jéssica, a
mãe de Paul, é predestinada a algo. Ela tem uma conversa com uma velha senhora
fremen, do povo que vive em Duna e tem os olhos azuis escuros, e essa senhora
lhe dá uma adaga especial, feita de dagacris. A velha faz um escarcéu sobre a
predestinação de Jéssica, mas parece ter pena dela ao mesmo tempo. Paul estava
sendo treinado para ser um Mentat, um computador humano, esse tempo todo.
Yueh é o traidor que tentou matar Paul? Acho que não, pois não
teria tentado conseguir a confiança de Jéssica a todo custo. Leto ficou putassssso
que tentaram matar seu filho. Apesar dos Atreides parecerem os bonzinhos, até
que ponto um senhor imperialista que escraviza um planeta por causa de uma
especiaria/droga que pode vender para fora pode ser um herói? Hm.
Esse livro é muito bom!!!!! A cena da traição foi muito louca, o
cara tentando colocar o Duque Leto contra a Jéssica e ele fingindo que
acreditava em tudo. Depois a conversa com o planetólogo/biólogo sobre Duna e a
cena em que eles veem o Verme, loucura demaisssss.
Em Duna, Paul, Leto, Jéssica e a tripulação dão um jantar com
convidados do planeta. É objetivo deles alterar as condições de Duna, a fim de
que o planeta tenha água e ecossistemas complexos. Todo mundo ali está à flor
da pele.
Caramba, li 70 páginas hoje, e o livro foi revirado de
ponta-cabeça. Que loucura, pai amado. Eu sinto muito pelo Yueh, parece que ele,
apesar de não ter escolha acerca de seu futuro, fez tudo que podia para prosseguir
e morrer de acordo com suas crenças. A morte de Leto foi sofrida, mas ele
morreu sabendo que Jéssica e Paul estavam a salvo. E Paul... Eu achava ele um
grande inútil nessa primeira parte do livro, não vou mentir. Mas acho que ele
finalmente aceitou seu destino – mais que isso, compreendeu o que precisa fazer
no futuro – e irá se juntar ao povo de Duna para se tonar o messias deles.
Estou ansiosa para começar a leitura da segunda parte!
SEGUNDA PARTE
É curioso que em alguns trechos tenho a impressão de que Paul
não apenas vê o futuro, mas está em contato com ele, como se o futuro
influenciasse o passado. Os trechos no início do capítulo sugerem isso, como se
a princesa Irulan soubesse das coisas em tempo real, apesar disso ser
impossível (relendo esta parte eu vejo que eu estava muito errada em minha
teoria de quem Irulan era).
O barão Harkonnen convence Nefud que podem trazer Hawat, o mentat
de Leto que foi capturado, ao lado deles. Não contará que Yueh era o traidor,
deixará que pense que era Jéssica, e ele vai querer se vingar dela pela morte
de Leto. Paul e sua mãe sobrevivem à tempestade de areia. Paul é pragmático ao
fugir de vermes de areia e resolver problemas, mas entra em pânico quando sua
mãe é soterrada por areia. Por causa disso, salva a mãe, mas perde a mochila
com suprimentos. Juntos eles a recuperam, mas isso faz Jéssica perceber que o
filho, apesar de Mentat poderoso, ainda precisa treinar mais como Bene
Gesserit. Tuek e Halleck conversam sobre o que está para acontecer, todos acham
que Paul e Jéssica estão mortos. Eles juram aliança um ao outro.
“Não poderia acontecer um desastre mais terrível para sua gente
do que cair nas mãos de um Herói”.
Jessica e Paul fogem de mais um verme quando encontram uma
espécie de oásis com plantas e animais. Ali estão os fremen, que não estão
exatamente felizes por vê-los. Kynes está perdido no deserto e alucina com
lições planetólogas de seu pai. Ele morre com uma explosão natural causada pela
especiaria. Além de droga, esse negócio é explosivo?
Jéssica e Paul foram pegos por Stilgar e seus homens. A
princípio eles querem matar Jéssica e levar Paul para testes, mas Jéssica usa suas
habilidades Bene Gesserit para os subjugar. Ela convence Stilgar a lhes jurar
lealdade e cuidar de Paul. Chani, filha do planetólogo Kynes, é a menina dos
sonhos proféticos de Paul, e ele fica admirado com o encontro. Stilgar leva
Jessica e Paul para seu grupo de 40 fremen, que estão indo de um lugar para o
outro. Jéssica e Stilgar conversam sobre a liderança dele sobre o sietch. Ele
considera se casar com Jéssica (eles são poligâmicos), mas não acha uma boa
decisão. Ele é muito ponderado. Jéssica se preocupa com o futuro de sua filha
não nascida, pois estava grávida de Leto quando ele morreu. Stilgar menciona
uma Reverenda Madre, e Jéssica quer conhecê-la.
Depois de uma cerimônia estranha, um homem chamado Jamis desafia
Paul a um duelo, uma espécie de direito fremen. Depois de uma luta
inesperadamente fácil para Paul, ele hesita em matar Jamis (não há rendição
para os fremen), mas acaba matando o homem. Jéssica não quer que Paul se
acostume a isso, muito menos que goste de matar. Apesar de ter matado um fremen
com as próprias mãos, ele finalmente foi aceito pelo povo, considerado um
homem. Ganhou o nome de guerra de Usul, que é a força da base da coluna, e o
nome de adulto de Muad'Dib, um animal de Duna que sobrevive ao deserto por
causa de sua sagacidade. Paul tem uma visão sobre a jihad, a guerra santa que ele
quer evitar.
O funeral de Jamis acontece, é um dos meus capítulos favoritos
do livro. Aqui fica bem clara a devoção à água do povo, que dá a água do morto
a Paul, que o venceu no duelo, mas se admira com as lágrimas que ele verte
durante os ritos. Cada pessoa do grupo pega um objeto de Jamis, e eles
acreditam na presença real de seu espírito ali. No meio de tudo, Stilgar conta
a Jéssica sobre o desejo de que Duna um dia seja um planeta rico em água e em
vida. Jéssica não gosta de Chani e quer alertar Paul sobre se apaixonar por uma
mulher fremen. Paul vê o futuro e sente que sua mãe trará a jihad, que ela é
seu inimigo sem saber.
Depois vemos o lado dos Harkonnen. O barão é um filho da puta
manipulando as pessoas ao seu redor. Seu sobrinho, Feyd-Rautha, está para
completar 17 anos, e vai se apresentar para as famílias da Guilda num duelo. Ao
falarem sobre Hawat, o mentat de Leto, querem que o barão Vladimir Harkonnen o
mate. Feyd-Rautha finalmente vai lutar e enfrenta um gladiador capturado do
duque Leto. Ele derrota o homem usando veneno e um poder sobre-humano que não
sei se entendi. Depois que o gladiador morre em frente a todos, o homem é
enterrado de forma impessoal. Esta cena espelha o que Paul passou com Jamis,
mas de forma deturpada, encenada.
De volta a Paul, eles chegam à base do sietch. Liet Kynes, o
planetólogo, era pai de Chani. Ao chegar lá, Paul descobre que terá que assumir
a esposa e os filhos de Jamis. Ele a aceita como criada (afinal, ele só e 15
anos). Eles conversam, a mulher (Harah) diz que eles terão que fugir quando os
Saudokar chegarem. Quando Paul fica sozinho, duas crianças aparecem para
atacá-lo.
Todos os fremen (umas 10 mil pessoas) se reúnem para falar sobre
a fuga. Paul está sendo, na verdade, escoltado pelos filhos de Jamis, mas não
corre perigo. Jéssica é escolhida como nova Reverenda Madre, recebe o título de
Jéssica dos Sortilégios. Chani é escolhida para ser sua aprendiz. Jéssica é
iniciada como Reverenda Madre e toma uma droga que a faz passar por um momento
de iluminação. A velha Reverenda Madre diz que a filha não nascida de Jéssica
poderá sofrer de algo por causa da droga, mas é bom que seja uma menina, pois
um menino teria morrido. Morrendo, a Reverenda passa suas memórias e
experiências de vida a Jéssica durante este ritual. Depois que a droga/veneno é
transformada por Jéssica, todos bebem, inclusive Paul e Chani. Eles dividem um
momento de revelação do futuro em que sabem que ficarão juntos e que ela terá
um filho dele. Ele chora por aqueles que ainda não morreram, é uma cena
simbólica muito bonita.
TERCEIRA PARTE
O barão Vladimir Harkonnen suspeita que o sobrinho Feyd-Rhuata o
está espionando. Estou meio confusa: Vladimir é gay? Mas ele não é o pai de Jéssica?
Ele parece ter um desprezo muito forte pelas Bene Gesserit. Aliás, a esposa de
Fenring é Bene Gesserit e está tentando seduzir Feyd (não sei para que
finalidade ainda). Vladimir diz que percebeu a tentativa de assassinato por
parte de Feyd (foi Hawat quem percebeu, o mentat), mas, em vez de tretar com o
sobrinho, decide fazer um pacto: ele se aposentará e deixará Feyd na liderança
se ele parar de tentar matá-lo, e se concordar em ser vigiado por Hawat. Ele
concorda, mas fica claro que odeia o tio. Não vou mentir, me incomoda o maior
vilão da história toda hora ser chamado de obeso nojento e ser o único
personagem LGBT+ do livro. Esse é um topo literário terrível, mas vou fingir
que não vi só porque o livro foi escrito nos anos 60.
Enfim, o barão Harkonnen e Hawat conversam sobre dominar Arrakis
como um planeta-prisão, oprimindo a população para produzir mais e mais
especiaria. Hawat é ardiloso, mas isso me faz pensar que ele possui algum plano
maligno contra Harkonnen. Paul sonha com o futuro e começa a confundir o que
vai acontecer com o que já aconteceu. Ele sonha com seu filho, Leto II, e que
manterá Chani e Harah ao seu lado. Na verdade, depois de um tempo parece que
essas coisas aconteceram, sim, e que ocorreu um time lapse de que não fomos
informados. Chani e Paul se casaram e tiveram o Leto II? A filha de Jéssica,
Alia, nasceu? É uma menina estranha, que sabe muito por causa do ritual de
iluminação da mãe? Enfim, estou confusa quanto ao que aconteceu ou não.
Agora Paul precisa montar um verme da areia para se provar aos
fremen. Okay, essas coisas realmente aconteceram. Jéssica e o povo do sul já
gostam de Leto II, mas o povo não gosta de Alia, pois ela é um bebê que fala
como adulto. Antes de Paul montar o verme, o capítulo acaba. Vemos a vida de
Jéssica no sietch do sul, onde ela é a Reverenda Madre. Alia tem apenas dois
anos (e Paul tem 18), mas é uma menina abençoada, digamos. O povo não gosta
muito de Jéssica e tem medo de Alia. Alia conta sobre como despertou sua
consciência no útero. É uma coisa meio bizarra, mas bastante interessante. A
conversa é interrompida quando revelam que, depois que Paul montar o verme,
irão forçá-lo a desafiar Stilgar pela liderança do sietch. Paul monta o verme
com sucesso. Stilgar acha que Paul vai desafiá-lo, mas parece que Paul não quer
isso. Ele quer ir ao sul, ver seu filho e o novo sietch. No meio do capítulo
umas naves de contrabandistas de especiaria aparecem.
"- Disseram que você estava morto.
- E parece que a melhor proteção foi deixá-los pensar que sim”.
Vrauuu.
Gurney Halleck está pilotando o ornitóptero. Tentando invadir a
usina, ele se depara com Paul, que pensava estar morto. Ele acha Paul, agora
adulto, parecido com Leto. Paul acolhe Gurney e seus homens em seu sietch
fremen. Ao confrontar os Sardaukar, Paul usa a voz, a fim de saber quem os
mandou ali (obviamente foi o Harkonnen, ainda que não saiba que Paul está
vivo). Todos acham que os Harkonnen controlam a especiaria, mas os fremen é que
a produzem, e podem destruí-la (a riqueza produzida pela força de trabalho pertence
ao povo, bem comunista esse Frank Herbert kskksks).
Paul quer dar um jeito de ser reconhecido Duque de Arrakis sem
matar Stilgar, que considera seu braço direito (e Stilgar também não está
ansioso para morrer). Todo mundo fala sobre a morte de Duncan Idaho, guerreiro
de Leto. Gurney descobre que Jéssica está viva e ainda acha que ela é a
traidora dos Atreides, pretende matá-la. Só tretas nesse capítulo.
O povo fremen quer que Stilgar e Paul duelem, a fim de que Paul
seja um líder por direito. Paul consegue convencer o povo de que a vida de
Stilgar é preciosa, mas que ainda irá tomar o lugar dele como líder, mesmo que
não lutem até a morte. Depois de um discurso apaixonado e de usar a Voz, o povo
se convence. Stilgar jura ser o braço direito de Paul. Depois disso, Gurney vai
atrás de Jéssica, a fim de matá-la. Paul chega bem na hora e, depois de uma
conversa tensa, eles convencem Gurney que o traidor era Yueh. Gurney se sente
envergonhado e pede que Paul o mate, mas eles resolvem as coisas civilizadamente.
No final, Paul percebe que a resistência que ele tem criado à especiaria o
impede de ver o futuro, e ele chega à conclusão de que precisa tomar a droga
que a mãe dele tomou quando se tornou Reverenda Madre, a Água da Vida. Se
sobreviver a isto, ele realmente é o Kwisatz Haderach, o
escolhido/messias/profeta. Essa droga só é feita ao afogar um verme da areia,
sabe-se o Shai-Hulud como. Paul toma uma gota da Água da Vida e entra em coma
por três semanas, e só Chani e sua mãe unidas conseguem fazer com que ele
desperte. Paul revela que viu o presente, e que o imperador Padixá está sobre
Arrakis com uma Proclamadora da Verdade e legiões de Sardaukar. A única fora de
salvar os fremen do saque é destruir toda a especiaria, talvez o planeta, com a
Água da Morte. O bagulho ficou sério.
"Como o universo conhece pouco a natureza da verdadeira
crueldade".
Meu deus... Tudo deu errado nesse capítulo. A Alia foi capturada
pela CHOAM e o menino Leto II foi morto... Pior que fazia sentido, já que nas
citações só se fala da filha de Paul, Irulan (como eu estava errada kkkkkk).
Estou devastada. O imperador padixá Shaddam IV chega para a Guilda com sua
corte, inclusive uma de suas filhas, Irulan!!! Mas ela não era filha do
Paul????????? Eu sabia que tinha algo errado nas citações! Harkonnen está em
choque, pois o Imperador não está lhe dando mole.
Acabei de lembrar que Harkonnen não sabe que Paul está vivo, mas
o Imperador deve saber, pois falou tudo aquilo sobre reféns, e Alia foi
capturada. Ela é insubordinada e revela tudo a Harkonnen, e manipula a mente da
Proclamadora da Verdade do Imperador. Essa menina é foda demais!!! A menina
chamou o Harkonnen de avô e tacou a agulha do gom jabbar nele, berro! O vilão
está morto, e foi nas mãos de uma criança. Havia fremens infiltrados na Guilda,
e os caras chegaram montando os vermes da areia. Paul chega na mansão do
governador Arrakino e diz a um dos Sardaukar que ele irá ser clemente com o
Imperador e a Guilda se eles se renderem. Paul percebe que Stilgar deixou de
ser um amigo para se tornar um adorador. Sua mãe tem medo dele, e Chani está
devastada pelo luto. Ele aceita seu destino como o messias, como o Kwisatz
Haderach.
"É melhor ter medo de mim".
Thufir Hawat aparece com a agulha, mas se recusa a trair os Atreides,
e deixa o veneno fazer efeito nele, morrendo nos braços do duque. O Imperador,
a Proclamadora da Verdade, Paul e Jéssica tem uma discussão. A PdV é a
Reverenda Madre do início do livro (eu não lembrava) e Paul dá uns argumentos
muito loucos contra ela, quase um tapa na cara em forma de palavras. Eles temem
Paul, pois sabem que ele é o escolhido, e ele ameaça destruir Arrakis e toda a
produção de especiaria do universo. Paul aceita duelar com Feyd-Rautha, seu
primo. Eles duelam e Paul vence ao enfiar a dagacris em seu queixo, passando
pelo cérebro. Paul diz que, se o imperador oferecer Irulan para se casar com ele,
tudo estará terminado ali.
Como último recurso, o imperador ordena que Fenring mate Paul
ali mesmo. Fenring se recusa, Paul vence. Ele irá se casar com Irulan e ter
Chani como concubina. Dará todas as ações da CHOAM como dote ao imperador, que
governará o planeta-prisão Salusa Secundus. Paul irá transformar Arrakis num
paraíso, mas manterá o deserto. Paul exige um título de conde e que Gurney seja
diretor da CHOAM. Stilgar será o governante de Arrakis. Paul reserva Caladan,
seu planeta de origem, para a mãe.
"A história irá nos chamar de esposas".
O vrau final!
Em breve voltarei com um resumo de Messias de Duna. No futuro, espero resumir todos os seis livros da saga!