segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A Grande Lista de Metas #2016 - Fevereiro


Olá, pessoal! 

Agora são 9 horas da manhã, estou trabalhando na loja dos meus pais (no domingo, a pesar desse post só sair segunda. Digo, já saiu segunda. Que é amanhã, mas pra você pode ser hoje, mas também pode ser há mais de 400 anos e todos nós já morremos e eu sou uma escritora famosa mesmo na posterioridade. Obrigado, leitores, por fazer com que meus livros resistam ao teste do tempo e sejam louvados no longínquo e belo ano de 2416. Devo tudo a vocês! E sim, estou vendo todos os remakes das adaptações cinematográficas no inferno). Estou escrevendo esse post no mesmo dia em que escrevi o post das Leituras do Mês de Fevereiro. Um dia muito produtivo, obviamente.

Enfim, agora irei falar dos desafios que eu cumpri no mês de fevereiro! Clique aqui para ver a lista de janeiro e clique aqui para ver a lista geral explicada minunciosamente.

Segue a legenda:

Desafio em andamento (ง'̀-'́)ง
Desafio cumprido (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧
Desafio que larguei mão  ¯\_(ツ)_/¯
Ainda não comecei ( ͡° ͜ʖ ͡°)

01) Ler três romances da Jane Austen (0/3)
02) Ler um mangá e uma HQ por mês (2/12) (2/12)


The Seven Deadly Sins #10 Horimiya #1 Ms. Marvel #1
Captain Marvel #02 Hora de Aventura: Marceline e as Rainhas do Grito  Ao Haru Ride #12

Esse está sendo, definitivamente, o desafio mais simples da lista. Eu adoro ler quadrinhos e mangás, então acredito que nunca vou deixar de cumprir esta meta durante o ano. Enfim, eu li vários quadrinhos e mangás, mas já falei deles no post de Leituras do Mês de Fevereiro. Clique aqui para ler os detalhes sórdidos envolvendo minhas opiniões.

03) Terminar de assistir Cosmos




Bom, estou meio lerda nessa parte do desafio. Ainda estou no episódio quatro (que eu já tinha visto). Acho que estou demorando pois eu já vi os primeiros episódios e estou vendo tudo de novo, mas acredito que, assim que chegar num episódio de Cosmos que eu não tenha, visto vou deslanchar. 

Enquanto isso, assista a este espetacular vídeo no qual o Neil DeGrasse Tyson derruba completamente essa ideia absurda (EM PLENO SÉCULO XXI! EM PLENO 2016!!!) de que a terra é plana. SÉRIO, PLENO DOIS MIL E DEZESSEIS E TEM GENTE QUE ACHA QUE A TERRA É PLANA. Aliás, se você acha que a terra é plana, retire-se do meu blog (mentira, vejo o vídeo e vire gente).

04) Ler Sherlock Holmes completo (0/4)
05) Ler cinco livros clássicos (fora os já na lista) (0/5)
06) Terminar de assistir Friends
07) Assistir O Poderoso Chefão (0/3)
08) Assistir Matrix (0/3)
09) Assistir O Senhor dos Anéis (0/3)
10) Assistir Star Wars (0/6)
11) Terminar de ler As Crônicas de Gelo e Fogo (0.8/3)


A Tormenta de Espadas

Esse mês eu li e li e li A Tormenta de Espadas mas não terminei. Falta pouco, menos de 300 páginas, e em março eu COM CERTEZA terminarei. Minha meta em março é terminar A Tormenta de Espadas e O Festim dos Corvos, e daí até abril terminar A Dança dos Dragões. EU CONSIGO! (torçam por mim, por favor).

12) Reler dez livros (2/10)


O Ladrão de Raios O Mar de Monstros

Em fevereiro eu reli dois livros: O Ladrão de Raios e O Mar de Monstros. Eu amo Percy Jackson, sou apaixonada por todos os livros do tio Rick (PJO, As Crônicas dos Kane, Os Heróis do Olimpo e, agora, Magnus Chase e os Deuses de Asgard. Aliás, leia minha resenha de A Espada do Verão), já faz mais de três anos que eu li PJO e decidi reler a série original. São cinco livros curtinhos. Ainda não sei o que mais vou reler, mas tenho tempo para decidir.

13) Fazer os piercings e tatuagens que eu quero (0/2)
14) Terminar o primeiro rascunho do meu primeiro livro


Uma capa besta que eu fiz pra Icarus :p
Eu tenho trabalhado muito pouco no meu livro. Na verdade, eu nem sei direito QUAL dos meus livros eu realmente quero começar. Eu tenho quatro histórias diferentes, uma é um drama (Icarus), tem uma de ficção científica (Vertigem), outra de realismo fantástico/terror (O Anjo de Vidro) e uma de fantasia (Obsidian). Todas são incríveis, mas não sei por onde começar. Que tipo de história vocês preferem?

15) Assistir todos os filmes do Universo Marvel (5/13)


Thor - Poster / Capa / Cartaz - Oficial 1 Homem de Ferro 2 - Poster / Capa / Cartaz - Oficial 1 Capitão América: O Primeiro Vingador - Poster / Capa / Cartaz - Oficial 1


Sim, eu poderia ter feito melhor. Em fevereiro eu assisti novamente Thor (adoro esse filme, aliás. Melhor que Capitão América 1, inclusive, que eu também revi. Sério, como alguém consegue gostar do Capitão América? #TEAMSTARK) e assisti Homem de Ferro 2. Espero conseguir assistir mais filmes mês que vem. INCLUSIVE OS DEMAIS DA LISTA DE DESAFIOS, NÉ. Enfim, me desejem sorte.

16) Assistir dois animes (0/2)
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Enfim, pessoal, foi isso que eu cumpri em fevereiro. Eu esperava mais de mim, pra ser sincera, mas acredito que a gente não pode ficar se impondo diversão. Afinal, ler livros, assistir filmes e seriados, tudo isso é passatempo. Não são obrigações. Então eu assisto essas coisas e leio essas coisas quando tenho vontade. Esse desafio serve mais como lembrete, tipo: "olha, Nath, você não queria ver Matrix? Tá com tempo livre? Assiste aí, ao invés de ligar no Domingão do Faustão".

Enfim pessoal, até o próximo post! ( ͡° ͜ʖ ͡°)

Esse homem protege nossa galáxia.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Leituras do Mês - Fevereiro



Olá galerinha, como vocês estão?

Eu tive uma noite muito louca. Na verdade, a definição da maioria das pessoas de """""uma noite muito louca"""" é: beber todas, fazer uma suruba, roubar um carro, tatuar um ovo frito na barriga, declarar a independência de um país, etc. Eu não fiz nada disso. A questão é que ontem (sábado) eu trabalhei o dia todo na loja dos meus pais, tinha acordado sete da manhã e, quando cheguei em casa, oito da noite, estava MORTA. Também estava com dor de cabeça. Daí eu deitei um pouco, coloquei um vídeo ASMR (esse aqui) no meu celular e PÁÁÁÁÁ acordei um pouco antes das seis da manhã, ainda com o uniforme da loja, sem ter tomado banho, com o celular sem bateria no meu peito e desesperada.

Daí eu coloquei meu celular pra carregar, tomei banho etc., agora são sete da manhã e estou escrevendo essa postagem. Geralmente eu escrevo de madrugada, pois sou inútil para a sociedade, MAS NÃO DESTA VEZ!

Mas enfim, agora que provei que sou um ser humano decente, capaz de acordar cedo e afins, vamos aos MANGÁS, QUADRINHOS E LIVROS LIDOS EM FEVEREIRO! (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧

Mangás

The Seven Deadly Sins #10 The Seven Deadly Sins #11 Deadman Wonderland #01 Horimiya #1
Ao Haru Ride #10 Ao Haru Ride #11 Ao Haru Ride #12

Em fevereiro eu li o volume 10 de The Seven Deadly Sins, mas eu já estava com raiva desse mangá há muito tempo. Como comentei na postagem do mês de janeiro, o Meliodas, personagem principal, fica passando a mão nas personagens femininas TODA HORA. E cara, além de ser ridículo e machista, me dá uma enorme vergonha alheia estar de boas lendo um mangá cheio de armaduras, lutas, poderes mágicos e afins e do nada ter uma cena ridícula, sem contexto, sem motivo, absolutamente nem um pouco engraçada, onde o personagem principal pega nos peitos das meninas SEM MOTIVO APARENTE. Daí eu li o volume 10, tem um cliffhanger no final dele então decidi ler o volume onze. Passei da metade do volume onze e aconteceu uma coisa tão machista e revoltante que eu simplesmente desisti. Sim, larguei, não vou mais ler The Seven Deadly Sins. Não sou obrigada. Nakaba Suzuki, por favor, melhore.

Meu irmão e eu tentamos colecionar Deadman Wonderland desde que o mangá saiu no Brasil, sem muito sucesso (em 2011, acho). Eis que esse ano nós FINALMENTE conseguimos comprar os volumes que nos faltavam. Vou reler tudo para poder terminar (são 13 volumes), e em fevereiro eu reli o primeiro. O mangá é bem violento, mas a história é espetacular (uma prisão que serve de entretenimento! Engenharia genética! Conflitos de moral e ética! Lutas espetaculares!). Aliás, nesse mangá uma das personagens anda praticamente pelada o tempo inteiro e não tem momentos ou piadas machistas. The Seven Deadly Sins tem algo a aprender com Deadman Wonderland.

Reli os volumes 10 e 11 de Ao Haru Ride e FINALMENTE terminei esse mangá, lendo o volume 12. Eu amei a leitura, esse mangá é incrível. Eu já falei sobre ele nesse post.

Por fim, li o primeiro volume de Horimiya. O mangá é super fofo! É um daqueles shoujos (mangás "para meninas", melhore, Japão) bem bobinhos, mas achei divertido. Quando eu terminar de ler os sete volumes provavelmente farei uma postagem por aqui, então só vou contar que é sobre uma menina incrível (Hori) que cuida do irmão mais novo praticamente sozinha e um garoto tímido (Miyamura) que é todo punk, cheio de piercings e tatuagens, e mostra como a amizade deles surgiu.

Quadrinhos

Ms. Marvel #1 Ms. Marvel #02 Ms. Marvel #03 Ms. Marvel #04
 Captain Marvel #02 Ms. Marvel: Nada Normal Scarlet Witch #03 Hawkeye #1
 Hora de Aventura: Marceline e as Rainhas do Grito Hora de Aventura com Fionna & Cake

Esse mês não li muitos quadrinhos, mas li uns quadrinhos grandes. Para começar, eu li os quatro primeiros volumes do novo arco da Ms. Marvel, que estão espetaculares! Agora a Kamala é uma Vingadora (SIMMM) e existem novos vilões e novos personagens incríveis. EU estou amando. Daí saiu um encadernado da Ms. Marvel no Brasil, com os cinco primeiros volumes, e É CLARO que eu comprei. E li tudo de novo. E cara, eu amo a Kamala <3

Também li o volume 2 de Captain Marvel, que está incrível. Só vejo coisas boas no futuro dessa HQ, pena que só vai ganhar filme em 2018. Li o volume 2 de Scarlet Witch, que eu gostei mas não sei se vou continuar acompanhando, e também  o volume 1 do Hawkeye e, a pesar de ter achado legal, achei confuso demais. Talvez no futuro eu leia o resto? Fica o mistério.

Meu irmão comprou dois encadernados muito fofos e incríveis de Hora de Aventura: Marceline e as Rainhas do Grito e Fionna e Cake. Li os dois, são meio infantis mas são super divertidos. Adoro a Marceline e super shippo ela com a Princesa Jujuba!

Livros

O Pacifista  Another A Breve Segunda Vida de Bree Tanner O Espadachim de Carvão e As Pontes de Puzur Linguagem e ideologia  Armada Eclipse Total

Li vários livros em fevereiro e estou orgulhosa de mim mesma! Comecei o mês lendo O Pacifista, e no final do livro minha vontade era botar fogo nele e esfregar o livro em chamas na cara do autor. Mas o livro é ótimo. Em seguida, li Another. Ah, Another! Fiz uma resenha para este livro, que você pode ler clicando aqui. Another é um livro japonês de terror que me deu pesadelos de verdade. A história é fantástica, super recomendo!

Li A Breve Segunda Vida de Bree Tanner. Sou fã de Crepúsculo (fight me) mas nunca tinha lido este spin-off. Eu gostei bastante do livro, que é super curtinho, mas ainda acho injusto o fim que essa personagem teve. Também li As Pontes de Puzur, continuação de O Espadachim de Carvão (leia a resenha clicando aqui). Eu tinha gostado do primeiro livro, com algumas ressalvas, mas não gostei muito do segundo. Acho que essa literatura do Affonso Solano simplesmente não é pra mim. Estou trocando os dois livros no skoob, mas quem tiver interesse pode me mandar um recado nos comentários ou mandar um e-mail (nlbrustolin@hotmail.com). Os livros estão super novos.

Li Linguagem e Ideologia para a faculdade. É um livro de linguística bem curtinho, fala sobre discurso e retórica e como nós expressamos nossa visão de mundo na fala e na escrita. O livro é espetacular. Também emprestado da faculdade, mas não para a faculdade, li Eclipse Total, do Stephen King. Terminei de ler o livro ontem a noite, pouco antes de ir dormir as nove da note. O livro é espetacular, eu super recomendo. Não é de terror, é de suspense, e sério, que livro incrível, leia agora mesmo! Esse livro me fez lembrar de como eu adoro os livros do Stephen King.

Li também Armada, do mesmo autor de Jogador Nº1. O livro é incrível, eu adorei a leitura! Teve muita gente que não gostou, mas paciência. Fiz uma resenha do livro mas ainda não postei, então fique ligado nas atualizações do blog que é já que a resenha aparece.
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Enfim, pessoal, foi isso que eu li esse mês! E aí, o que vocês leram? Já leram algum dos livros/quadrinhos/mangás listados? O que acharam? Me contem!

Até o próximo post, cuidado com os dinossauros!  ¯\_(ツ)_/¯

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Another, de Yukito Ayatsuji

AnotherAutor: Yukito Ayatsuji
Título original: Another
Editora: JBC
É bom?: ★★★ 

Páginas: 392
Sinopse: Koichi Sakakibara é um ginasial comum de saúde frágil. Após uma crise pulmonar e uma repentina viagem de seu pai, o jovem é obrigado a se mudar para a cidade natal de sua falecida mãe, Yomiyama, e ficar sob os cuidados de seus avós maternos. Ao se transferir para a Escola Ginasial Yomiyama do Norte, o garoto percebe um estranho clima de tensão entre seus colegas e os professores responsáveis pela sala. O garoto foi enviado para a Turma 3-3, uma sala especial. O que Koichi não sabia é que um inexplicável fenômeno ronda essa classe e que, enquanto ele tenta chegar ao fundo dos segredos e acidentes sem sentido do seu novo cotidiano, uma inegável e fatídica verdade se revelaria: "Esse é um ano que tem! Grande sucesso no Japão, o romance de suspense Another rompeu as barreiras da literatura impressa e foi adaptado em mangá, animê e ainda se aventurou em um longa-metragem em live-action para os cinemas. No Brasil, tanto a animação quanto o mangá chegaram oficialmente em 2013. O mangá, publicado pela Editora JBC, se tornou um dos maiores sucessos do ano, e agora você tem a oportunidade de ler o livro que deu origem a ele!

Há 26 anos, na classe 3-3 do colégio Yomikita, algo estranho aconteceu.

Existia esse aluno, Misaki. Ninguém sabe dizer se era um garoto ou uma garota. O fato é que Misaki era muito popular. Era inteligente, divertido, talentoso, bom nos esportes e, acima de tudo, muito gentil. Todos os colegas adoravam Misaki.

No entanto, um dia, logo antes do início do período letivo do nono ano (antiga oitava série), Misaki faleceu num trágico acidente. Os amigos de Misaki ficaram chocados. Ninguém queria acreditar na notícia. Foi então que um dos colegas apontou para a carteira onde Misaki se sentaria e disse:

- Olhem! Misaki está bem ali. Ele está vivo e está bem ali!

A partir disso, todos os alunos da classe 3-3 do ano de 1972 passaram a fingir que Misaki nunca tinha morrido. Sempre havia um lugar reservado para ele nas excursões e nos times de educação física, os alunos conversavam ao redor da carteira dele, faziam de tudo para incluir Misaki em suas vidas. Claro que tudo não passava de fingimento.

Até que, no dia da formatura da turma 3-3, algo mais estranho ainda aconteceu. 

Na hora de tirar a foto da turma de formandos, Misaki, o falecido Misaki, apareceu na foto.



É assim que começa o livro Another: com uma lenda urbana, como existe uma em toda cidade. E foi assim que minha história com Another começou (clique aqui para ler sobre o anime).

Eu sou muito fã de histórias de terror, sejam livros, filmes, seriados ou animes. Desde muito pequena eu brincava de caçar fantasmas com meus amigos (nunca pegamos nenhum, infelizmente) e eu sempre fui fã de creepypastas e coisas do gênero. No meu ensino fundamental e médio eu estudei em uma escola chamada Odete Valadares, e a escola costumava ser um cemitério. Sério! Não é uma lenda urbana, ela era mesmo um cemitério. Acontece que, conforme a cidade cresceu, precisaram mover o cemitério para um lote maior e então construíram uma escola no lote antigo. Removeram todos os corpos de lá, é claro. No entanto, em uma reforma em 2009, quando quebraram uma das paredes da quadra, encontraram ossos humanos na parte de dentro dos tijolos. Não é mentira! Eu e meu irmão vimos.




Curiosamente, nunca existiram lendas urbanas acerca da minha escola. Era de se imaginar que, por ter sido um CEMITÉRIO, alguém inventaria uma história assustadora que correria pelos corredores e salas de aula por anos, sobre algum fantasma ou algo do tipo. Nunca aconteceu, ou pelo menos eu nunca fiquei sabendo de nenhuma.

Quando li a sinopse do anime Another, em 2012, lembro de ter ficado muito fissurada por saber que a história se passaria numa escola cheia de histórias assustadoras e lendas urbanas. Acompanhei o anime semanalmente, e me lembro de ter ficado muito feliz quando descobri que o anime era inspirado em um livro. Eu achava que jamais chegaria a ler o livro, pois sei que é bem difícil achar tradutores do japonês para o português no Brasil, então vibrei quando a JBC anunciou a publicação do livro no Brasil.




Comprei o livro na pré-venda e, assim que ele chegou, eu fiquei maravilhada. A edição da JBC ficou muito boa. A capa é ótima, o material do livro é resistente, a fonte é de bom tamanho, não muito pequena e nem muito grande. A tradução ficou boa, com alguns pequenos erros de digitação que podem facilmente ser consertados numa reimpressão. O livro tem abas laterais, é do tamanho de um livro normal e a única dica que eu dou para a editora é investir em páginas amarelas da próxima vez. Fora isso, a edição está impecável.

O livro começa quando Kouichi Sakakibara, um garoto órfão de mãe, se muda para a cidade de Yomiyama para morar com os avós. Logo que chega a Yomiyama, Sakakibara acaba tendo de ser internado por causa de um problema no pulmão e começa a escola quase um mês atrasado. Nesse mês no hospital, Sakakibara faz amizade com uma enfermeira que é fã de livros de terror – como o próprio Sakakibara –, recebe a visita dos futuros colegas de classe da turma 3-3 do colégio Yomiyama do Norte (Yomikita) que lhe fazem perguntas estranhas e vê uma garota com um tapa olho indo para o necrotério do hospital com uma boneca.




Se Sakakibara já achava as coisas estranhas no hospital, tudo fica mais estranho ainda na escola. Todos os alunos da sala 3-3 do nono ano parecem estar vivendo sob uma máscara que esconde um segredo misterioso. A tal garota do tapa olho estuda na mesma classe de Sakakibara e todos os colegas parecem estar fazendo bullying com ela, lendas estranhas pairam sobre a escola – Os Sete Mistérios de Yomikita, a lenda do aluno Misaki, dentre outras – e tudo que acontece na sala parece estar carregado de extrema tensão.

Eis que Sakakibara começa a questionar as atitudes de seus colegas para com a menina do tapa olho, que se chama Mei Misaki. Todos pedem que ele “pare de mexer com coisas que não existem”, até que uma aluna morre em um terrível acidente, e todos parecem resignados ao admitir que “este é um ano que tem”.




O livro é muito, muito melhor que o anime. O anime já é excelente, com todo o seu clima de suspense e terror psicológico, mas o livro é mais assustador. O livro carrega uma aura misteriosa, e mesmo que eu já sabendo de todos os aspectos da história e sabendo de tudo que ia acontecer, eu fiquei surpresa, assustada, apreensiva e muito perturbada com o livro. Eu tive pesadelos (de verdade!) envolvendo a história. Fiquei completamente submersa pelo livro e o devorei, até a última página, pulsando de medo.

Achei a escrita do livro excelente e fluída. Isso me faz pensar que nós, no ocidente, damos valor demais a livros escritos nos Estados Unidos quando temos jóias como Another que vieram diretamente do Japão. Só imagino que outros livros excelentes, de terror ou não, nós simplesmente não temos acesso.

Another é um livro incrível, perturbador e, acima de tudo, intrigante. Recomendo!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Shadowhunters (!!!)


Oi galerinha, tudo bom com vocês??
Em julho de 2014 (!!!faz muito tempo!!!) eu fiz um post falando sobre uma das minhas sagas de livros prediletas, Os Instrumentos Mortais. Na época em que eu comecei a ler bastante e colecionar livros, quando eu tinha meus 13 anos (quase seis anos atrás), uma das primeiras séries que eu li foi Os Instrumentos Mortais. Eu me apaixonei perdidamente pela história, li os três primeiros livros (só haviam sido publicados três até então) em três dias e fiquei absurdamente louca pelo universo. Quando soube que haveria uma adaptação cinematográfica (em 2013), surtei muito. Fiquei muito feliz por saber que um dos meus livros favoritos realmente viraria filme.

O filme, infelizmente, foi um fracasso enorme. Sinceramente? Assim que eu assisti o filme eu fiquei muito decepcionada. A pesar de uma boa produção, o filme não passou disso. As localizações, os cenários e os efeitos estavam ótimos, o figurino, as armas, tudo lindo. A atuação? Péssima. Os atores? Muito estranho nos personagens. A história? Mudaram coisas essenciais. Foi uma decepção enorme.

Eis que foi anunciado em 2015 que, em janeiro de 2016 seria lançada a série SHADOWHUNTERS (!!!!!!!!), baseada em Os Instrumentos Mortais, um reboot completo da história. A série seria bem diferente do filme, com atores, roteiristas e toda a equipe totalmente diferente. 

Shadowhunters acaba de passar do quinto episódio (é exibida pela emissora Freeform terça à noite e sai pelo Netflix toda quarta-feira, à meia-noite) e eu confesso: antes de assistir, eu estava com os dois pés atrás para com a adaptação. Mudaram MUITA coisa em Shadowhunters, e já era possível ver isso pelos trailers. Mas, agora que assisti os cinco primeiros episódios, eu afirmo: a série está incrível, e eu acredito que, desta vez, Os Instrumentos Mortais ganhará o espaço que merece na mídia.

Neste post irei destacar diferenças que eu identifiquei entre os livros e a série, e eventualmente posso mencionar algum PEQUENO spoiler. Se você quer ler sobre a história dos livros e quer saber se a história vale a pena ou não, recomendo ler meu post antigo. Se você já leu os livros e/ou quer saber mais sobre o seriado, esse post é para você.

OLHA QUE ELENCO PERFEITO <3
Diferenças entre os livros e o seriado:

Luke Garroway: Luke é amigo da mãe de Clary, e é um lobisomem. No livro, ele era um Caçador de Sombras (Shadowhunter) que fazia parte do Ciclo de Valentim, mas foi atacado e transformado. Isso continua igual no seriado. No livro ele é dono de uma livraria, é branco e é o líder de uma matilha de lobisomens de Manhattam. No seriado, o ator escalado foi o Isaiah Mustafa, um ator negro. Sabe que diferença isso faz? NENHUMAAAAAAAAAA. Se você reclama por isso, você é um tremendo babaca, parabéns, pegue aqui seu certificado de racista. O que tem de realmente diferente entre o Luke do livro e do seriado é que, na série, Luke é um policial. Nada a ver com um livreiro, certo? Na verdade, eu achei essa mudança muito bem colocada. Na minha visão faz muito mais sentido por (spoiler). Ainda não chegamos a ser apresentados à matilha de Luke, mas acredito que isso vá acontecer nos próximos episódios.

O Instituto: O Instituto é uma igreja localizada em cada cidade do mundo que possui Shadowhunters. O Instituto serve para que os Caçadores de Sombras morem por lá, hospedem visitantes, treinem, mantenham guardados seus livros de runas, magias, conhecimentos, armas, equipamentos, etc. Isso continua igual no seriado. A questão é que, enquanto nos livros o Instituto (de Nova York, pelo menos) é um ambiente bastante soturno, gótico, antigo (afinal, é uma igreja), no seriado ele é bastante tecnológico, é uma igreja por fora mas por dentro é tipo a CIA (ou o que eu imagino que seja a CIA). No seriado tem muita gente no Instituto, enquanto nos livros os únicos habitantes do Instituto eram o Jace, o Alec, a Isabelle, os pais do Alec e da Isabelle (que estão viajando) e Hodge. Isso afeta em algo a história? NÃO.

A idade dos personagens: Cidade dos Ossos começa no aniversário de 15 anos de Clary, e todos os personagens tem em torno dessa idade, exceto Alec que já é adulto (mas não é muito mais velho que os demais). Acho que fazer com que os personagens fossem mais velhos na série foi bem melhor. Primeiro, por que o público que leu os livros naquela época já cresceu e não ia se identificar tanto com adolescentes de 15 anos. Segundo, por que acho que faz mais sentido nós termos jovens adultos, no auge da idade, combatendo criaturas sombrias, do que crianças. No livro, tanto Clary quanto Simon estavam no ensino médio, e no seriado Clary está tentando entrar na faculdade de artes e Simon estuda contabilidade. Para Jace, Izzy e Alec, nada muda.

Jocelyn Fray: Jocelyn, nos livros, é uma pintora frustrada, que cuida sozinha da filha e é amiga de Luke. No seriado, Jocelyn tem uma loja de antiguidades. Jocelyn nunca contou nada sobre o Submundo para Clary, e foi sequestrada pelos capangas de Valentim muito antes de poder falar qualquer coisa, enquanto na série ela tenta contar tudo para Clary mas não consegue fazer isso à tempo.

Uma coisa da qual senti falta: UMA DAS MELHORES PARTES DO LIVRO ERA O SIMON SENDO TRANSFORMADO EM RATO, POR QUE NÃO FIZERAM ISSO NA SÉRIE, POR QUE?????? FOI HILÁRIO NO LIVRO.

Camille Beaucort: A vampira aparece bem mais cedo na série do que nos livros, ela é quem transforma Simon e, aparentemente, ela quer o Cálice Mortal. Ela não faz nada disso nos livros, se não me engano aparece só no final do segundo livro.

As runas: Nos livros, as runas são tatuagens pretas que podem, com o tempo, ficar mais fracas, mas nunca desaparecem. No seriado, as runas parecem mais escarificações do que tatuagens, e vão "curando" com o tempo, e algumas parecem apenas cicatrizes. A estela é capaz de reativar runas que já sararam, no entanto. Achei essa mudança bem legal.

Outras pequenas mudanças: Maureen, nos livros, é uma menina de 12-13 anos apaixonada por Simon e na série ela tem a mesma idade que Clary e Simon. Dorothea é a vizinha idosa e excêntrica de Clary nos livros, enquanto na série ela é uma funcionária da mãe de Clary, bem jovem, e elas são amigas. O laboratório de Valentim ficava nas ruínas de Renwick em Nova York nos livros, mas no seriado fica em Chernobyl. Isabelle já tinha o colar de rubi que pulsava na presença de demônios, não ganha de Magnus. Valentim revela para Clary que é pai dela no final do livro, os Irmãos do Silêncio apenas revelam que quem apagou a memória de Clary foi Magnus Bane. Enfim, nada EXTREMAMENTE essencial.







Eu gostei bem mais dos atores do seriado do que dos do filme. Não querendo desmerecer os atores e do filme, jamais, mas acho que os atores de Shadowhunters são mais parecidos fisicamente com os personagens, e a personalidade de cada um parece ter sido mais bem absorvida. Emeraude ficou PERFEITA como Isabelle, na minha opinião, na atuação e na aparência, e o Dominic e o Matthew ficaram muito mais verossímeis como Jace e Alec. Ainda não tenho uma opinião profunda sobre a Kat como Clary, mas não desgosto, e o Alberto como Simon está PURO AMOR. Quando revelaram que o Harry Shum seria o Magnus, fiquei com um pé atrás (eu adorava o ator do filme, única coisa certa do filme), mas foi só ver ele atuando como Magnus que me convenci completamente.

  
 
 

Eu estou gostando bastante da série até o momento. Mesmo os atores não sendo 100% incríveis - são todos bem jovens, afinal - eu acredito que não falta muito para eles entrarem completamente nos personagens. Também estou gostando muito da série por que eles tem se aprofundado mais na história. A irmã do Simon é mencionada, a van aparece, temos a banda do Simon que muda de nome a cada 15 dias, Clary é uma desenhista, Meliorn aparece, TESSA É MENCIONDA (SABE O QUE ISSO QUER DIZER? IMAGINA, UM SPIN-OFF DE SHADOWHUNTERS SOBRE AS PEÇAS INFERNAIS. I M A G I N A), enfim, muita coisa que tinha ficado de fora do filme que era importante, ou pelo menos interessante, está presente na série. 

Shadowhunters pode não estar excelente, mas eu tenho muita fé na série.

E você, já assistiu Shadowhunters? Pretende ver? O que tem achado? Deixe seu comentário! Beijos, e até o próximo post ;)