Oi Galerinha, como estão?
Eu não ia fazer esse post hoje (provavelmente eu nunca ia fazê-lo, mas estava entediada e resolvi fazer algo de bom na minha vida), mas as circunstâncias foram favoráveis. E, como eu já vi o filme, irei ilustrar esse post com cenas fofas/engraçadas/deprimentes do longa. Mas deixo bem claro que, neste post, estou recomendando mais especialmente o livro, não o filme (a pesar de ele ser bem legal e você ter a obrigação de assistir).
A questão é que eu li esse livro emprestado. Já o queria há algum tempo, mas só consegui lê-lo depois que minha amiga comprou e fez a bondade de me emprestar. Durante a leitura eu quis sublinhar metade do livro, de tantas citações legais e emocionantes que tem nele. Mas como o livro não era meu tive que conter meus impulsos de estragar uma obra T.T
Mas, quando terminei de ler o livro (em uma única tarde, 224 páginas de puro amor <3), enviei um e-mail aos meus pais. Não vou postar o e-mail aqui por que é longo e chato, mas citarei algumas coisas que escrevi para eles aqui.
Um pequeno resumo do livro, antes de tudo:
As vantagens de ser invisível conta a história de Charlie, um garoto que está no primeiro ano do ensino médio e cujo amigo cometeu suicídio recentemente. Arrasado por sequer saber o motivo, Charlie sente que sua vida é marcada por perdas e dor: primeiro a de sua tia e agora a de seu único amigo. No começo do ano letivo Charlie acaba conhecendo Patrick e Sam, dois irmãos por consideração, e todos os amigos deles. Além de um professor de inglês que lhe empresta ótimos livros. Com uma turma nova, Charlie aprende a viver a vida, ao invés de assistir a vida dos outros.
Agora vamos ao MOTIVOS!
"Você acha que se as pessoas souberem o quão louco você realmente é, ainda falariam com você?" |
#1 - Charlie é um bobão, como todos nós
Todos nós somos bobões, mas os níveis de bobisse variam de um para outro. Charlie é, na realidade, um completo bobão. Aquele bobão crônico, sem cura mesmo. E acho que foi por isso que me identifiquei tanto com ele, pois sou um bobona de marca maior. O Charlie chora por motivos bobos, fala a verdade sem ter medo (em muitos momentos ele simplesmente não percebe o que a verdade vai causar) e divaga muito. Especialmente no livro, ele começa a falar do professor da escola dele que é legal e termina numa crise de tristeza por que a tia dele morreu.
"Por que eu, e todos que eu amo, escolhem pessoas que nos tratam como lixo?" |
"Nós aceitamos o amor que pensamos merecer" |
#2 - Diálogos filosóficos/sem sentido
O livro é recheado dos mais variados tipos de conversa, grande parte não fazendo muito sentido. Mas são diálogos legais, engraçados, muitas vezes você vê que aquilo ali, que está acontecendo no livro, poderia muito bem acontecer com você. Mas você acaba percebendo que, como o Charlie, está assistindo a vida, não vivendo ela. Charlie é um expectador, ele ouve, ele guarda, ele entende. Esse livro nos mostra a jornada de Charlie deixando de ser um expectador para se tornar a estrela de sua própria vida. E todas as conversas que ele tem (principalmente com o professor dele) sempre tem algo que nos faz refletir. Afinal, você realmente é o protagonista da sua vida? Ou tudo gira em torno dos seus estudos/trabalho/filhos/etc?
"Eu não sei se você já se sentiu assim. Essa vontade de dormir por mil anos. Ou simplesmente não existir. Ou apenas não ser alertado de que você existe. É por isso que eu tento não pensar. Eu só quero parar esse ciclo." |
#3 - É triste, só que não
Este livro está recheado das famosíssimas questões existenciais. Mas elas vão além de "quem sou eu?", "o que quero da vida?" ou "o que irei almoçar hoje?" (parafraseando Douglas Adams). Stephen Chbosky, com seu livro, trata de questões como "eu realmente quero viver?", "isso vale a pena?" e "quanto tempo eu aguento sofrer?". Charlie tem depressão e é ansioso. Quem sofre de ansiedade como eu sabe como é pensar demais em coisas que você não quer. Por mais que aquilo te dê ideias ruins ou vontade de fazer coisas ruins, você não consegue controlar sua mente. Você não consegue parar de pensar. E Charlie pensa muito, em muitas coisas. E, em muitos momentos, você sente a tristeza dele, e você entende pelo que ele passa. Poxa, o cara é sozinho, o melhor amigo dele morreu e tudo o que ele quer fazer é ser feliz. Mas, mesmo com um alto teor de tristeza, o livro é divertido, você se pega sorrindo em vários momentos. Você quer viver aquilo. Afinal de contas, você PODE viver aquilo. Charlie é como todos nós bobões, por isso muita gente se identifica com ele.
"Você poderia escrever sobre nós" - "Isso! Dê o nome de 'A Vadia e o Falcão' e nos faça solucionar crimes!" |
#4 - Faz menções a livros excelentes
Charlie gosta de escrever e cogita muito escrever um livro (depois do milagroso professor sugerir que ele o faça). No entanto, todo mundo sabe que um bom escritor é, antes de tudo, um ávido leitor. Ao longo do livro, o professor de inglês de Charlie empresta para ele vários livros da literatura americana. Alguns eu já conhecia, mas o fato é que TODOS entraram para minha lista de desejados. Os livros são esses:
Uma Ilha de Paz - John Knowles
O Sol é para Todos - Harper Lee
O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald
"E nesse momento eu jurei que éramos infinitos" |
#5 - Você se sente infinito
Acho que "eu me sinto infinito" é a máxima deste livro. Todo mundo conhece essa frase, mas pouca gente entende. Na mesma proporção em que John Green diz que "alguns infinitos são maiores que outros", Stephen Chbosky afirma que, mesmo assim, "todos somos infinitos". E você acaba se sentindo infinito depois de ler. Você se sente maior, mais poderoso, mais você mesmo. Por que nossa vida gira em torno de buscar quem somos. Um livro não pode mostrar quem você é, mas pode te fazer realmente pensar a respeito.