domingo, 25 de fevereiro de 2018

Melhores de Fevereiro #2018 [Séries, podcasts, jogos e mais!]

A mood.
Olá, povos e povas, como vocês estão?

Fevereiro sempre foi, na minha perspectiva, um mês estranho. Primeiro, por ser mais curto que os demais meses. Parece que só três dias a menos não fazem diferença, mas é perceptível como eu leio menos e no geral faço menos coisas. Talvez eu simplesmente não saiba administrar meu tempo? O mês também é estranho por que, bem no meio dele, acaba o horário de verão. Eu não sou particularmente fã do horário de verão, mas acabo me acostumando e, quando ele acaba, o estranhamento dura pelo menos algumas semanas. É estranho voltar para casa no escuro, parece que é mais tarde, parece que eu chego em casa e tenho menos tempo para fazer minhas coisas.

Neste fevereiro uma coisa aconteceu, uma coisa sobre a qual eu não quero realmente falar, mas que deixou meu mês ainda mais estranho. Parece que eu estou vendo minha vida acontecer de fora do meu corpo. Como se eu só estivesse me assistindo, não fazendo as coisas. Mas não foi nada sério, don't worry.

SÉRIES

Em fevereiro eu tomei um pouco de vergonha na cara e voltei a usar meu Netflix. Afinal, não pago isso pros outros usarem, né?

FODA-SE. ESSA. MERDA. Eu não sabia para onde estávamos indo,
ou quando eu iria matá-la, mas eu soquei a cara do meu pai e roubei o carro dele.
E isso pareceu uma boa forma de começar essa jornada.
No início do mês, numa madrugada insuspeita, eu estava me sentindo especialmente desapegada da minha existência corpórea e decidi me distrair assistindo à primeira temporada inteira de The End of the F***ing World de uma vez só. Eu não sou o tipo de pessoa que maratona séries e nem que vê uma temporada toda de uma vez. De fato, acho que foi a única vez na minha vida em que realmente fiz isso. Enfim, a série tem 8 episódios de cerca de 25m, então não foi como se eu tivesse visto 12 horas de televisão, de qualquer maneira. TEOTFW conta a história de James, um garoto que assistiu ao suicídio da mãe quando era criança e que se convenceu de que é um psicopata (e que quer matar uma pessoa); e Alyssa, uma garota cuja mãe se casou de novo e que passou a prestar atenção apenas no marido e nos filhos gêmeos recém nascidos. Alyssa e James saem juntos numa road trip bizarra e vivem aventuras e desventuras estranhas e perigosas, o que os leva a serem procurados pela polícia. A série tem uma pegada bastante niilista, com ótima trilha sonora, e eu gostei tanto do final que realmente espero que a série termine assim mesmo e que não tenha mais temporadas. Recomendo demais, até quero assistir de novo.


 
 
 
 
- Parece que você acha que eu sou um homem tomando o lugar de uma mulher, mas quero deixar uma coisa clara. Eu sou uma mulher trans. E uma mulher trans não é menos mulher do que você.
- Talvez não. Mas eu sou uma mulher de verdade.
- Você é uma mulher de verdade, mas eu sou uma dama.

Retomando o meu Netflix, a segunda e a terceira e última, bubu temporada de uma das melhores séries que eu vi ano passado chegou: Merlí! É uma série da Catalunha sobre um professor de Filosofia do Ensino Médio que tem um método de ensinar (e levar sua vida no geral) bastante peculiar, e sobre seus alunos, adolescentes com vidas bastante diferentes tentando lidar com todo tipo de problemas: desde pobreza a homossexualidade, até agorafobia. Terminei a segunda temporada essa semana e já comecei a terceira, mas não quero que essa série incrível acabe.







Lembra que eu falei em outubro de 2017 sobre Channel Zero, uma série antológica de terror que adapta creepypastas da internet? Bom, a terceira temporada voltou já agora em fevereiro (!!!) e está melhor que as duas primeiras. Cada temporada conta uma história diferente e isolada, e você pode assistir em qualquer ordem ou nem ver todas, mas eu recomendo as três temporadas, pois são todas ótimas. A primeira adaptou Candle Cove, e foi uma temporada muito psicológica, enquanto a segunda adaptou No End House, trazendo uma história mais dramática. 

A terceira temporada, Butcher's Block, chutou o balde com força e se rendeu ao meu amado terror cósmico, misturando gore com sobrenatural. É a história de duas irmãs que se mudam para longe de casa, com o intuíto de se afastar da mãe esquizofrênica que tentou matar uma delas. Nessa cidade, uma das irmãs trabalha como assistente social num bairro muito marginalizado, o Butcher's Block. Lá, pessoas com problemas mentais andam livremente pelas ruas, sem assistência médica apropriada, e o índice de violência é altísismo. Inclusive, pessoas desaparecem tão regularmente e de formas tão misteriosas que uma lenda urbana tem sido compartilhada na região, sobre a família do fundador do bairro, Joseph Peach, dono de uma companhia de açougues (já deu pra imaginar). Serão apenas seis episódios, então dá para maratonar!



[Jungkook dizendo a Jimin a primeira palavra do seu time]
MON-TA-NHA-RUS-SA!


Jimin: ???????????????

Bom, a última coisa que tenho a mencionar não é exatamente uma série, mas uma espécie de show de variedades...? Não sei. Enfim, tenho acompanhado o BTS pelo V Live - um site de streaming parecido com o YouTube, um equivalente coreano. No canal deles há dezenas de episódios de uma série chamada Run BTS (além do incrível BTS Gayo), uma espécie de show de variedades no qual eles participam de jogos e gincanas, realizam desafios, além de que eles fazem lives para conversar com os fãs, enfim, é uma das coisas mais hilárias que eu já assisti. Há legendas em inglês e o episódios não são longos, com 30min ou menos.

MÚSICA

Ultimamente tenho ouvido bastante coisa brasileira. Meu estilo musical favorito sempre foi o punk rock, o pop punk e o alternativo. Ultimamente, por algum motivo, tenho ouvido bastante indie e rap. 


O Emicida lançou uma música nova chamada Pantera Negra. Sempre fui fã do Emicida como artista, apesar de não ser tão fã assim de sua música, mas gostei bastante desse som. A letra fala sobre racismo, usando algumas figuras dos quadrinhos do Pantera Negra. Música incrível.


O Mike Shinoda, guitarrista e sub-vocalista do Linkin Park, lançou um EP com três faixas. As músicas falam sobre a perda do Chester, que cometeu suicídio no meio do ano passado. São três músicas excelentes, mas vou deixar aqui Over and Over, minha favorita.


Também descobri Rico Dalassam, uma relíquia do pop gay nacional. Ele tem músicas incrivelmente dançantes (você pode ouvir a discografia dele no Spotify). Algumas de suas letras são bem descompromissadas, mas ele tem algumas músicas com temas políticos que são bastante poderosas.


Também tenho ouvido muito o EP "You", da Dodie, e o novo single dela, Party Tattoos. Você pode ouvir o EP dela no Spotify (é maravilhoso e calmo e suave e indie). Sério, vai ouvir, estou esperando!

PODCASTS

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Recentemente ouvi o episódio "The Personality Myth", do Invisibilia, e foi uma das coisas mais brilhantes que já ouvi na vida. O episódio trata do mito comum do que as pessoas tem personalidades bem construídas e constantes durante toda a vida em qualquer situação. Esse misto é desconstruído à partir de experimentos, análises psicológicas e alguns exemplos da vida real. Ótimo episódio.


Também tenho tentando acompanhar Dear Hank and John (eles lançam episódios semanalmente, nem sempre tenho tempo de ouvir e eles se acumulam!), mas queria apenas mencionar que estou muito ansiosa pelo livro do Hank, que sai em setembro =D
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É isso por hoje, pessoal! 

Espero que tenham gostado do post. O que vocês tem assistido de bom? Curtem séries de terror? Curtem rap brasileiro? Deixem as músicas que estão ouvindo nos comentários para eu conferir também ;)

Até o próximo post!

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E um feliz aniversário atrasado para
esse biscoitinho que é o Hobi.

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