Título Original: Mosquitoland
Editora: Intrínseca
É bom?: ★★★★★ 4.5
Páginas: 352
Sinopse: “Meu nome é Mary Iris Malone, e eu não estou nada bem.” Após o inesperado divórcio dos pais, Mim Malone é arrastada de sua casa em Ohio para o árido Missis - sippi, onde passa a morar com o pai e a madrasta e a ser medicada contra a própria vontade. Porém, antes mesmo de a poeira da mudança baixar, ela descobre que a mãe está doente. Mim foge de sua nova vida e embarca em um ônibus com destino a seu verdadeiro lugar, o lar de sua mãe, e acaba encontrando alguns companheiros de viagem muito interessantes pelo caminho. Quando a jornada de mais de mil quilômetros toma rumos inesperados, ela precisa confrontar os próprios demô- nios e redefinir seus conceitos de amor, lealdade e sanidade. Com uma narrativa caleidoscópica e inesquecível, Mosquitolândia é uma odisseia contemporânea, uma história sobre as dificuldades do dia a dia e o que fazemos para enfrentá-las.
É difícil escrever uma resenha sobre um livro que gostamos,
por que uma parte de nós não quer que ninguém mais o leia. Parece que, se
alguém mais ler este livro, vai aprender algo sobre mim que eu não queria que
ninguém mais soubesse, por isso cresce a vontade de impedir que qualquer outra
pessoa tente se conectar com um livro que me tocou tão profundamente.
Esse livro foi diferente de tudo o que já li, ao mesmo tempo
em que trazia estruturas que já me eram familiares de outros romances Young
Adult. As personagens em Mosquitolândia são únicas à sua maneira, mesmo que se
pareçam com outras de outras obras. O roteiro no estilo Road Trip é
extremamente saturado, mas o autor utilizou o recurso de forma única e
magistral. Já li dezenas de romances adolescentes sobre doenças mentais, sobre
problemas familiares e sobre auto descoberta, mas esse livro não é igual a essa
dezena de livros nesses assuntos.
E edição americana, com capa dura a jacket. |
Mosquitolândia conta a história de Mim, apelido de Mary Iris
Malone, uma garota que sempre viveu sob a sombra de uma psicose. Desde criança
ela demonstra sofrer de alguns sintomas dessa doença, e seus pais sempre
tentaram protegê-la dessa realidade, lhe levando para psicólogos, psiquiatras e
lhe entupindo de remédios.
Mas nem todos os médicos e remédios do mundo poderiam ter
preparado Mim para a separação dos pais, que de longe foi o momento mais
chocante de sua vida. Sua mãe fica para trás, na cidade onde sua família
morava, e Mim vai morar com o pai e sua madrasta muito mais jovem do outro lado
do país. Mim não está lidando nada bem com este fato, até descobrir que sua mãe
não está mais entrando em contato com ela por estar doente. Algo dentro de Mim
a move, e ela rouba dinheiro de sua madrasta para pegar um ônibus que atravessará
os EUA e que chegará em sua cidade natal no Dia do Trabalho, um dia importante
para Mim e sua mãe.
O livro segue a trajetória de Mim na viajem de ônibus até
sua mãe, bem como todas as aventuras engraçadas, tristes e perigosas que ela
vive, desde um ônibus capotado, uma herança perdida e uma criança com síndrome
do down da qual ela tem que cuidar por um tempo. Também temos as cartas que Mim
escreve para Isabel, uma personagem interessante na história, mesmo que
ausente. Nessas cartas sabemos mais sobre a mente de Mim, e sobre seu passado.
O livro é maravilhoso. É divertido e dramático na medida
certa, e as últimas 50 páginas tem tantos plot twists maravilhosamente
construídos que me senti num episódio de How to Get Away With Murder.
Amei esse livro, pretendo relê-lo no futuro, e recomendo
esta leitura para todas as pessoas dispostas a se surpreender com um livro
diferente e honesto sobre depressão e ansiedade.
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