Título original: La Planète des Singes
Editora: Aleph
É bom?: ★★★★★
Páginas: 216
Sinopse: Em pouco tempo, os desbravadores do espaço descobrem a terrível verdade: nesse mundo, seus pares humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante... os macacos. Desde as primeiras páginas até o surpreendente final – ainda mais impactante que a famosa cena final do filme de 1968 –, O planeta dos macacos é um romance de tirar o fôlego, temperado com boa dose de sátira. Nele, Boulle revisita algumas das questões mais antigas da humanidade: O que define o homem? O que nos diferencia dos animais? Quem são os verdadeiros inimigos de nossa espécie? Publicado pela primeira vez em 1963, O planeta dos macacos, de Pierre Boulle, inspirou uma das mais bem-sucedidas franquias da história do cinema, tendo início no clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston, passando por diversas sequências e chegando às adaptações cinematográficas mais recentes. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs de cultura pop.
Eu não dava nada, absolutamente NADA para este livro, e ele me surpreendeu de forma absurda! Era como se, a cada página que eu lia, eu levava um tapa na cara e ouvia, de longe, alguém gritando “NINGUÉM MANDOU SUBESTIMAR O LIVRO, OLHA SÓ QUE COISA ESPETACULAR”.
Enfim. O livro conta a história de três cientistas/astronautas franceses que viajam para um planeta na órbita da estrela Betelgeuse, uma estrela parecida com o sol, mas maior e mais fria. Dentre esses três desbravadores do espaço está nosso narrador, Ulysse Mérou, que anotou tudo que será lido no livro à mão e colocou sua história numa garrafa, que nas primeiras páginas é encontrada por dois viajantes do espaço que por acaso esbarraram nela.
Ulysse tem um relato terrível a fazer. Ele nasceu na terra, onde os seres humanos – como ele – eram os seres mais inteligentes e dominavam as demais espécies. Qual não foi a surpresa de Ulysse ao descobrir que, nesse novo planeta em Betelgeuse, os humanos existem, mas são animais irracionais que são subjugados por macacos, que são muito inteligentes e tem consciência, ou como o autor chama, “alma”.
No começo do livro, Ulysse é aprisionado e é submetido a testes (como muita gente ainda testa coisas em animais hoje em dia, sabe?). Não estão testando cosméticos ou remédios nele, mas sim tentando compreender os padrões de comportamento dos humanos através do behaviorismo.
Durante o livro, Ulysse tenta convencer os macacos cientistas que ele tem “alma”, que é uma criatura como eles, que tudo não passa de um terrível engano. A história é genial, pois coloca o homem no lugar de um animal e mostra a nossa crueldade inerente.
Mas o livro não é genial apenas por que denuncia a violência contra os animais. O livro é genial por que é assustador. Toda a carga psicológica, os acontecimentos, as descobertas e, principalmente, o final, são de te deixar arrepiado. Eu terminei de ler as últimas quarenta páginas do livro no carro, voltando de uma festa de ano novo com a família, e quando cheguei em casa eu precisei deitar e respirar por que estava literalmente passando mal.
O livro é pesado, sombrio, muito cruel. Mas é muito cru, verossímil e, creio eu, de certa forma, muito real. É um livro para se refletir. Ninguém sabe como eu tenho pensando incessantemente nesse livro e em sua história.
Vou acabar essa resenha por aqui pois não quero soltar spoilers, apenas digo que RECOMENDO MUITO este livro, só não diga que eu não avisei sobre o conteúdo pesado.
"O método dos humanos é violência e morte". |
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