domingo, 27 de abril de 2014

Divergente - O Filme


Quem me conhece sabe como eu amo Divergente.
Quando li Divergente pela primeira vez, há quase três anos atrás, eu me apaixonei pelo livro. Era a história perfeita, onde eu me identificava com a protagonista, que tinha a personalidade muito semelhante à minha e tinha as mesmas dúvidas sobre seu futuro.
Conforme eu ia lendo o livro, mais eu me identificava com a Audácia. 

Esses desejos de ser livre, de fazer algo importante, de ser um herói, são desejos que eu sempre tive. E, como quero ser escritora, tenho essa ideia fixa de que nada seria mais gratificante do que passar o mesmo sentimento aos meus leitores.

mylitleinfinity:

Divergent

O filme estreou um dia antes do meu aniversário e foi tipo um presente cósmico. Fui assistir o filme dia 19, legendado, e aqui deixo minha opinião:
Eu adorei o filme. À princípio, quando os atores foram escolhidos, eu reclamei muito. Grande parte dos atores não se parecia nada com os personagens do livro (Jai Courtney, por exemplo, que acabou fazendo um ótimo papel como Eric, não se parece nada com o Eric do livro) e eu achei que o filme ia ter o mesmo destino de Cidade dos Ossos - pouca bilheteria e nada de continuação. Mas até mesmo os atores que eu tinha odiado à princípio me surpreenderam muito e fizeram um ótimo trabalho.

Quase todas as cenas do livro estão presentes no filme, no entanto, senti falta de algumas coisas enquanto assistia.
O texto em em branco a seguir contém spoilers do livro, não do filme. Só leia se não se importar com spoiler ou se já tiver lido o livro, siga em frente.

Edward devia ter perdido um olho e abandonado a Audácia, já que isso é importante para o segundo filme. O romance entres Will e Christina foi mostrado de relance, em uma cena, e acho que pouca gente percebeu. A Tris só se sente culpada por tê-lo matado por que Christina e ele estavam namorando e elas eram melhores amigas.
Não mostraram o Al todo apaixonado pela Tris, fazendo de tudo por ela, motivo que o levou a se matar quando ela brigou com ele (e a briga no livro é bem mais intensa). O funeral de Al foi completamente negligenciado e esquecido.
A família de Tris mal aparece, e Tris nunca a menciona. Pouca gente vai entender a importância dos pais dela na trama por que foram negligenciados no primeiro filme. A tatuagem dos pássaros que Tris faz é em homenagem à sua família, um pássaro para cada membro da família que ela abandonou.
Por último, mas não menos importante, eu realmente senti falta dos personagens que não apareceram, Uriah, Lynn e Marlene. Eles eram importante e foram esquecidos. Espero que apareçam no segundo filme.



Achei o desenvolvimento da trama muito interessante, as cenas de luta foram ótimas (pra quem reclamou que tinha pouco sangue, recomendo que assistam um filme do Quentin Tarantino) e as vestimentas das facções ficaram perfeitas. Adorei a fotografia e a trilha sonora (mesmo não gostando muito de Ellie Goulding).



O romance entre Tris e Four/Quatro/Tobias foi bem explorado, mesmo que tenha aparecido mais que no livro, e eu gostei da química dos dois atores.
Eu realmente gostei do filme, achei uma adaptação ótima. A verdade é que não existem adaptações perfeitas, muito menos filmes perfeitos. Mas Divergente foi um ótimo livro que se tornou um ótimo filme. Espero que consertem os erros em Insurgente e façam dessa franquia uma das melhores do gênero :3










Antes de terminar o post, queria dizer que amo Divergente. É a minha saga favorita, e eu me senti conectada à história desde a primeira página do primeiro livro. Me lembro que comprei o livro na Submarino por R$40,00 (eu nunca compro livros quando não estão na promoção, deve ter sido o destino). Ele ficou travado nos depósitos deles, e tive que ligar para o SAC para conseguir que o livro fosse enviado. Ele ficou preso nos correios, e tive que ir lá eu mesma buscar. E, até hoje, não me lembro exatamente de onde veio essa vontade louca de comprar um livro sobre o qual eu sequer sabia algo.
Me lembro que, quando comecei a ler, eu estava doente. Tinha ficado o dia todo em casa, ajudando minha mãe, e estava com o nariz super entupido. Era começo de novembro e chovia muito. Me sentei na sala para ler o livro e li 100 páginas dele numa sentada só.
Terminei o livro alguns dias depois, e não consegui pensar em mais nada por dias. Eu queria viver naquele mundo. Queria me juntar à Audácia, ser livre, enfrentar meus medos e vencê-los.
Maio do ano passado eu li Insurgente. Era mesma época em que estavam acontecendo aquelas primeiras revoltas contra o aumento da passagem de ônibus. Ler Insurgente só meu deu mais vontade de ser da Audácia, de estar no meio daquela gente, protestando, fazendo parte de algo maior e mais importante que eu. Eu moro em cidade pequena e não pude ir.
O livro Allegiant saiu nos Estados Unidos no dia 22 de outubro de 2013. Alguns dias antes eu comprei o livro em inglês mesmo no Book Depository. O livro só chegou em janeiro, mas eu comecei a ler ele imediatamente. Foi meu primeiro livro em inglês e eu entendi tudo, e eu amei cada página, chorei, ri, e quase morri com o final da trilogia.
Quando eu leio Divergente, me sinto viva. A história é real dentro de mim.
Não sou Erudição, não sou Audácia. Sou Divergente.
E não posso ser controlada.


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