segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Seis Coisas Impossíveis, de Fiona Wood

Seis Coisas ImpossíveisAutora: Fiona Wood
Título original: Six Impossible Things
Editora: Novo Conceito
É bom?: ★★★
Páginas: 272

Sinopse: Dan Cereill levou um encontrão da vida: seu pai faliu, assumiu que é gay e separou-se de sua mãe, tudo de uma vez só. Enquanto isso, sua mãe recebeu de herança uma casa tombada pelo patrimônio histórico que cheira a xixi de cachorro, mas que não pode ser reformada... E, agora, Dan está vivendo em uma casa-relíquia que parece um chiqueiro, com uma mãe supertriste e sem conseguir falar com o pai — que ele ama muito. Suas únicas distrações são sua vizinha perfeita, Estelle, e uma lista de coisas impossíveis de fazer, como: 1. Beijar a garota. 2. Arrumar um emprego. 3. Dar uma animada na mãe. 4. Tentar não ser um nerd completo. 5. Falar com o pai quando ele liga. 6. Descobrir como ser bom e não sair abandonando os outros por aí... Mas impossível mesmo será: 1. Não torcer para que Dan supere seus problemas. 2. Não rir muito com os devaneios dele. 3. Não querer ter um cachorrinho como Howard. 4. Não desejar que a mãe de Dan encontre a felicidade. 5. Parar de ler este livro. 6. Não querer abraçar o livro depois de tê-lo terminado...


Quando vi os livros disponíveis para serem solicitados e Seis Coisas Impossíveis estava entre eles, não soube bem o que pensar. A capa é estranha, não consigo decidir se gosto ou não dela. Li a sinopse e achei o livro bem bobo, não sabia muito o que esperar também. Mas como o livro era bem curtinho e parecia ser uma leitura fácil, o solicitei.


Quando comecei a leitura, não gostei do livro. Até a página 60 ele é extremamente chato e bobo, e Dan é muito imaturo, mesmo para alguém de 14 anos. Dan começa o livro apresentando sua vida cheia de problemas: o negócio do seu pai faliu, ele se assumiu gay e saiu de casa, sua mãe e ele não tem um tostão e recebem a súbita herança de uma tia velha. Mas essa herança é mais uma maldição do que uma bênção: é uma casa enorme e fedida que eles não podem reformar por que faz parte do patrimônio histórico da cidade. Mas, mesmo com todos esses problemas, Dan foca sua narrativa no fato de que está apaixonado por sua vizinha, uma garota com quem nunca conversou, e isso me irritou demais. 


A vida de Dan mudou muito depois da separação dos pais, e ele começou a fazer listas desde então. Dan faz listas das coisas que quer e não consegue, das coisas que precisa se esforçar para conseguir, faz listas para tudo. Dan é o típico nerd, que acabou de sair da escola particular e não conhece nada do mundo das escolas públicas. Mas ele não teme tanto assim o fim do ensino fundamental por que, na mesma sala que ele, está Estelle, a garota por quem está apaixonado. E, a partir do momento em que ela aparece e se torna um personagem importante na trama, o livro fica muito melhor. Além de linda, Estelle é uma garota muito corajosa e inteligente, nada fútil. Ela e sua amiga estão fazendo um filme de terror caseiro e querem concorrer num festival mas, por serem menores de idade, não podem. Dan se envolve nessa bagunça toda e a partir daí ele faz novas amizades, vive grandes aventuras e consegue reconstruir sua vida.

Um dos pontos fracos do livro, na minha opinião, é que Dan é muito jovem. Mesmo fazendo 15 anos no meio do livro, ele é extremamente imaturo em alguns trechos mas faz coisas muito, digamos, responsáveis; como arrumar um emprego para ajudar a mãe, ajudar um pessoal a fugir de casa e organizar festas sozinho. Acho que se Dan tivesse 16 ou 17 anos história seria um pouco mais plausível.




Além de ser uma história engraçada, Seis Coisas Impossíveis também é sobre bullying, homossexualismo, sobre crescer, sobre ser responsável e, é claro, sobre amor. Amor de família, amizade e aquele primeiro amor adolescente, bem bobo e bem bonitinho.

Mesmo não gostando muito da história no começo, gostei dela no final. Foi um bom livro e pretendo lê-lo novamente. Recomendo =D

4 comentários:

  1. Nath, acho que foi a primeira vez que li um livro do gênero onde o personagem era um garoto, e isso me agradou, mas, como bom nerd, não gostei do fato de que ele teve que mudar de aparência para ser mais legal - eu questiono até o fim do mundo esse conceito de "ser legal", pois desse jeito eu não sou legal!

    É uma leitura levinha, não pede muito da gente não, por isso gostei bastante.

    Dois abraços!

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    1. Eu já li alguns livros narrados por garotos e até gostei da narrativa desse, mas acredito que ele fica para trás em comparação a livros como As Vantagens de ser Invisível ou Cidades de Papel. Eu acredito que cada um tem o direito de mudar sua aparência da forma ou quando lhe for conveniente, mas também achei chato o fato de que ele se sentiu praticamente obrigado a fazer isso.
      Abraços!

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  2. Oi Nath! Assim como você, não me interessaria pelo livro ao vê-lo por ai. Mas, por ler a sua resenha, apesar de pra mim ser uma história rasa, eu leria. Gosto de experimentar coisas que não me chamam atenção logo de cara. Gosto de me surpreender. Quem sabe né? Adoro seu blog, Nath. Sempre aprendo coisa nova aqui! haha Beijos!

    Blog: O Silêncio não Existe

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    1. É uma história rasa de fato, mas ela é interessante e tem algumas lições sutis no meio da trama, por isso que eu gostei tando dela *O*
      OOOOOOH É MUITO BOM OUVIR ELOGIOS *----* volte sempre, moça =D

      Beijos!

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