Belo.
Profundo.
Doce.
Triste.
Tocante.
São os cinco melhores adjetivos que definiriam o livro Para Sempre Ana.
Belo, pois mostra diversas histórias de amor - dos mais diferentes ângulos possíveis, das formas mais diferentes, porém sempre o amor, puro e simples. É meio paradoxal dizer que o amor é simples, mas ele é. Nesse livro ele é. E ao mesmo tempo muito, mas muito controverso.
Profundo, pois tocou a minha alma. De verdade. Me peguei sorrindo, chorando, torcendo pelas personagens conforme a história se desenrolava. E que história.
Doce, pois me fez realmente aprender a gostar e aceitar as coisas do jeito que elas são. Mas espera, o que o livro ser doce tem a ver com isso? Bom, o livro mostrou diversas situações em que eu não perdoaria a pessoa se ela fizesse isso comigo. Mas o livro mostrou-me que a alma de uma pessoa é muito mais bela, profunda e doce. As pessoas, por trás das ações, tem sentimentos e motivos, que muitas vezes não são vistos. Para Sempre Ana me mostrou isso de forma doce. De forma suave.
Triste, pois, como já dito, flagrei-me chorando em diversas passagens do livro. Choro de agonia, de expectativa, de tristeza mesmo. Mas uma tristeza bela, profunda e doce. Porém triste.
E tocante. Muito tocante. De maneiras controversas. O livro me fez ver o ponto de vista de cada personagem, e mesmo os que estavam errados/fizeram algo errado me mostraram seus motivos e sentimentos, sua agonia e seu tormento interior. Mostraram isso de forma tão bela, profunda, doce e triste que senti-me tocada por seus anseios, seus sentimentos, seus motivos.
O livro conta a história de Ana, uma moça que perdeu a mãe cedo e aparece grávida numa festa particular da família Rigotti, dizendo estar grávida de Carlos, o filho de Márcia e Nestor. Com essa revelação misteriosa, ela acaba desencadeando uma sucessão de acontecimentos que passam entre o limiar no sobrenatural e do real, onde revelações que nunca deveria ser ditas são trazidas a tona.
A cidade onde se passa a história, chamada Três Luzes, foi muito bem utilizada na história. Com um número bom de personagens, cada qual com suas próprias características únicas e personalidade inconfundível, fazem a gente se apaixonar cada vez mais pela história.
No início, admito, achei a história muito forçada, muito novela das seis. Porém, já no terceiro capítulo, comecei a me sentir envolvida na história, querendo descobrir os mistérios. Confesso que só me apaixonei mesmo pelo livro quando a história de Ana começou a ser contada. E que história!
A principio eu não gostei de Ana: chata, intrometida, chegou pra estragar a felicidade do povo. Porém minha opinião sobre ele mudou no decorrer do livro, sendo que no final eu era tão apaixonada por Ana quanto qualquer outro personagem.
Ana começou para todo mundo - até para mim - como um indesejada, e no final... ela surpreendeu.
Que final foi aquele?
Juro, foi um final tão perfeito que... Que fez com que Para Sempre Ana entrasse na minha lista de livros favoritos para sempre.
Um livro que não me marcou só pelas mistérios e pelas reviravoltas (e que reviravoltas!), mas sim pelo teor de filosofia dentro dele. Aprendi muito com ele.
Vai ficar para sempre na minha memória - e na memória de qualquer um que lê-lo.
"Muitos acreditam: os eventos importantes da vida precisam realizar-se em determinado momento, haja o que houver. Assim, uma morte ocasional por acidente não deixaria de ocorrer se a pessoa ficasse em casa ou resolvesse sair a pé para se divertir com os amigos. No primeiro caso, a partida poderia acontecer após uma queda de escada.; no segundo, em um mal súbito. De um jeito ou de outro, não haveria como escapar, pois o universo das escolhas triviais terrenas não mudaria o destino já traçado, talvez até pela própria vítima, no contexto infinitamente mais relevante do mundo transcendente"
206
Coloquei essa parte pois já tive pensamentos assim (principalmente assistindo/lendo Death Note - é um exemplo besta, maaaas...).
"Entenda: não importa o quão grande é o caldeirão de felicidade em que se vive. Basta uma gota de veneno para gorar todo o caldo".
306
Acho que todo mundo já leu essa citação do livro, mas coloquei ela ainda assim.
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É isso amigos, até o próximo post!
Beijos
Nath'