sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A Rebelde do Deserto, de Alwyn Hamilton

A Rebelde do DesertoAutora: Alwyn Hamilton
Título Original: The Rebel of the Sands
Editora: Seguinte
É bom?: ★★★★ 3.5
Páginas: 283
Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Eu não esperava muito de A Rebelde do Deserto, mas definitivamente esperava algumas coisas. Nunca fui fã de histórias de faroeste (apesar de ter amado Westworld, risos) mas embarquei nesse livro por causa da mitologia árabe. Não conheço muitos livros nessa mesma temática e me animei bastante com isso. Apesar de a autora ter ocidentalizado um pouco os elementos árabes, acredito que a construção de mundo foi boa o suficiente e me senti imersa na história. Queria uma história cheia de aventura e magia árabe, e foi isso que eu recebi.

A Rebelde do Deserto é Amani, uma jovem garota que nasceu e cresceu na Vila da Poeira. Sua mãe morreu há algum tempo e agora ela mora com o tio, que pretende transformá-la em uma de suas muitas esposas. Amani não quer esse destino - sonha com a fuga para a cidade grande, e principalmente sonha em não ter mais que sofrer simplesmente por mulher.


Amo essas capas e mal posso esperar para colocar as mãos no segundo livro.
Obstinada, Amani decide participar de uma competição de tiro - disfarçada como homem - e é lá que ela conhece Jin, um forasteiro que pode ser sua única chance de finalmente escapar da Vila da Poeira. Enquanto tenta fugir nossa protagonista se envolverá com tramas políticas, magia e romance. O livro tem tudo o que chama a atenção do leitor, mas sem exagerar: as tramas políticas não são difíceis de acompanhar, a magia trás brilho a história sem torná-la maluca e o romance não atrapalha em nada o enredo, apenas o incrementa.

Eu gostei do livro, 30% por causa da história e do worldbuilding e 70% por causa da Amani. Ela é uma protagonista espetacular. Não se limita a seguir com o que acontece com a história, ela não é passiva: a história acontece por que ela se meche, ela toma decisões, vai a lugares e conversa com pessoas. Fora isso, ela é extremamente honesta (risos) e um pouco insubordinada. Não aceita a injustiça calada e sabe bem o que quer – que é fugir da sua vida miserável. A questão é que, durante o livro, Amani não só foge de sua vida, mas encontra um propósito para a mesma.


Foi um livro divertido e rápido de ler, e definitivamente lerei sua sequência!
A Bandida de Olhos Azuis.

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