sexta-feira, 7 de março de 2014

A Corte do Ar, de Stephen Hunt

Autor: Stephen Hunt
Título original: The Court of the Air
Editora: Saída de Emergência
É bom?: ★★
Páginas: 544

Sinopse: Quando a órfã Molly Templar testemunha um assassinato brutal no bordel onde foi colocada como aprendiz, seu primeiro instinto é correr de volta para o orfanato em que cresceu. Ao chegar lá e encontrar todos os seus amigos mortos, percebe que ela era o verdadeiro alvo, pois seu sangue contém um segredo muito cobiçado pelos inimigos do Estado. Enquanto isso, Oliver Brooks é acusado pela morte do tio, seu único familiar, e forçado a fugir na companhia de um misterioso agente da Corte do Ar. Perseguido pelo país, Oliver se vê cercado de ladrões, foras da lei e espiões, e pouco a pouco desvenda o segredo que destruiu sua vida. Molly e Oliver são confrontados por um poder antigo que se julgava destruído há milênios e que agora ameaça a própria civilização. Seus inimigos são implacáveis e numerosos, mas os dois órfãos terão a ajuda de um formidável grupo de amigos nesta aventura cheia de ação e drama.

Eu odeio escrever resenhas negativas, por que não acredito que existam livros ruins o suficiente para que falemos mal deles. Na verdade, em 98% das vezes em que eu não gosto de um livro, a culpa é minha, não do autor.

Nesse caso, a culpa é completamente minha.

A Corte do Ar é um livro muito bem feito, e a Editora Saída de Emergência merece um prêmio só por causa disso. A capa é linda, com uma película transparente que dá um toque especial e inovador ao livro (sabe aquele dirigível na capa? Então, ele não fica na capa).


Assim que peguei o livro pela primeira vez eu só conseguia pensar que ele era lindo, tanto por dentro como por fora. Logo na primeira página temos uma frase do livro que é simplesmente maravilhosa sobre liberdade de escolha. Logo em seguida, temos o manifesto da coleção bang! E, Jesus, eu senti meu sangue ferver quando li aquele texto. Eu pensei: meu Deus! Essa é a editora pela qual eu estive procurando todo esse tempo.

Em seguida temos uma carta do editor, um complemento interessantíssimo de ler – aliás, não entendo por que a maioria das pessoas nunca lê essas coisas – que contém a melhor frase de todos os tempos, que eu estou seriamente pensando em tatuar no meu corpo:


“Se você não vive no limite, é sinal que está ocupando espaço demais, velho amigo” – Página 101


Na carta do editor ele revela que, no fim do livro, há um glossário sobre os termos que o autor inventou. Então, antes de começar a leitura, a primeira coisa que fiz foi ir até o glossário e decorar todos os termos. Estranhei uma coisa ou outra, mas comecei a leitura mesmo assim.

Como eu costumo dizer, tem livros que são apenas pra quem gosta. Eu sempre tive uma dificuldade enorme em me adaptar a universos completamente novos, motivo pelo qual eu resisti em ler Harry Potter, As Crônicas de Gelo e Fogo e até Jogos Vorazes por muito tempo. Mas esse livro leva o termo “mundo fictício” a um novo patamar, por que ele é COMPLETAMENTE diferente do nosso.



A história se passa no passado – ou pelo menos numa versão steampunk dele – e conta a história de Molly Templar, uma garota que teve um trauma recentemente e está sem emprego. Ela é contratada pelo mais famoso bordel de Chacália, mas não quer trabalhar lá de verdade. E é quando coisas realmente bizarras começam a acontecer com ela.

Em paralelo temos a história de Oliver Brooks, acusado de assassinar seu tio, que é obrigado a fugir para não pagar por um crime que não cometeu.

A história de A Corte do Ar é extremamente interessante, mas eu não consegui me acostumar à narrativa do autor. Acho que minha imaginação não é capaz de ir longe o suficiente para imaginar todas as coisas que ele colocou no seu livro.

Na verdade, vi muitos termos novos completamente desnecessários. Por exemplo: nesse livro, Alienista é uma pessoa que estuda a mente humana. Eu cresci sabendo que Alienista é uma pessoa que aliena outra, e foi muito difícil me acostumar com essa mudança. Chicoteadores são a mesma coisa que mercenários. Por que mudar isso? Os mercenários desse livro nem usam chicote! E Cantor do Mundo não é nada mais que um feiticeiro – e não, eles não são cantores.

Oliver e Molly
Tenho certeza de que uma pessoa fã de livros de aventura, ficção científica e steampunk vai simplesmente amar este livro. Infelizmente, não faço parte deste grupo, pelo menos não ainda.

Vou guardar A Corte do Ar em minha estante e relê-lo quando eu estiver pronta para entender esse mundo criado pelo autor.

Então eu faço um último pedido: por favor, não deixe de ler este livro só por que dei duas estrelas para ele. Vá em frente, se acredita que é um gênero literário que goste.

 

Eu sempre tive uma queda por capas simples. Por mais que a capa brasileira seja realmente linda - principalmente pessoalmente - eu ainda acho essa capa vermelha da edição inglesa mais bonita. É, eu sou bobona.
E você, caro leitor: pretende ler o livro? O que acha do gênero steampunk? Me conte!

4 comentários:

  1. Nunca tinha visto resenha e amei demais esse livro..
    voce faz uma resenha muito boa!!
    não li nada desse gênero também mas agora fiquei curiosa...


    www.chadecalmila.com

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  2. Confesso que também estou estranhando certas mudanças. Cafél = uma bebida como café. tipo: HÃ? O que estava impedindo o autor de usar o termo café?
    A história está ficando boa, estou pela página 80. Mas também estou com a sensação de que acontecem MUITAS coisas e as vezes termino de ler um parágrafo e fico toda desorientada sobre o que/onde/quem e tenho que reler. Sem falar que também não consigo imaginar taaaantas coisas e eu até gosto de fantasia. Espero que eu ainda me encontre. Também não quero avaliar o livro negativamente só por uma "limitação" pessoal. Tem gente que adora, né?

    www.amorporclassico.com

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    Respostas
    1. É, isso me deixou muito incomodada durante a leitura!
      A história é boa, mas eu ficava confusa com muita frequência, estava ficando difícil levar a leitura adiante.

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